Capítulo 14

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  Uma semana, era o tempo que tinha passado após a confusão daquele dia, uma semana sem que Harry lhe dirigisse a palavra e uma semana sem saber notícias de Zac. Mas não podia ser tudo mau, pelo menos a semana tinha passado depressa e tinha chegado ao dia que ela queria, iria recuperar toda a sua energia.

  No dia em que teve os desentendimentos com Harry e Zac, após horas de choro ocorreu-lhe a melhor ideia de sempre trazer o seu maior apoio para junto dela. Agora perguntam-se, maior apoio? Sim é maior tudo. Emma ligou o seu computador e ligou para Rachael, a sua melhor amiga.

  - Vaca não se liga a uma hora destas, morreu alguém?

  - Morreu a minha dignidade, chega?

  - Ok, o assunto é sério. O que aconteceu?

  Emma fez uma pausa e respirou fundo, não sabia se resumia se contava cada detalhe do que havia acontecido. Optou pela segunda hipótese.

  - Estás com muita pressa? A história é longa.

  - Podes começar, tenho todo o tempo do mundo. - após uma longa hora e de muitas caretas por todos os motivos e mais alguns naquela história, Emma pode desabafar e finalmente dizer o motivo pelo o qual decidira ligar.

  - Rache eu preciso mesmo de ti aqui comigo.

  - Emmazinha sabes bem que isso é impossível, infelizmente.

  - Bem, acho que já foi mais impossível.

  - Como assim sua louca? Já viste os quilómetros de distância a que estamos uma da outra? Não sejas louquinha love.

  - Isso pode mudar, estive a pensar e tive uma ideia.

  - As tuas ideias nunca são grande coisa. - gozou com a cara de Emma, que lhe fez uma careta.

  - Queres ouvir ou não?

  - Vai diz lá.

  - E se viesses para cá estudar comigo este ano?

  - What???? Estás louca? E como pensas que isso vá acontecer?

  - Bem eu vou falar com a minha madrinha e pedir-lhe se podes vir para aqui morar e se te paga a viajem. Ela de certeza que vai alinhar. Depois de eu falar com ela e de ela aceitar, falas com os teus pais.

  - Estás louca só pode. Primeiro a tua madrinha não vai querer ter aí em casa mais uma boca para alimentar e segundo os meus pais nem mortos iam deixar que eu fosse estudar para aí contigo um ano, nem férias quanto mais.

  - Não sejas pessimista minha porquita, eu vou falar com a Anne. Não queres vir é? - Emma entristeceu, pensava que a melhor amiga ia adorar a ideia.

  - Claro que quero louca, estou cheia de saudades tuas e isso aí é o paraíso, cheio de bombons e pedaços de mau caminho. Se essa tua ideia mirabolante resultar, Rachemm vai fazer estragos por Miami.

  Conversaram por mais uma hora, animadas com a ideia de passarem o ano juntas, após encerrarem a ligação Emma foi logo falar com a madrinha e esta aceitou, pedindo-lhe que lhe dissesse para que dia deveria comprar a passagem e para poder organizar o quarto de hóspedes para Rachael. Emma ficou tão animada pela resposta ter sido sim que nem esperou pelo dia seguinte para falar com Rache, para que ela pudesse falar com os pais.

  Os pais de Rache tinham aceitado, milagre divino era certo, mas não interessava. Tinha chegado o dia de ir buscar a Rache ao aeroporto. A emoção era tanta que pela primeira vez na vida de Emma, ela tinha acordado cedo e bem-humorada. Vestiu-se o mais rápido que pode e desceu para tomar o pequeno-almoço.

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