Capítulo 12

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  Não sei como há pessoas que conseguem acordar cedo, e muitas ainda mais cedo que esta hora, definitivamente essa vida não é para mim, mas tenho de me começar a habituar para quando começarem as aulas. 

  Mas não me vou preocupar com isso agora e sim com o despachar-me porque o Zac deve de estar a chegar e eu só tomei banho, nem vestida estou, e atrasei-me mais porque tive de responder ao senhor doutor que me tinha mandado mensagem ontem à noite mas como fui dormir não lhe respondi. 

  O Christian parece-me um pouco convencido e isso é uma desvantagem, porque digo isto? Pois bem, na mensagem que me enviou dizia que ele era o melhor médico daquele hospital e que fui uma sortuda em ter sido atendida por ele, já viram a lata? Claro que na resposta não lhe dei mais motivos para se vangloriar, respondi curta e seca, não me importa que não goste.

  Santo Deus, tenho de descer, faltam 5 minutos para o Zac chegar. Bem grande questão, tomo o pequeno-almoço ou não? Como duas bolachas só para o caso, não me vou arriscar a ficar com fome até ao almoço. Ouvi a campainha tocar e soube logo que era ele, despedi-me de Anne que já estava a descer as escadas e disse-lhe que não sabia a que hora voltava, estava a chegar à porta quando ouvi um cavalo a descer as escadas. Ups não era um cavalo, era o Harry.

 - Onde é que vais Emma?- abri a porta, olhei para trás e sorri-lhe ao mesmo tempo que lhe piscava o olho, sai e não lhe dei qualquer resposta.

 - Olá Zac.

 - Bom dia Emma, isso é que é bom humor matinal.- ai jesus que pecado que este homem é, que sorriso lindo.

 - Dá graças a deus porque não é todos os dias que acordo cedo e bem-humorada.

 - Já estou a agradecer, porque preciso de ti de bom humor para o que tenho planeado para hoje.

 - Como assim?

 - Nada, tens de esperar para ver. Hoje vim de carro, como ainda estas mal do pé achei que fosse mais confortável. Pera! Emma e as muletas?

 - Ficaram em casa, não estas a achar que vou passear o dia todo e andar atrelada com muletas pois não?

 - Ok eu compreendo a parte das muletas, mas podias ter vindo de ténis.

 - Zaczinho, estas a achar que uns ténis combinam com esta roupa? Não e para além disso estas sandálias são super confortáveis.

 - Se tu o dizes, quem sou eu para dizer o contrario. Bem, vamos?- fiz sinal afirmativo com a cabeça e ele pôs-me a mão nas costas para me guiar, que cavalheiro e tem cá uma mão. 

  Quando chegamos ao carro, que era um Mini azul e descapotável lindíssimo, ele abriu-me a porta, como cavalheiro que é, agradeci e entrei no carro. Não sei para onde íamos mas devia de ser um pouco longe já que estávamos há um bom pedaço na estrada e já nos encontrávamos fora da cidade, agora era mais campo e paisagens lindíssimas. A viagem não se tinha tornado uma seca, estávamos a conversar o caminho todo, o que é muito bom.

 - Zac?

 - Sim?

 - Para onde estamos a ir?

 - Bem agora acho que já te posso dizer, visto que estamos bem afastados da cidade e sei que não vais saltar do carro.- ele deu uma gargalhada tão melodiosa que até me deu vontade a mim de rir.

 - Porque dizes isso?

 -Então assim não corro o risco que mudes de ideias e vás embora.- ao dizer isso piscou-me o olho.- Vamos para a minha casa agora a parte da manhã e até pouco depois do almoço, e depois logo te digo o resto.

Love and HateOnde histórias criam vida. Descubra agora