37

1 0 0
                                    

9 de junho de 2018

Capítulo 37

ACORDO NO MEIO da noite chorando e meu primeiro pensamento é que quero voltar atrás. Cometi um erro enorme e agora quero voltar atrás. Em seguida, choro até dormir de novo.

De manhã, minha cabeça está latejando, e hoje quem está vomitando no banheiro sou eu, como as garotas na Semana na Praia. Só que agora não tem ninguém para segurar meu cabelo.

Sinto-me melhor depois, mas fico deitada um tempo no chão do banheiro para o caso de eu sentir uma onda de náusea. Adormeço lá e acordo com Kitty me sacudindo pelo braço.

— Chega pra lá, preciso fazer xixi — diz ela, passando por cima de mim.

— Me ajuda a levantar — peço, e ela me puxa.

Ela se senta para fazer xixi e eu jogo água fria no rosto.

— Vá comer umas torradas — sugere Kitty. — Vai ajudar a absorver o álcool no seu estômago.

Escovo os dentes e desço até a cozinha, onde papai está fazendo ovos e Margot e Trina estão comendo iogurte.

— Bom dia, flor do dia — diz Trina com um sorriso.

— Parece que você foi atropelada por um caminhão — comenta Margot.

— Você estaria de castigo agorinha mesmo se não fosse o casamento — diz papai, tentando parecer severo e falhando. — Coma um pouco de ovos mexidos.

Meu estômago se revira com a ideia.

— Primeiro, coma uma torrada — instrui Margot. — Vai absorver o álcool.

— Foi o que Kitty disse.

Trina aponta para mim com a colher.

— Depois que você botar comida na barriga, pode tomar dois Advil. Nunca tome analgésicos de estômago vazio. Você vai se sentir melhor rapidinho.

— Eu nunca mais vou beber — prometo, e Margot e Trina trocam um sorrisinho. — Estou falando sério.

Passo o dia todo na cama, com as luzes apagadas e a cortina fechada. Quero tanto ligar para Peter. Pedir que ele me perdoe. Nem me lembro de tudo que falei. Eu me lembro do essencial, mas a lembrança em si está indistinta. A única coisa de que me lembro claramente, a que nunca vou esquecer, é a expressão no rosto dele, e sinto ódio de mim mesma por ter sido quem a provocou.

Eu cedo. Mando uma mensagem. Só três palavras.

Sinto muito mesmo.

Vejo o “…” do outro lado. Meu coração bate loucamente enquanto espero. Mas a resposta não vem. Tento ligar, mas minha ligação vai direto para a caixa postal, e eu desligo. Talvez ele já tenha me apagado do celular, como fez com o pai. Talvez tenha… desistido.

Karina 

Compartilhar

3 comentários:

Mazikeen15 de junho de 2018 20:50

:/ Lara Jean sua burra

Responder

Unknown30 de julho de 2018 01:00

ai meu coração

Responder

Alanna Isabella31 de julho de 2018 00:04

chateada estou...

Responder

Se você não tem conta no Google e quiser comentar, utilize a opção Nome/URL e preencha seu nome/apelido/nick; o URL pode deixar em branco.

Boa leitura, E SEM SPOILER!

Página inicial

Visualizar versão para a web

Tecnologia do Blogger.

Só pra mim.Onde histórias criam vida. Descubra agora