O Direito de Amar - Série Apaixonados e Poderosos - Livro 5 (COMPLETO)

CAPÍTULO 16

COM CHRISTOPHE segurando Noelle, Eulalia pôde correr, mesmo com aqueles saltos altos, até suas amigas, que estavam em companhia dos maridos e filhos. Ela foi em direção a elas, e a primeira a abraçá-la foi Felippa, a quem há meses não via. Depois, Clarissa, Nìcolla e Sarah vieram de encontro a ela.

- Amigas! – Exclamou Eulalia, com entusiasmo.

O abraço foi coletivo e de soslaio, ela viu Christophe passar por ela e se juntar aos homens, que cuidavam das crianças. A saudade era grande e após meses, que pareciam mais uma eternidade, ela finalmente pôde reencontrá-las.

- Felippa, como está? E vocês, Clarissa, Nìcolla e Sarah?

- Eu estou bem, amiga! Estava sentindo sua falta! – Clarissa comentou, ajeitando o cabelo ruivo.

- Eu tenho tido muito trabalho com Giancarlo! – Explicou-se Felippa, referindo-se ao filho.

- Stefan e Matthias têm sido uns anjos. São muito comportados! – Sarah contou.

- Meus filhos também têm me dado trabalho, e imagine cuidar deles enquanto se faz faculdade! – Nìcolla riu, e mesmo com as babás que a ajudavam, ela insistia em conciliar a graduação em Administração com a criação dos filhos.

Elas se sentaram às mesas, uma vez que a quantidade de gente era grande. Eulalia sorria e se sentia à vontade, sobretudo agora que estava com suas amigas. O ambiente era aconchegante e fora reservado naquela noite para todos eles, para que tivessem mais conforto. Leon, Thomas, Trevor e Marcollo cumprimentaram Eulalia, enquanto Christophe a encarava com escrutínio.

Eulalia sabia que aquele olhar era como se ele a elogiasse pela belíssima atuação. Contudo, ela não estava atuando, uma vez que ela ficava muito à vontade com suas amigas e poderia ser ela mesma. Embora suas mãos estivessem tremendo, ela sabia que era pelo olhar de Christophe e não pela mentira. Ele achava que ela era uma mentirosa sem tamanho e ela sabia que ele não acreditaria nela tão fácil. Talvez, bem no fundo, ele pensasse que ela estivesse naquele acordo maluco somente pelo dinheiro dele.

Clarissa cutucou-a e ela se virou em direção da amiga.

- Quem é a menina, amiga?

- É minha filha adotiva.

- Como assim, Eulalia? – A amiga insistiu.

De repente, todos estavam prestando atenção ao que ela dizia, sobretudo Christophe, que ainda a encarava com escrutínio.

- Minha chefe faleceu há algumas semanas. O namorado dela foi embora ainda quando estava grávida e por consequência, ela teve de passar todo aquele período difícil sozinha. Augustine faleceu após uma parada cardíaca e Noelle não tinha ninguém, somente a mim, então, levei-a para minha casa e cuidei dela. Já era babá da criança há alguns meses, então ela não teve problemas em se acostumar integralmente comigo.

- E aonde Christophe entrou nessa história toda? – Felippa questionou a amiga, com um sorriso, enquanto abraçava Leon.

Eulalia sentia as costas suarem de apreensão e ela pedia aos céus que não estivesse pálida. Entre as principais coisas que odiava no mundo, era a mentira. Pior ainda, odiava ter que colocá-la em prática.

- Eventualmente, encontramo-nos na rua, onde ele me convidou para um café. Vocês sabem, mesmo Paris tendo 2,2 milhões de habitantes, encontrar um conhecido não é impossível. – Ela tentou desconversar e esperava fervorosamente que estivesse sendo convincente. Christophe a encarava com uma sobrancelha erguida. – Tomamos um café e seguimos conversando, afinal, não nos víamos desde o casamento de Clarissa e Trevor.

- E depois? O que aconteceu? – Agora, foi a vez de Nìcolla questioná-la sobre os acontecimentos.

- Passamos a sair e nos encontrar após o trabalho e meus ensaios de ballet.