A SURPRESA

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Enfim nasce com o sol, o primeiro dia do ano.

Me levanto, percebo que a casa já está animada logo cedo.
Meus familiares estavam arrumando suas malas para voltarem para suas casas, e minha mãe já estava arrumando toda a bagunça da noite anterior. Mas ainda sim o clima era de festa.

Vou para cozinha tomar o café da manhã, e percebo que em cima da mesa havia um recado de Henrique escrito: Amor, quando acordar me liga, beijos Henrique.

Fico pensativa por alguns segundos, pensando no que seria, mas logo me recordo da surpresa.

-Enfim hoje saberei qual a grande surpresa!

Vou pra sala rapidamente e pego o telefone, preciso saber o que é.
Eu: Alô, amor?
Henrique: Bom dia princesa, acordou cedo.
Eu: Não me enrola, o que você queria me dizer, qual a surpresa?
Henrique: Calma gatinha, quero que se arrume, e me espera em uma hora embaixo da sua casa.
Eu: Onde vamos?
Henrique: Essa é a surpresa Ana, não posso dizer!
Eu: Você está muito misterioso, vou estar pronta antes de uma hora pode ter certeza.
Digo sorrindo, e desligando o telefone para me arrumar o mais rápido possível.
Corro para o banho, e sem demora escolho qualquer roupa. Estava realmente muito curiosa.

No horário combinado Henrique chega buzinando seu carro, eu desço correndo as escadas.
E rapidamente o repreendo.
Eu: Nossa amor que demora, já estava roendo as unhas.
Henrique: Bom dia para você também Ana, muito bom te ver amor.
Diz sarcásticamente olhando para mim e sorrindo.
Eu: Ah bobo eu também te amo.
Digo dando um beijo rápido em seus lábios.
Henrique: Nossa amor você está  muito curiosa, mas pode ser um pouco mais amorosa.
Eu: Amor você sabe que eu te amo, mas agora eu quero saber da surpresa.
Henrique estava se deliciando com a minha curiosidade e eu sabia disso.
Henrique: Então vamos, coloque o sinto que a gente vai sair da cidade.
Eu: Sair da cidade, onde vamos?
Henrique: Pode deixar que seus pais já sabem de tudo amor.
Diz colocando a mão em minha perna me tranquilizando.
Eu: Que sacana minha mãe me enganou direitinho.
Um sorriso se solta  de seus lábios e rapidamente ele liga o carro.
Andamos por cerca de quarenta  minutos, não chegamos a sair totalmente da cidade, só atravessamos a praia, e ele diz:
Henrique: Amor estamos chegando, está pronta?
Eu: Pronta para quê?
Henrique aponta para longe, e segue em direção à uma casa.
Henrique: Está vendo aquela casa Ana?
Eu: Sim, estou vendo, alguém nos espera lá?
Ele solta um sorriso e para de frente para a casa e diz:
Henrique: Essa casa, é o nosso futuro lar.
Eu franzo a testa, ainda sem entender.
Eu: Como assim Henrique?
Henrique: Estou querendo comprar para nós, o que acha?
Não respondo, só sinto o frio em minha barriga, subindo descendo.
Henrique desliga o carro, olha para mim e diz:
Henrique: Vamos lá?

Eu olho para ele ainda sem entender. Eu acho que não queria entender.
Ele abre a porta do carro, e me espera do lado de fora.
Henrique: Vamos amor, estou com a chave da casa, quero te mostrar como ela é linda por dentro.
Diz empolgado.

Eu desço do carro a passos lentos e ainda desnorteada com a notícia recebida a pouco.
Henrique percebe minha surpresa.
Henrique: O que foi amor não gostou?
Diz baixando a cabeça, e sua expressão foi se entristecendo.
Me doeu ver a tristeza crescendo em sua face. Não consegui esconder minhas dúvidas, mas precisava tentar demostrar mais carinho por aquele que estava fazendo de tudo para ser mais amoroso comigo.
Então eu respiro fundo, tomo ar e digo:
Eu: Não amor, é que realmente você me pegou de surpresa.
Digo soltando um leve sorriso para demonstrar gratidão.
Eu: Vamos entrar, preciso ver se você realmente tem bom gosto.
Digo sorrindo e caminhando em direção ao portão.
Ele volta o olhar para mim, e seus olhos brilham novamente.
Henrique: Ainda tem dúvida amor?
Eu tenho a namorada mais linda do mundo, o que acha?
Diz segurando minha mão, e me puxando para dentro do portão.
Henrique abre a porta da sala, realmente a casa é um charme.
A sala toda branca por dentro, com piso claro de porcelanato, duas janelas que davam para o quintal, um quintal enorme com balanço.
Henrique: Viu aquele balanço amor? Nossos filhos vão brincar neles. Vamos, quero que veja a cozinha Ana.
Diz correndo e abrindo a porta.
Sem que eu pudesse digerir sua última frase.
Ao abrir a porta vemos a cozinha, que também estava toda branquinha, bancada de mármore bege, e com uma linda janela, que dava vista para o quintal dos fundos, nesse, uma grande churrasqueira me chama a atenção, e logo me lembro de meu pai, de certo ele iria adorar fazer seu churrascos aqui.
Henrique me tira de meus pensamentos, e me arrasta pela corredor me mostrando onde seria nosso quarto.
Ele abre a porta e empolgado diz:
Henrique: Amor olha o tamanho desse quarto, dá para a gente comprar aquelas camas grandes, colocar uns armários enormes aqui nessa parede, do jeito que você gosta, o que achou?

Olhando para ele, vendo que aquele sonho era real para ele, eu não consigo dizer algo que não o agrade.
Eu: Realmemte a casa é linda amor.
Henrique se aproxima e segurando minha mão pergunta:
Henrique: Podemos compra-la?
Vendo a felicidade em dua face, respondo sem pensar.
Eu: Amor acho que podemos comprar sim, essa casa realmente é um sonho.
Sinto a felicidade que explode dentro de seu peito e chega em sua face.Ele me abraça me beija, super feliz.
Voltamos para casa e contamos as boas novas para meus pais que já sabiam, mas queriam saber a minha resposta.

Naquele dia minha mãe fez uma deliciosa torta de frango para comemorar nossa decisão.

O INÍCIO DA METAMORFOSE 🦋💜Onde histórias criam vida. Descubra agora