Capítulo 31

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                      Julia

A noite caiu e com ela veio uma das piores notícias que eu recebi na minha vida, o pai do meu filho quase morreu, mas infelizmente ou felizmente ele foi preso.

Eu fiquei desesperada meu neném já havia se acostumado com ele. Ele acordou perguntando se o pai dele tinha chego e eu nem tive o que responder. Tentei passar o máximo de tranquilidade para ele, como vou contar assim do nada que ele foi preso? E o Breno? Aí meu Deus, Vou ter que ir no morro pra saber com quem ele vai ficar.

Não sei se ainda tem família da mãe dele no morro, aliás não sei nem como ta aquele morro. Dei janta a minha cria e fomos descansar amanhã o dia vai ser longo.

      
                         (…)

Acordei cedo, dei banho no Miguel botei ele na creche e fui no salão avisar a minha patroa que eu n poderia trabalhar hoje.

— Bom dia dona Andréa. Eu vim comunicar a senhora que eu n vou poder trabalhar hoje. É que aconteceu um imprevisto com o pai do Miguel e eu tenho que resolver umas coisas.

— Tudo bem, mas sábado você vem pra cobrir seu dia ta OK?

                        (…)

Soltei na central e não tinha um moto táxi na rua, vou ter que subir isso tudo apé o erro.

Conforme eu ia subindo, mas a favela ia ficando silenciosa, não se via uma alma na rua, quando eu ia entrar no beco da minha antiga casa eu vi uma senhora na janela com o Breno e mais uma menina. Fui até lá o chamei e ele ficou todo bobo a senhora fez com a mão para que eu esperasse e veio abrir a porta.

— Boa tarde, posso ajudar?

— Sim é que eu sou ex mulher do pai dele e fiquei sabendo do ocorrido, vim ver se tem algum parente da parte materna dele pra ficar com ele, ou se eu podia levar ele pra morar comigo e com o irmão dele.

— Olha eu entendo sua preocupação. E no meu ponto de vista você está sendo sincera. Mas quando o sr. Rodrigo veio matricular ele, teve que assinar um termo de responsabilidade e nele ele deixou claro que ninguém poderia pegar o pequeno.

Não me leve à mal, mais ele só sairá daqui quando o pai entrar em contato comigo, se responsalizando para liberar ele.

                       (…)

Saí de lá muito triste, pelo menos eu tentei né? Fui na minha antiga casa o portão estava aberto mas a porta trancada. Lembrei que sempre tinha uma chave reserva dentro do corrimão, apertei o Treco lá e o ferro abriu, tinha uma chave lá.

Entrei e estava meio bagunçado, mas tudo do jeitinho que deixei, no quarto faltava alguns móveis como na sala. No guarda tinha peças minha ainda. Deitei naquela cama e chorei feito criança. Já passei tantos momentos bons nela e ruim tbm. Levantei peguei os documentos dele e pus na bolsa. Tranquei a casa e fui me embora.

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