CAPÍTULO 8

8.9K 886 50
                                    

EULALIA ESTAVA pálida, com a pele na cor de alabastro. Christophe estava diante dela, imponente, lindo e a masculinidade emanando de sua pele morena. O advogado francês a encarava com os olhos verdes intensos, ao mesmo tempo que erguia uma sobrancelha e permanecia com os belos lábios grossos cerrados.

Eulalia sentia o coração sair pela boca, uma vez que sempre sentira uma intensa atração por aquele homem, que a fazia ter fantasias proibidas e pior, fazia com que suas pernas ficassem bambas e a pele suasse, com ondas de calor que se espalhavam pelo corpo.

Christophe era conhecido por ser implacável em cada caso que defendia, com uma argumentação sólida e forte. Além disso, assim como os outros amigos antes de se casar, tinha fama de trocar mais de amante do que trocar de roupas.

Aquele homem era o responsável por, em várias noites, tirar o sono dela e fazê-la ter sonhos nada inocentes. Um dia, durante o casamento de Marcollo e Nìcolla, e também no casamento de Trevor e Clarissa, Christophe Dujardins não parava de passar aquela mão forte no queixo com a barba por fazer. Ele tinha o olhar de puro interesse e descaramento, enquanto encarava como o vestido que Felippa havia lhe dado ficava justo em corpo.

E agora, diante das revelações que acabaram de ser feitas, ela estava ainda mais ligada a ele. Quer dizer que o homem sensual e que a levou ao paraíso há mais de vinte dias estava ali, bem na sua frente, em carne e osso. O homem que a fez jogar a razão pelos ares e entregar algo que queria ter entregue mas tarde, sua inocência e pureza. Com a experiência dele na cama e o perfume masculino, emanado na noite de sexo, Christophe havia a iniciado nas artes sensuais e feito-a descobrir o prazer e a plenitude.

Naquele momento, eles se encaravam com intensidade e ele, olhava-a com irritação e escrutínio, com aqueles olhos verdes inquisidores. Ela não sabia o que fazer, tampouco o que dizer. Queria que um buraco se abrisse no chão, perante toda aquela verdade revelada. Com vergonha, ela apertou Noelle contra o peito, como se fosse uma tábua de salvação, enquanto a criança dormia tranquilamente, totalmente alheia às perturbações causadas por aqueles adultos.

- Estou esperando uma explicação, Eulalia. Não acha que me deve uma? - Inquiriu ele, irritado.

Mas como ela poderia saber que ele era o homem o qual tivera uma excelente noite, uma vez que ambos estavam mascarados e na mais completa escuridão? Ela continuou calada e a única coisa que fez foi correr, abrir a porta e sair do apartamento com extrema pressa.

Um ato impensado. Tanto, que esquecera sua bolsa com pertences pessoais e a bolsa da bebê na casa dele. Ela desceu pelas escadas, em vez de usar o elevador. Desceu com a velocidade que podia, com uma criança no colo e muita coragem. Saiu do prédio pela porta da frente, às pressas e nem deu explicações para os seguranças do edifício, que guardavam a portaria.

Ela correu mais e se misturou com as pessoas e turistas que andavam na rua principal, que entremeava o complexo financeiro de La Défense. Seu objetivo era chegar em casa e fez isso de ônibus, com o primeiro que viu no ponto. Como ela daria explicações àquele homem? Como explicaria a ele toda a situação que estava enfrentando e as condições de vida as quais estava vivendo?

Trinta minutos mais tarde, ela chegou em seu prédio, sendo observada pelos vizinhos e pela madame Franciszek pela janela do apartamento dela. Ela não tinha tempo para aquilo, raciocinou consigo mesma. Ela subiu pelas escadas e então, pela pressa e pelo ato impensado, deu-se conta que havia esquecido de pegar sua bolsa. Como as chaves da casa estavam dentro da bolsa, ela não teria como entrar. Pelo estresse e imensa responsabilidade nas costas, ela caiu no choro, por tantas coisas que aconteciam em sua vida. Ela sentou-se no chão com Noelle, enquanto pensava no que faria, ou se voltaria à casa de Christophe.

O Direito de Amar - Série Apaixonados e Poderosos - Livro 5 (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora