Capítulo 41

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                        Thaís

Já era quase meio dia e por incrível que pareça hoje eu não quis usar nada, alguma coisa me dizia pra ficar lúcida, eu estava lutando contra os meus sentidos, quando deu meio dia a kombi da igreja chegou pra trazer comida, a fila já se formava enfrente a ela mas teve uma coisa que me chamou a atenção, mas do que o me estômago chamando por comida.

Ela estava mudada, mas bonita, mas eu reconheceria aquele rosto a quilômetros de distância, não tem como esquecer o rosto que eu por muitas vezes fiz de chacota, debochei.

A minha fome passou, eu estava atordoada só queria um dinheiro pra comprar uma pedra e sair daquela realidade. Mesmo depois de tudo ela continua firme de pé e eu aqui acabada, apenas esperando a hora da minha morte.

Em meio aos meus pensamentos eu deitei no chão e me cobri. Estava um sol de 40° e eu ali naquele chão coberta esperando a hora daquela maldita kombi ir embora pra mim voltar a minha realidade de usuária de drogas, ou como muitos dizem " cracuda " .

Fui surpreendida por uma pessoa me balançando para me entregar a minha quentinha quando eu tirei o cobertor e vi ela na minha frente eu cai num choro compulsivo.

Eu não queria que ela me visse nesse estado pra depois se sentir vitoriosa.

Mas diferente do que eu esperava ela me deu um abraço, um abraço acolhedor, pela primeira vez eu não me senti sozinha.

Júlia: Olha pra mim, você quer ajuda?

— Não, eu não quero nada que venha de você.

Júlia: Eu estou cuidando do seu filho, o Rodrigo está preso. Ele sente falta de voce. Eu posso pagar uma clínica pra você, aceita?

Depois de tanto relutar eu fui com ela, mas apenas por causa do meu filho, era por ele que eu tentava sobreviver dia após dia.

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