Andrea's Point Of View
Flashback On:
Depois da noite em que beijei Miranda e sai correndo de sua casa em seguida, estava morrendo de medo de medo de perder meu emprego, entretanto Miranda fingiu que nada havia acontecido. Por conseguinte, resolvi me fazer de boba também.
Iam se completar duas semanas do acontecido e, a editora-chefe ficara cada vez mais presente em meus pensamentos.
Estava perdida em meus devaneios no sofá de casa, após um cansativo dia de trabalho, enquanto na TV passava um reality show qualquer. Quando ouvi o som da campainha. Estranhei o horário, mas fui atender.
Tenho certeza que meu coração parou por um momento, ao ver Miranda ali. Minhas bochechas coraram ao lembrar das roupas que utilizava no momento que Miranda percorreu todo o meu corpo com o olhar. Trajava uma blusa masculina grande que ia até o meio de minhas coxas, e calcinha. Nada mais.
– Miranda? Aconteceu alguma coisa?
– Aconteceu, mas não vou falar sobre isso no meio de um corredor, Andrea.
– Ah, sim, entre. - Dou espaço para que a mesma entre, antes de fechar a porta. - Então.. – Digo, após um silêncio incômodo se instalar enquanto minha chefe analisava minuciosamente cada canto do meu humilde "apertamento" com o olhar.
– Você sabe que eu não gosto de enrolar, então vou direto ao ponto. Eu quero você, Andrea. - Diz dando um longo passo em minha direção. - Eu quero poder sentir cada centímetro do seu corpo. - Mais um passo. - De todas as formas possíveis. - Sussurra em meu ouvido fazendo meu corpo inteiro estremecer. - Diga que também me quer, An-dre-a.
– Miranda.. - Sai de meus lábios como um gemido baixo e rouco. A mais velha leva sua mão até minha cintura apertando firme, enquanto a outra sobre pela minha nuca dando pequenas arranhadas com a unha.
– Diga, An-dre-a. - Sussurra novamente, mas desta vez com os olhos colados nos meus e o rosto tão perto que eu podia sentir sua respiração quente de encontro aos meus lábios entreabertos.
– E-eu.. Quero você. - Consigo dizer por fim. E em um piscar de olhos eu estava em seu colo com as pernas enlaçadas a seu corpo, enquanto nossas línguas travavam uma forte disputa em um beijo carregado de luxúria e desejo.
Flashback Off:
Naquela noite, eu "dormi" com Miranda pela primeira vez. Acordei com a mesma colocando a roupa para ir embora e, ao questioná-la, apenas recebi um frio "Estou indo embora, ora, não seja tola". E daquela noite em diante, pelos próximos três meses, eu entrei em um ciclo vicioso de ceder às vontades de Miranda Priestly quando ela queria e depois voltar a ser tratada como nada. Ela havia perguntado se eu queria conhecê-la, no entanto, apenas conheci mais a fundo sua frieza, calculismo e cinismo. Antes de Paris eu já havia tentado acabar com tudo, contudo ninguém dizia não a Miranda Priestly, e eu mais que ninguém posso confirmar isso. Era totalmente inútil tentar falar com ela, pois sempre acabava comigo sozinha na cama após uma tórrida noite de sexo.
A noite ia chegando rapidamente, trazendo com si minha aflição cada vez maior, e muitas paranoias sobre o que estava por vir. Decidi que iria atendê-la da forma mais casual possível, não prepararia nada para nós. Miranda, se convidou a vir e não sou obrigada a atender seus caprichos, pelo menos não mais.
Coloco uma calça de moletom cinza soltinha, uma regata preta colada ao corpo, com uma jaqueta de moletom do conjunto da calça por cima. Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo e deixo meu rosto sem maquiagem.
Me sento a frente da TV e coloco no episódio de hoje de American's Got Talent. Me distraio com as apresentações e acabo não vendo a hora passar, só me dou conta quando o barulho alto da campainha soa, me fazendo dar um pulo de susto. Meu coração dispara já tendo noção de quem era à porta, me levanto já com as pernas trêmulas para atender. Paro em frente a porta, respirando fundo para ganhar forças e, então abro.
– Que ideia interessante de estar apresentável você tem. – Comenta após me analisar minuciosamente com o olhar.
– Não pretendo sair de casa, não há motivos para que eu gaste tempo me arrumando. - Dou de ombros dando espaço para a mesma entrar, ela o faz a passos firmes sem hesitar.
– Então é assim que costuma receber visitas?
– Não quando eu as convido, o que sabemos não ser o caso aqui. - Provoco.
– Você já foi mais educada.
– E você nunca soube o significado desta palavra, temos que conversar em termos que você entende. – Debocho. - Veio aqui para analisar meus bons modos ou conhecer meu novo apartamento?
– Andrea.. – Deixa de lado seu tom hostil para dizer meu nome de forma séria. - Por que me deixou? – Agora seu tom de voz era mais baixo e.. Inseguro?
– Tem certeza que é necessário discutir isso de novo? – Desvio o olhar, desconfortável com aquela conversa.
– Não, Andrea, eu quero os reais motivos.
– Eu já os disse. - Cruzo os braços, evitando olhá-la.
– Olhe nos meus olhos e diga que não tem nada mais. - Volta ao tom autoritário.
– Eu sinceramente não vejo motivos para tudo isso..
– Andrea.
– Não tem nada mais! - Aumento meu tom de voz.
– Então diga isso olhando nos meus olhos! - Responde no mesmo tom. Miranda nunca levantava o tom de voz.
– EU ME APAIXONEI POR VOCÊ! - Grito sem ter noção do que saia da minha boca, quando vejo a mesma me olhava com os olhos marejados, como se não esperasse aquela resposta. - Merda, Miranda! Você me tira do sério. - Ralho caminhando em direção ao mini bar que havia ali, antes que eu pudesse pegar qualquer coisa ali sinto uma mão forte e delicada segurando meu braço e me virando, colando seu corpo ao meu.
– Você sabe que odeio que deem as costas para mim no meio de uma conversa. – Sussurra, fazendo-me sentir seu hálito quente de menta contra meus lábios. Ela quer me desestabilizar, mas não vai conseguir, não desta vez.
– Eu odeio gostar de você, no entanto há coisas na vida que não podemos controlar. - Respondo sínica.
– Posso controlar muito mais coisas que você imagina, agora você irá sentar naquele sofá e vai me escutar. Quer você queira ou não.
Obrigada pelo apoio de vcs está sendo de grande importância, sinto muito mesmo pela demora e falta de resposta nos comentários, mas minha vida tá um verdadeiro caos agr e escrever essa fic tá sendo como uma válvula de escape
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That's All
Romansa"Está é a história não contada do que aconteceu após eu ter deixado La Grand Priestly sozinha na semana mais agitada da moda em Paris. E o que nunca ninguém ousou saber sobre o que me levou a fazer aquilo. Vocês viram o exterior dos acontecimentos...