{25} - Namoro às Antigas

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Cristhina seguiu preocupada para a aula de geografia, se Clay estivesse certo o passado estava sendo reescrito a cada dia e assim seria refletido ao mundo moderno a cada troca de lua. A múmia desaparecida não era um grande problema, mas se ela jamais havia sido encontrada, como Tutankhamon ainda estava ali quando o passado que conheciam era um grande ponto de interrogação.

No intervalo da tarde, encontrou-se novamente com Clay que tentou explicar- lhe algo sobre linhas temporais, que se tivesse certo, Tut, estava alheio a elas afinal, ele não deveria fazer parte do presente, no entanto Samantha sim e se de alguma forma a vida dela estava atrelada ao fato de quebrar o feitiço de Ankhesenamon, se este deixasse de existir, ela também poderia desaparecer.

Cris juntou suas coisas e correu ao encontro da amiga, avistou-a no ginásio onde ela e Tut conversavam e riam tentando arremessos falhos a cesta de basquete. Samantha tinha um sorriso largo e gestos despreocupados, estava feliz, sem toda a ansiedade de ser uma dona de casa e mãe do irmão caçula que a rondava há anos. Cristina sorriu e recuou, tinham alguns dias até a próxima lua.

一 Você devia ser bom nisso, é alto 一 Samanta falou com um sorriso ao ver o jovem errar mais uma vez.

一 Eu não entendo, eu era muito bom com o arco e flecha, acertava um falcão em pleno vôo. 一 Disse o rapaz intrigado com a cesta 一 Bem, não se pode ser bom em tudo.

一 Você é tão modesto 一 Ela disse e ele enredou seus braços na cintura dela.

一 A modéstia sempre foi uma das minhas maiores virtudes, só não é maior que a minha perseverança, então vamos vencer essa cesta!一 falou se agachando na frente dela e mandando-a subir em seus ombros.

一 Não vou fazer isso, vai me derrubar.

一 Não vou, anda, sobe 一 ele insistiu一 vamos Sam.

A garota sentiu o rosto enrubescer e apoiou se em seus ombros

一 Oh tão pequena e tão pesada!一 falou o jovem fazendo um esforço para levantar-se com a garota sob seus ombros.一 Tudo bem pega a bola e lança 一 disse alcançando uma bola a ela, se aproximando da cesta.

一 Eu vou cair.

一 Estou segurando, vai lança一 disse e ela tomou coragem e lançou acertando a bola em cheio

一 Eu acertei!一 gritou num salto que quase desequilibrou o jovem一 ohh não me derruba 一 no mesmo instante o faraó começou a correr com ela sob os ombros que agarrou em seus cabelos enquanto o mandava parar.

一 Era mais ou menos essa a sensação de atravessar o deserto sob uma biga sem os tais amortecedores.

一 Você é louco, me coloca no chão! 一 Ele parou e se abaixou permitindo que ela descesse e depois deitou-se ao chão da quadra exausto.

一Você deve ter pedras por dentro 一 ele riu estendendo a mão a ela 一 deita aqui e admire comigo a magnitude desse teto cinza 一 Falou.

一Já devíamos ter voltado para aula 一 ela disse e ele sorriu e insistiu com o braço estendido一 Tá bem 一 concordou deitando-se ao chão da quadra 一 Tut, acha que o fato de sua múmia ter desaparecido pode afetar de algum jeito, a sua presença aqui, quer dizer... se ela nunca foi achada, eu não poderia acordá-lo.

一 Não sei, mas não quero pensar nisso. Vamos só apreciar esse teto cinza e sem graça. Aliás seu povo é muito simplista na arquitetura, eu poderia dar umas boas dicas de ornamentos 一 Ele sorriu beijando a testa dela.

Cristina, Felippo encontraram Clay na saída da aula, haviam combinado de encontrar-se na casa dele para traçar uma estratégia a respeito do especialista egípcio e quem sabe encontrar respostas para as tantas perguntas que rondavam suas mentes. A garota decidiu manter a amiga longe daquilo, pelo menos por enquanto, até porque ela não parecia muito interessada em descobrir nada que pudesse atrapalhar o novo romance.

Um Faraó em Minha Vida -  EM ANDAMENTO Onde histórias criam vida. Descubra agora