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— Posso ao menos te levar para tomar um café, antes de te levar em casa? — insiste Hoseok sentado na cama enquanto visto uma roupa dele, que mais me cabe como um saco de batata

— Teimosia o nome, né?

— Saudade. — corrige e me abraça por trás

— Você sabe onde eu moro, pode ir lá quando quiser — me arrepio sentindo Hoseok passar o nariz por meu pescoço

— E eu vou mesmo. Eu não quero ficar longe de você

— E quem disse que eu quero? — ajeito meu cabelo

— Você disse que não me quer mais.

— Eu não diria isso nem se eu estivesse louco

— Como sabe? Por loucura fazemos o impossível acontecer

— Então faça o possível acontecer, calando sua boca na minha. — Hoseok não fala nada, apenas me vira para sí e beija minha boca. Não recuo ao enterrar meus dedos em seus fios loiros, as mãos dele fazem o mesmo, seguindo para minha cintura e me puxando para sí. Um último momento de paz.

                   ~×××××~

— Eu volto mais tarde

— Ok.

— Eu te amo. — sorri e me dá um selinho estalado, até o sorriso é perfeito.

Hoseok me dá as costas e volta para o carro, ele não pôde ficar por ter sido chamado na escola após o ocorrido de sexta. Do qual prefiro não entrar em detalhes, mas sim na casa a minha frente.

Abro a porta sem a tranca e adentro a residência, isso tem cheiro de cachaça com  perfume masculino. Fecho a porta devagar e ouço os passos no piso de madeira da cozinha se aproximando da porta, olho para os sapatos de couro, subo para calça jeans escura, blusa azul… e prendo a respiração ao reconhecer o indivíduo

— Oi Wonnie! — cumprimenta no cinísmo

— O que você está fazendo aqui? Como sabe onde eu moro?

— Jaehoon me deu o endereço. — dá de ombros — Aliás, é decepcionante o modo como comemorou a prisão dele, você não teve consideração alguma por quem te criou, Hyungwon. — chia

— Desde quando conhece ele?

— Son Jaehoon? Desde sempre, ele é o meu pai… Perdão, nosso pai.

Minha cabeça dá um nó, como se tudo o que eu soubesse, fosse mentira. Aliás, essa também me parece uma mentira

— O que? Está mentindo. Sobrenome não quer dizer nada.

— Tem razão, mas… pensa bem, o que eu, Son Hyunwoo, ganharia mentindo pra uma pobre menina indefesa? Nada. — ergue as mãos e faz uma cara ciníca de quem não sabe

— Sa-sai da minha casa.

— Não dificulta as coisas, Hyungwon

— Sai.

— Que sai, o caralho. Senta aí e cala a boca — Hyunwoo avança me fazendo sentar no sofá desgastado e empoeirado. Ele toma o lugar na poltrona que o estuprador sentava

— O que você quer?

— Hyungwon, você não tem ideia de quanto está valendo. O velho tá na cadeia, mas não significa que você não esteja sendo seguido.

— E o que você quer exatamente?

— Você. — vai direto ao ponto com simplicidade

— Não era você quem estava de caso com Kihyun?

¡Hero {CHW/ SHS}Onde histórias criam vida. Descubra agora