• Capitulo 19

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Isadora
(narrando)

Acordo com o sol que entrou pela janela do meu quar... paro olho em volta, pera, esse não é meu quarto, as cenas da noite passada vem como um flash na minha cabeça. A gentileza do Rodolfo estava tão grande ontem que temo em hoje ele ter voltado a ser o mesmo ogro de sempre. Olho ao redor e vejo que o Rodolfo já não está mais aqui, me levanto e estico os braços para me espreguiçar, quando estou fazendo isso o barulho da porta se abrindo chama minha atenção, quando olho em sua direção vejo que é o Rodolfo que está entrando no quarto, que por sinal é seu, o mesmo para quando me ver com os braços esticados e lembro que estou usando apenas sua camiseta isso significa que estou mostrando minha calcinha, abaixo os braços com rapidez e meu rosto cora.

— Eu... não sabia que você já tinha acordado.
— ele diz obviamente notando o meu constrangimento pelo o que acabou de acontecer.

— Tudo bem, você já deve ter visto muitas calcinhas, não faz diferença ver mais uma.
— comento sorrindo da situação.

— Você nem imagina a diferença que faz ser você quem está usando a calcinha.
— Ele diz e vejo um brilho de vergonha em seus olhos quando ele percebe que acabou de dizer as palavras em voz alta.

Sem respostas para o que eu acabei de ouvir, sou salva pelo barulho do meu celular que começar a vibrar dentro da bolsa, corro para pegá-lo e vejo que é uma ligação da minha mãe, faço um sinal de silêncio para o Rodolfo que solta um sorrisinho presunçoso, e atendo a ligação em seguida.
Ela diz que eu estou atrasada como sempre para o almoço em família e eu peço desculpas avisando que chegarei logo logo, desligo a ligação e solto um suspiro de alívio que nem percebi está prendendo.

— Era sua mãe?
— o Rodolfo pergunta me pegando de surpresa pelo seu interesse.

— Era sim, preciso ir, você viu a Mariana?
— pergunto, mudando o assunto rapidamente, não quero falar sobre minha mãe agora.

— Tá com o Maicon, ainda não saíram do quarto.
— ele responde.

— Obrigada.
— digo indo em direção a porta.

— Você vai assim?
— Rodolfo pergunta, me fazendo analisar meu corpo e lembro que estou quase sem roupa.

— É.. acho melhor não.
— comento e sorrimos

Pego minhas roupas que estendi no banheiro ontem, por sorte estão secas, visto e saio do banheiro, com a camisa do Rodolfo dobrada em minha mão, vou até a cama e coloco ela em cima.

— Obrigada pela camisa.
— digo

— De nada.
— ele diz e eu vou caminhando em direção a porta.

Bato na porta do quarto que a Mariana está que permanece trancada, continuo batendo bem forte e chamando até que um Maicon muito furioso aparece na porta, mas não ligo já que vou morrer se não chegar logo em casa.

— MARIIII, ACORDA, TEMOS QUE IR!!
— digo, passando pelo Maicon para entrar, sem permitir que ele diga algo.

— Tá ficando louca? Me deixa dormir.
— resmunga batendo a mão no colchão em um sinal de irritação.

— Qual foi morena, né assim que se acorda ninguém não, ô sua maluca.
— ele diz, esfregando os olhos.

— Mari, eu vou embora e vou te deixar. Minha mãe me ligou, você sabe o que isso significa?
— comento esperançosa que ouvindo isso ela se levante dessa cama.

— Ai Isadora, deixa de escândalo, até parece o fim do mundo.
— ela diz sem nem pestanejar.

— Isso é o fim do mundo, só que do meu mundo.
— digo sorrindo de nervoso.

— Dramática, fala que a gente dormiu tarde terminando os trabalhos.
— ela sugere, mas permanece deitada.

— Ótima ideia, mas agora estou indo, você vai ficar?
— pergunto

— Mas tarde te levo, galega.
— o Maicon diz antes que ela possa responder.

— Tá bom, tchau, juízo.
— digo para ela.

— E Maicon, não me chama de maluca outra vez, se não te mostro uma, beijos.
— me viro para o Maicon e digo para ele, saindo do quarto.

Vou caminhando em direção ao carro, quando estou preste a entrar, alguém me vira e me impressa na porta do meu carro.

— Vai embora sem ao menos se despedir, não fui gentil o suficiente para receber um beijo?
— o Rodolfo pergunta.

— Sabia que toda essa sua gentileza tinha um preço.
— digo sorrindo.

Antes que eu possa pensar em dizer um não, ele cola nossos lábios roubando um beijo meu, meus lábios me traem se abrindo ao seu contato, sua língua entra em contato com a minha, me envolvendo naquele beijo suave de uma despedida. Empurro seu corpo com as mãos me afastando dele.

— Você não tem jeito.
— comento abrindo a porta do carro e entrando nele, para não correr o risco de ficar para ganhar mais um beijo.

— E você adora que eu sei.
— ele diz e eu sorrio em resposta, não posso negar que gosto em partes desse seu jeito vagabundo de ser.

Dou partida no carro, deixando a favela para trás e indo em direção a zona sul.

Fire Of LifeOnde histórias criam vida. Descubra agora