Andrea's Point Of View
Está, é a história não contada do que aconteceu após eu ter deixado La Grand Priestly sozinha, na semana mais agitada da moda em Paris. E o que nunca ninguém ousou saber sobre o que me levou a fazer aquilo. Vocês viram o exterior dos acontecimentos, agora iremos mais a fundo neste mundo tão complicado em que vivo. A maior das complicações, Miranda Priestly.
1 ano havia se passado desde o fatídico dia em Paris. Depois daquilo, Miranda, havia me procurado e mesmo com todos os sentimentos que nutria pela mais velha, não eram suficientes para manter o que tínhamos. Na verdade, este é o motivo para não manter.
Desculpe-me, irei ser mais clara. Mirando queria sexo, e deixava bem claro que era apenas isso que poderia me oferecer. Eu me apaixonei, e agora estou fora. Menina tola.
Flashback On:
***Na madrugada do dia em que Andrea deixou Miranda***
Estava jogada no sofá do hotel, abraçada a uma garrafa de champanhe, enquanto zapeava os canais da televisão. Repassava cada segundo dos últimos meses na minha cabeça e, tudo o que havia me levado a deixá-la sozinha em um dos maiores eventos do ano, tentando me dar razão dos fatos para não afundar em culpa. Mas falho miseravelmente.
O som da campainha se faz presente, fazendo-me dar um pulo de susto no sofá. Olho para o relógio digital do aparelho de TV a cabo, eram 2:54am.
Quem raios será a uma hora dessas? — Me questionava, tomando coragem para levantar e caminhar até a porta. No meio do caminho, a campainha soa mais insistentes duas vezes.
— Já vai! Tá com pressa enfia a mão.. - Ia dizendo enquanto abria a porta irritada, mas tudo o que sentia no momento, foi deixado de lado pela surpresa da presença da minha ex chefe ali.
— Enfia a mão aonde, Andrea? - Questiona com aquela voz baixa e rouca, em sua tonalidade única de pronunciar todas as palavras com maestria. Toda vez que meu nome saia de sua boca, meu corpo inteiro se arrepiava causando milhares de sensações.
— Miranda! O-O que..
— Vejo que perdeu toda a atitude de hoje cedo, no entanto não perde o péssimo hábito de me deixar plantada no corredor.
— Me desculpe. - Minha voz sai baixa, dou espaço para que ela entre. Enquanto fechava a porta, me repreendia mentalmente por não conseguir ter atitude com ela. Este jogo tinha que virar, ela precisava saber que as pessoas não eram como marionetes que ela manipulava e descartava a hora que quisesse. - O que você quer aqui, Miranda? - Firmo meu tom de voz, me virando para ela.
— Ora, ora.. As asinhas voltaram? - Sorri irônica.
— Miranda, são três da manhã!
— E por acaso eu lhe perguntei as horas, Andrea? - Responde fazendo-me revirar os olhos. - Enfim, eu estou aqui para saber o que se passava por sua cabeça ao me deixar sozinha naquele enorme evento e sem uma assistente! E se você acha que.. - A interrompo.
— Quer realmente saber o que eu acho, Miranda? Na verdade, eu tenho certeza. Certeza que eu não quero ser como vocês, que acham que podem pisar em tudo e todos, sem medir consequências; Que podem brincar com as pessoas, quando e como bem entenderem, manipulá-las a seu favor. Eu sinto um enorme desgosto de saber que, talvez, tenha passado a impressão de que sou como vocês, pois eu jamais, seria capaz de ser tão fria, calculista e desumana. Agora, de você, realmente espero que pense um pouco fora da sua saia Prada e, esqueça que eu existo. Esqueça que eu trabalhei para você, ou, que um dia ousei ir para a cama com você. Entretanto, se você quiser falar mal de mim, fazer com que eu nunca mais arrume um emprego de jornalista decente em qualquer lugar; Aí, apenas desejo que consiga dormir a noite. Contudo, não sei porque estou dizendo isto, pois de você, eu já não espero nada. - Digo firme, com os olhos cravados nos seus, fazendo preces silenciosas para não desabar ali na sua frente. - Agora, por favor, se retire. Não temos mais nada a conversar. - Abro a porta, mantendo o olhar firme e, a mesma, apenas passa a mão em sua saia, antes de sair sem olhar para trás. Tranco a porta, encostando a testa na madeira gelada, sentindo cada célula do meu corpo exausta.
— Isto é tudo. - Sussurro.
Flashback Off:
Depois daquele dia, vi Miranda apenas uma vez, quando passava em frente ao Elias-Clarke, a alguns meses atrás. Ousei acenar para Roy, que me cumprimentou com um manear de cabeça gentil, enquanto a Dama de Ferro entrava no carro. Segui meu caminho sem ousar olhar para os lados. Mal sabia eu, que dois meses depois me arrependeria de não ter olhado mais tempo. Guardado mais seus traços e, apreciado mais aquele sotaque tão exclusivo que ela possuía.
Eu sei, bem trouxa, não?! Mas, não podia evitar, mesmo com todos os defeitos, a pose e a armadura, eu era apaixonada por aquela Dama de Ferro. Arrisco dizer que era meu amor Shakespeariano, amamos para vivê-los, mas não vivemos para amá-los.
Em relação a minha vida profissional estava tudo indo muito bem, por assim se dizer. Após algumas matérias publicadas no Mirror eu havia sido chamada para ser colunista social do The New York Times e estava muito feliz com meu novo trabalho, mas sempre haveria aquele Q de saudade de ver Miranda todos os dias.
Hoje, irei almoçar com Nigel em um restaurante próximo ao Elias-Clarke. Estava meio insegura, no entanto, o mesmo me garantiu que Miranda iria almoçar com Irvy, em um restaurante mais afastado do centro de Manhattan. Mas, estava com um pressentimento de que algo iria acontecer esta tarde, só não sei dizer o que.
Mantinha contato com Nige e - surpreendentemente - Emily também. O editor, havia se tornado meu melhor amigo, após Lily se mostrar não tão minha amiga assim e, mais do meu ex-namorado.
Saí de casa usando uma saia lápis preta que ia até um pouco abaixo do joelho, uma blusa de cetim vermelha por dentro da saia e, um casaquinho fechado da mesma cor da saia. Nos pés, um scarpin Manolo Blahnik preto. No rosto, uma maquiagem leve, marcando os lábios com o batom Russian Red da Mac. Meus cabelos, deixei soltos e escovados.
É, Miranda ia ficar muito orgulhosa.
A manhã passou voando, comigo imersa na nova reportagem que estava escrevendo. Quando dei por mim, já estava praticamente atrasada para meu almoço com Nige. Mando uma mensagem dizendo que saí atrasada, e meu celular descarrega logo que aperto o botão "enviar". Como o previsto, o táxi demorou nas ruas engarrafadas de NY, até chegar ao restaurante. Desço rapidamente, formulando milhares de pedidos de desculpa em minha cabeça, mas tudo vai para o ar quando o maitre me guia até a mesa em que Nigel estava, no entanto, não sozinho.
— Six! - Nigel, exclama, em um misto de animação e apreensão. Seu ato chamou a atenção de sua companhia, que estava de costas, e até então não havia percebido minha presença.
— Perdão pela demora, Nige, saí em cima da hora e o trânsito de Nova York nunca ajuda. - Me explico, enquanto me sentava à mesa, tentando não me afetar com a presença imponente da mulher ao meu lado.
— Não tem problema, Miranda chegou e, acabamos nem vendo o tempo passar.
— Andrea. - Cumprimenta, Miranda, do seu jeito, e meu corpo inteiro se arrepia.
— Miranda. - Respondo do mesmo modo, antes de nossos olhos se encontrarem, revelando as mágoas presentes neles, mas também, um misto de afeto e saudade. Ou, apenas era eu sendo iludida novamente. Desvio o olhar para a mesa, sentindo o clima desconfortável que estava ali.
— Então.. Vamos pedir? - Tenta quebrar o clima.
— Pede para mim, Nige, confio no seu bom gosto e preciso ir ao toilette. - Peço licença e me levanto.
Quando chego ao banheiro, abro os botões do meu blazer, antes de apoiar minhas mãos na bancada da pia, fechando os olhos para tentar parar o turbilhão de sentimentos que me atingiram, apenas por ter visto aqueles intensos olhos azuis e, ter escutado o som divino que sua voz fazia ao pronunciar "Andrea". Como um carma muito clichê por sinal a porta do banheiro foi bruscamente aberta e, novamente aquele som:
— Andrea.
Em seguida o barulho da tranca do banheiro.
Bom bem vindos a todos que chegaram aqui, essa é minha primeira fic mirandy e eu fiquei com muitos pés atras por já terem varias com essa linha de continuação do filme, mas eu já estou com uns 5 capítulos prontos e eu acho que esta dando tudo certo ate então kkkk e bem, quero saber o que estão achando e oq esperam para essa fic, obrigada por estarem acompanhando, and that's all!
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That's All
Romance"Está é a história não contada do que aconteceu após eu ter deixado La Grand Priestly sozinha na semana mais agitada da moda em Paris. E o que nunca ninguém ousou saber sobre o que me levou a fazer aquilo. Vocês viram o exterior dos acontecimentos...