Primeira Vez

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O dia ocorreu tudo bem. Com Rafael dançando, Cida participando junto, Victor contando piada, Manu batendo nele, Mad e Gabi brincando toda hora de lutinha, e eu e João Pedro bem aleatórios, fazendo o de sempre. Ficando juntos. 

- Gente, to com sono. - Rafael disse. Era quase dez da noite e todos nós estávamos sentados na sala, pensando no que fazer. Me veio uma ideia na cabeça.

- GENTE! Já sei. Vamos contar histórias de terror.

- O QUE? - Rafael perguntou. - Você perdeu o juízo??? 

- Eu nunca tive. - respondi.

- Beleza, então vamos. Eu começo. - Victor falou.

- Pode começar. - eu disse.

- Pera gente, preciso de um travesseiro. - Rafael disse, foi correndo até seu quarto e voltou com o travesseiro.

- Certo.. - Victor começou. - Uma vez, uma menina tinha ido a um cemitério.Ela estava andando por lá, até que ela começou a ouvir uns passos atrás dela. O problema, é que ela tinha ido com umas amigas, e essas amigas dela, subiram nos túmulos e tiraram fotos, e ela não fez isso, porque sabia que era errado. E então, enquanto as amigas dela estavam tirando foto, ela começou a ouvir esses passos. Ela foi pra casa e continuou ouvindo. E então ela voltou ao cemitério, deixou uma flor em cima do túmulo que as amigas dela estavam tirando foto e parou de ouvir esses passos. Só que as amigas delas continuaram ouvindo, até voltar no túmulo e deixar uma flor também..

- AI MISERICÓRDIA! Vai queimando senhor toda a maldição.. - Rafael disse, com medo.

- As pessoas tem que respeitar mais, sabe. Qual a necessidade de ir tirar foto no cemitério? - Gabi disse.

- É, concordo. É uma tremenda falta de respeito. - Mad concordou.

- Tem pessoas que só dão valor pras outras quando elas morrem, quando perdem, de fato. E acho que não devia ser assim, sabe. Se a pessoa ta ali do seu lado, aproveita. A gente nunca sabe quando ela pode partir, a gente nunca adivinha o dia de amanhã. É sempre uma surpresa, nem sempre boa. - eu disse.

- Lindíssima, falou tudo. - Rafael disse.

Depois disso, cada um de nós contou uma história. Não sei se inventada na hora ou de algum lugar da internet, mas nós refletimos sobre todas. E uma noite que era pra nos deixar com medo por causa das histórias, nos fez pensar. 

- Acho que eu já vou subir. To com sono. - falei.

- Eu também. - Rafael disse.

Todos concordaram. Desejei boa noite pra todos e subi com Rafael. João Pedro falou que ia ficar um pouco mais lá em baixo com o pessoal. Concordei. 

Rafael me disse boa noite e entrou em seu quarto. Entrei no meu. 

Troquei de roupa e coloquei o pijama que eu havia levado. Uma blusa larga e um shortinho largo também. Conforto na hora de dormir é essencial.

Deitei na cama e refleti um pouco, olhando pro teto. Dali a uma hora, vou ter 17 anos. E vai ser especial porque eu vou passar meu aniversário do lado dos meus amigos. Queria passar com os meus pais também, só que dessa vez vai ser diferente, já que todos os outros aniversários passei do lado deles. E fico feliz por eles terem deixado e por nem terem ficado bravos.

- Amor? - João Pedro disse, entrando no quarto.

- Oi. - respondi e sorri.

- Falta uma hora só pro seu aniversário! Você vai dormir ou esperar até meia noite?

- Acho que vou esperar. Você espera comigo? - perguntei.

- Claro. Quero ser o primeiro a te dar parabéns. - sorri. - Que tal esperar assistindo alguma série?

O Amor e a EscolhaOnde histórias criam vida. Descubra agora