• Capítulo 2

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Isadora
(narrando)

No dia seguinte acordo com a claridade da janela no meu rosto, olho a hora no relógio que tem em cima do criado mudo e são umas 7:30 da manhã, me levanto depois de muito esforço e vou ao banheiro fazer as minhas obrigações matinais, quando saio do banheiro visto uma roupa e desço as escadas indo para a cozinha tomar meu café da manhã, assim que sento na mesa, vejo a Agnes sentada ao meu lado fazendo o bico maior do mundo.

— O que foi que aconteceu?
— pergunto.

— Nada!
— ela responde.

— E porque você está com essa cara ?
— provoco, apontando para seu bico.

— Porque... Eu pedi ao papai para ele me levar para o seu trabalho hoje e ele disse que não podia, porque eu tenho que ir para a escola.
— fala cruzando os braços e fazendo uma birra enorme

— Justamente, Agnes. Você tem que ir para a escola.
— tento ser o mais firme possível com as minhas palavras, para não passar por cima da autoridade do meu pai.

— Tá bom, eu vou para escola.
— ela solta um suspiro e se dá por vencida.

Em seguida sai da mesa deixando o seu prato e copo vazios em cima da mesa, aproveito o sossego para tomar o meu café da manhã em paz.

Depois de tomar meu café da manhã, vou para a sala, sento no sofá, pego meu celular e mando uma mensagem para a Mari perguntando se ela quer ir ao shopping comprar algumas roupas para usar amanhã, não sei com que roupa deveria ir, já que nunca fui á um baile funk. — Mesmo não sabendo a resposta do meu pai ainda, já estou me antecipando, espero que ele não acabe com as minhas expectativas.
Após alguns minutos o meu celular vibra com a resposta da Mariana, dizendo que quer sim, respondo que vou me trocar e já já passo lá para buscar ela. Bloqueio o celular coloco no bolso e subo as escadas até o meu quarto, visto um short jeans claro, e uma camiseta preta simples, calço meu vans, pego a bolsa e coloco o celular e tudo o que vou precisar dentro dela, saio dali indo para a garagem pegar o carro.
Chego na casa da Mari, buzino e logo em seguida ela sai de casa e entra no carro, seguimos para o shopping ao som de Simone e Simaria.
Como o shopping não era tão longe assim do nosso condomínio chegamos após alguns minutos, fomos logo entrando e começamos a procura as roupas. Eu experimentei algumas peças de roupas, e acabei ficando com um vestido preto impecável que caiu muito bem em meu corpo, deixando cada curva definida, deixando as costas a amostra. A Mariana por sua vez não conseguiu escolher ainda nas duzentas lojas que entramos — sei que estou exagerando, mas foram muitas as lojas que já entramos e ela não se agradou de nada.— Longas horas depois, eu não aguentava mais andar.

— Mari, tá bom, não aguento mais andar, e estou faminta.
— imploro por piedade.

— Tá... Prometo que é a última, depois dessa a gente vai comer.
— fala revirando os olhos.

— Tá, SÓ ESSA! 
— fuzilo ela com os olhos e dou ênfase no "só essa", a fome me deixa estressada.

Depois de esperar e palpitar por todas as roupas que a Mari vestiu, finalmente fomos para a praça de alimentação, e pedimos comida.

Finalmente cheguei em casa. É claro depois de deixar a Mariana na casa dela.
Pego o celular olho a hora e já são 19:00 — meu Deus, passei muito tempo naquele shopping, tudo culpa da Mariana, que experimentou todas as roupas de cada loja que a gente entrava.—

Subo para o quarto, deixo a bolsa de compras em cima da cama, entro no banheiro e tomo um banho relaxante.
Termino o banho visto uma calça de moletom, uma camiseta branca  e desço as escadas indo para a cozinha. Entro na cozinha e encontro todo mundo reunido na mesa para jantar, sento na mesa e dou um boa noite para todos, que me respondem em uníssono.
Depois de todos se servirem, meu pai resolve quebrar o silêncio.

— Sua mãe falou comigo e disse que esse ano você não quer festa de aniversário, quer fazer algo diferente, no início achei uma péssima idéia... Mas daí em última hora, marcaram uma reunião de negócios no Rio, e iremos precisar sair amanhã cedinho, a Agnes vai com a gente, então decidir que por esse ano você pode fazer algo diferente, como quer.
— ele diz, enquanto corta um pedaço de carne em seu prato e leva a boca.

— Que pena que não estarão aqui amanhã, mas agradeço por me deixarem fazer o que quero.
— faço uma cara de tristeza pela notícia, mas depois sorrio deixando claro meu agradecimento pela decisão dele.

— Já sabe o que quer fazer?
— pergunta minha mãe.

— Hum, acho que vou fazer uma noite do pijama na casa da Mariana.
— minto.

— Legal, espero que se divirtam.
— ela comenta.

— Eu também.
— respondo com toda sinceridade do mundo, mas não para a noite do pijama e sim para o baile.

— Mas tem um porém.
— meu pai fala, fazendo meu coração acelerar.

— Qual?
— pergunto, tentando passar firmeza na minha voz.

— Quando chegarmos você tem que sair para algum lugar conosco, para comemorar o seu aniversário.

— Tá certo, eu saio.
— solto um suspiro de alívio que nem percebi que prendia.

Terminamos o jantar em silêncio, tiro meu prato da mesa, dou um boa noite a todos e me retiro da cozinha indo direto para meu quarto.
Antes de dormir, mando uma mensagem para a Mari, avisando que meu pai concordou com a minha proposta de aniversário e que amanhã estarei indo de mala e cuia para a casa dela. Após alguns segundos ela me responde com um "obaa, estarei ao seu aguardo" que podia jurar ter visto seu sorriso de alegria. Coloco o celular no criado mudo ao meu lado e deito em seguida me entregando ao sono e o cansaço de um dia exaustivo e cheio de emoções.

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