Capítulo 16

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 Christian encaminhou Emma para umas mesas mais distantes, sentaram-se e ficaram por uns momentos a olhar um para o outro sem dizerem nada. O coração de Emma estava a mil, por não saber o motivo pelo o qual Christian queria falar com ela, o facto de o ter beijado tinha-lhe vindo á cabeça, o receio de o ter magoado ou ofendido o seu orgulho de macho. Ele parecia ser um bom homem e pensar que o podia ter magoado por um jogo ridículo estava a pesar-lhe imenso na consciência.

 - Emma calma! Não precisas de estar com essa cara - ele sorriu-lhe carinhosamente.- Chamei-te para falarmos à parte porque realmente gostei de te conhecer e gostava que ficássemos amigos, eu cheguei cá há pouco tempo e conheço pouca gente então aceito amizades novas e divertidas.

 Emma suspirou de alívio, tinha-lhe saído um peso enorme de cima e ficou contente por ser esse o motivo e não o que ela achava que era.

 - Fico feliz em saber isso Christian.

 - Bem e não era só esse o motivo, eu gostava também de te pedir um favor, já que já somos amigos – fez uma cara de malandro quando olhou para ela.

 - Porque é que não tenho um bom pressentimento em relação a isso?

 Christian começou a rir e disse-lhe que não era nada de mal. Que estava interessado na Rachael, achara-a lindíssima e se ela conseguiria que ele tivesse um encontro com ela. Emma ficou de pé atrás, era mama ursa com Rache mas prometeu pensar e ver o que consegui-a. Despediram-se e Emma regressou à mesa agora mais calma e talvez um pouco satisfeita, ele parecia-lhe ser um bom homem e se realmente se interessou por Rache talvez isso fosse bom.

 Enquanto a madrinha e a amiga falavam ela pensava no quão idiota foi, perdera Harry e Zac, agora tinha de arranjar uma maneira de os recuperar não interessava o que precisava fazer. Primeiro tinha de ser Zac, depois logo tratava do mimado resmungão.

 - Emma chamada à terra!!- Anne olhou para a colega de troca de fofocas e só com um simples olhar transmitiram a ideia.

 - Emma olha ali o Zac Efron!!!- Emma acorda dos seus pensamentos e olha em volta, quando Rache e a Anne caem numa risada de fazer doer a barriga.

 - Que engraçadinhas as meninas, têm uma piada que até embaça - pegou nas muletas que ainda eram suas companheiras mas nem tanto, pois muitas vezes deixava-as em casa ou simplesmente decidia que não precisava delas, mas para um dia de raparigas ela sabia que iam ser necessárias. Foi andando na direção de uma qualquer loja de roupa que visse.

 - Eiii!! Fofaa não fujas de nós, estávamos só a brincar contigo como nada te chamava a atenção da lua para a terra foi o melhor que nos ocorreu. Desculpa anja sabemos o quanto isto tudo com os dois te está a dar dores de cabeça.

 - Parece que não sabem, para fazerem uma brincadeira dessas.

 - Desculpa coração, anda vamos para casa. A Rache também deve de estar cansada e tem de desfazer as malas.

 - Não vou com vocês para casa Anne.

 - Como assim? Vais com quem? Emma por favor não fiques assim connosco.

 - Vou a pé, a casa não é muito longe do shopping então eu sei o caminho, preciso de estar sozinha. Vemo-nos em casa, adeus.

 - Emma não sejas teimosa, volta aqui - Emma não parou continuou a afastar-se sem olhar para trás precisava de um momento a sós com os seus pensamentos, era nestas alturas que precisava do seu querido subconsciente que a abandonara desde que chegara a este sítio.

 A sua vida só havia piorado, dois dos homens que conhecera e lhe interessara fizera pura merda, era inacreditável. Será que nunca iria mudar, nunca iria parar de fazer asneiras por onde quer que passasse. Tinha de pensar em algo bom para que os dois a perdoassem e depois em reunião com o seu coração e cérebro saber de qual gosta. O Harry é um atrasado de primeira e convencido, só sabe insultar e rebaixar, mas quando quer é querido e atiça o fogo todo do seu corpo. O Zac é incrível, bondoso, carinhoso e encanta qualquer um, e também acende a chama no seu corpo todo.

 A meio do caminho num beco sentiu-se ligeiramente observada e essa sensação cortou-lhe os pensamentos. Continuou a andar, mas a sensação ainda estava lá, até sentir um arrepio na espinha, não era bom sinal. Já estava escuro e agora já não sabia porque raio quisera vir a pé sozinha à noite.

 Sentiu alguém a agarra-la, a tapar-lhe a boca. Aí estava o arrepio. Sentiu algo frio no pescoço e sabia que era uma faca, o pânico instalou-se mais ainda quando ouviu uma voz grossa ao ouvido.

 - Passa todo o dinheiro que tiveres e os bens mais caros já miúda!!!

 - Não tenho nada comigo, deixei tudo no carro com as minhas amigas e vim a pé sozinha - ele agarrou-a pelos cabelos e voltou-a para si, Emma não lhe consegui-a ver a cara tinha uma máscara e um gorro.

 - Tu és aquela gaja que o famozinho andou a papar, eu lembro-me da tua cara - riu-se como se tivesse feito a descoberta do ano, o riso mais nojento que já ouvira em toda a sua vida.- Acabei de ter uma ideia fofinha, tu vais ser o meu passe para ser rico. Se o mister Zac te papou, então vai dar alguma coisa por ti.

 - Por favor não faças o que estás a pensar, por favor. Eu posso dar-te tudo o que tenho, estes brincos e o colar são muito valiosos, mas deixa-me ir.

 - Nem pensar queridinha. Agora anda coxa de merda se não queres ficar com uma cicatriz nessa carinha laroca - ele agarrou-a pelo cabelo e puxo-a para dentro do beco. Andaram alguns minutos ate chegarem a um carro, apesar de tentar não conseguiu ver a matrícula, mas viu a marca e cor do carro, tinha escondido o telemóvel na perna das calças com um elástico, esta tática tinha-lhe ocorrido por andar de muletas e ser chato andar com malas atrás, agora poderia ser-lhe útil. Foi jogada para dentro do carro com uma espécie de saco preto na cabeça, isto não ia ter um final feliz para ela, sentia-o à distância. 

Love and HateOnde histórias criam vida. Descubra agora