Capítulo 19 - The One With Brazil

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Andrea's Point Of View

Saímos para o restaurante com Miranda dirigindo e só dentro do carro que a ficha caiu que iríamos sair em público, será que era pra agirmos como casal ou eu iria fingir que estava lá como funcionária dela? Se bem que de qualquer forma será suspeito já que faz 1 ano que não sou mais assistente dela e trabalhava no The New York Times, quem sairia de um jornal daquele porte para voltar a ser secretaria de Miranda Priestly? Além de que, Miranda Priestly, nunca sairia para jantar com as filhas e uma funcionária, ou ex funcionária, no caso. O problema é que eu não podia perguntar aquilo ali na frente das meninas, era uma conversa que não havíamos tido ainda então esperaria até chegarmos e seguiria conforme a dança.

Quando chegamos Miranda desceu do carro primeiro, pois o manobrista fora direto na sua porta para abrir e depois na minha, para minha surpresa a editora-chefe assim que ficou ao meu lado enlaçou nossas mãos para entrarmos no restaurante. Eu estava em estado de choque, ela nunca fizera isso com nenhum de seus maridos, o máximo de contato que mostrava em público eram breves selinhos nos maridos, mas nunca demonstrações como andar de mãos dadas. Assim que o maitrê nos viu nem mesmo foi preciso dizer o nome da reserva, logo estávamos sendo guiadas para a mesa preferida de Miranda, uma mesa que ficava mais ao fundo para que tivesse privacidade. Depois de nos sentarmos no momento em que o maitrê saiu eu não pude evitar de olhar incrédula para a mulher de cabelos brancos.

- Logo saberiam sobre nós, Andrea, não tem o que esconder, se esconde quando não sabe se durará. - Fala como se fosse óbvio e eu só sabia sorrir boba com o fato da certeza dela de que duraríamos juntas.

- Ela não te pede em namoro, mas tem coração. - Carol implica fazendo-nos rir menos Miranda que apenas revira os olhos.

O almoço seguiu tranquilo com risadas e as histórias de como foi o natal das Priestly. Quando disse que iria embora para minha casa quando saímos do restaurante houve protesto coletivo das Priestly e como elas dominam minha vida aceitei ir lá apenas para pegar roupa para passar a noite.

Depois de passar em casa, pegar algumas roupas e apresentar meu apartamento para as meninas com a promessa de levá-las para lá mais vezes, seguimos de volta para a casa das Priestly. O resto do dia havia sido dedicado às meninas, pois as mesmas iriam amanhã pela manhã e até depois da nossa pequena visita a Grécia nós não a veríamos. Já estava com o coração na mão de saudade antes mesmo delas irem.

***

O dia 30 chegou voando, Miranda e eu não pudemos viajar até então, pois ela tinha que fechar a revista de Janeiro. Hoje pela manhã acordamos às seis para pegar o voo para o Brasil. Como iríamos de primeira classe não nos importamos muito em pegar o voo tão cedo, pois as camas do avião eram bastante confortáveis.

A viagem durou aproximadamente 13h, dormimos grande parte da manhã e o resto do tempo nos distraímos vendo alguns filmes, conversando ou lendo livro. Quando o avião pousou em solo brasileiro um calor intenso nos atingiu, colocamos roupas mais leves em um das salas privadas da área de embarque e desembarque da primeira classe do aeroporto. Assim que saímos do aeroporto um Jeep Compass preto nos esperava na porta já com as malas dentro, para minha surpresa Miranda dispensou o motorista, ela havia decidido que essa viagem seria o mais íntima possível.

Fomos para um hotel chamado Copacabana Palace e eu fiquei o caminho inteiro hipnotizada com a paisagem mesmo já estando no fim de tarde, quase debruçada na janela para admirar, as vezes conseguia ouvir Miranda rindo da minha animação, não precisava nem olhar para saber que revirava os olhos. O hotel era lindo, enorme parecia com os de Paris e bem em frente a praia que começava a ser iluminada pelas luzes do calçadão.

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