{34} - Entre Deuses e Múmias - PTII

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Uma discussão acalorada começou entre os jovens e Bés. Clay pragueja apavorado, Samantha tentava convencer a todos que o melhor era explicar tudo para a polícia para que assim Bryan pudesse ser encontrado. Tut discordava dizendo que um faraó ir para cadeia despertaria a ira dos deuses, enquanto Cris zombava dizendo que na situação decadente do panteão egípcio, ele acabaria encontrando muitos desses deuses por lá.

一 Parem de gritar! 一 Connor berrou como se estivesse num jogo na final do campeonato. 一 Se Clay alugou o barco e pagou por ele, só precisamos de um adulto responsável para dizer que que dirigiu essa coisa. Adolescentes fazem festas, e isso não é um crime! Vão nos deter por algumas horas até que nossos pais venham nos buscar, no máximo algum serviço comunitário por terem bebido então parem com esse drama todo!

一 Ele tem razão, 一 Cris arregalou os olhos一 Clay pagou pelo barco, alugar um barco não é crime. Nunca pensei que ficaria feliz por ter um atleta encrenqueiro no grupo.

一 É, diz isso para minha mãe, ela vai me matar! 一 Clay exclamou.

一 Elas aturou as suas fobias por todos esses anos Clay, se não te matou ainda, não mata mais! 一 Cris cortou o assunto 一 Mas ainda tem o Tut, ele é um imigrante ilegal que matriculamos na nossa escola e vive escondido no porão da Sam. E essa é a versão fácil de explicar, sem múmias e deuses com cabeças de animais.

一 Como fizeram tudo isso?一 Connor questionou incrédulo 一 Quer dizer, se ele é mesmo o que estão dizendo, como aconteceu e porque levaram ele para casa ao invés de sair correndo?

一 Eu poderia dizer que foi pelo nosso senso de responsabilidade, mas a quem eu estaria enganando? 一 Cris sibilou 一 Foi só porque ele é um tremendo gato.

一 Cris! 一 Samantha a repreendeu.

一 Não vem com essa Samantha se fosse a Múmia de Ramsés que morreu lá com seus cem anos, teríamos saído correndo e gritando. 一 retrucou a amiga 一 Então levamos ele para casa, alimentamos, vestimos e achamos que íamos conseguir mandar ele de volta, mas o Clay não encontrou uma forma. E desde lá nos metemos numa encrenca atrás da outra por conta desse faraó aí.

一 Porque eu tenho que encontrar uma forma?

一 Ué você não é o gênio da escola? Não vai para HARVARD?一 Cristina ironizou.

一 Não há uma forma e mesmo se houvesse, já disse que não vou voltar para lá 一 Tut intrometeu-se.

一 Terei sorte de cursar uma comunidade comunitária, isso se sobreviver sem morrer ou ser preso até o fim do ensino médio. Graças a vocês! 一 Clay reclamou.

一 Alguém lembra que meu irmão foi sequestrado?! 一 Samantha exclamou irritada.

一 Um problema de cada vez e já estou exausto de ver vocês discutindo 一 Bés interveio 一 Vamos atracar e deixem que o adulto responsável tome as rédeas da situação.

Cerca de vinte minutos depois os jovens desciam pela doca com as mãos levantadas enquanto um grupo de polícia do se aproximava curioso.

一 São só crianças 一 falou para o outro baixando a arma

一 Com licença 一 Bés tomou a frente do grupo 一 Imagino que haja algum engano, me chamo Ernest Bishop, esses são... 一 ele hesitou 一 espere você é o pai de Elias Donell, não é?

一 Sou, como sabe? De onde conhece meu filho?一 Intrigou-se o homem.

一 Oh aquele garotinho peculiar, ele parou com o hábito detestável de urinar na própria cama?一 O anão questionou tentando forçar um sorriso simpático.

Um Faraó em Minha Vida -  EM ANDAMENTO Onde histórias criam vida. Descubra agora