• Capítulo 11

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Isadora
(narrando)

Escuto um barulho familiar abro os olhos procuro meu celular e, finalmente, com uma passada de polegar sobre a tela, o barulho incômodo para. Quando estou voltando a dormir meu celular começa a tocar novamente, resmungo e abro os olhos, olho para tela do celular e vejo que é minha mãe que está me ligando, pulo da cama em um colapso momentâneo e atendo a ligação.
Ela me avisa que chegaram de viagem e que o papai quer almoçar com todas nós para comemorar meu aniversário, e que estão me esperando no restaurante, digo que já estou chegando e peço que ela me mande o endereço por mensagem, desligo a chamada. Vejo que a Mariana não acordou com o barulho que o meu celular fez, acho melhor deixá-la dormindo por enquanto, me olho no espelho e vejo que ainda estou com a mesma roupa de ontem, lembranças sobre ontem surge a mente me fazendo pensar se vou ver o Rodolfo outra vez na vida, não sei porque eu estou pensando nessa possibilidade. Saio do meus pensamentos quando lembro que tenho poucos minutos para me arrumar e chegar ao restaurante, corro para o banheiro, tiro a roupa, entro no chuveiro e tomo um banho relaxante, com direito a cabelo lavado, saio do banho me enrolo na toalha e vou em direção a minha mala procurar uma roupa decente para um almoço em família, acabo escolhendo um vestido de alças finas, na cor azul bem claro, com umas rosas espalhadas, bem simples e lindo ao mesmo tempo. Faço uma maquiagem simples, penteio o cabelo e deixo ele secar naturalmente, coloco um colar, pego uma bolsa pequena, coloco o que vou precisar e meu celular dentro, passo perfume, me olho no espelho e estou pronta. Resolvo acordar a Mariana.

— Mariana, acorda.
— digo, sacudindo seu braço.

— Que é, me deixa dormir.
— ela resmunga.

— Eu estou indo.
— aviso, mesmo sabendo que ela não vai lembrar depois.

— Tá bom, tchau.
— ela diz se virando para o outro lado e voltando a dormir.

Após ter pego o melhor caminho para chegar no restaurante sem pegar o trânsito de São Paulo, finalmente chego ao destino, estaciono o carro, saio e vou caminhando na direção ao restaurante. Entro e me deparo com um lugar encantador, olho ao redor e encontro minha família sentando em uma mesa próximo a janela enorme que tem uma vista perfeita da cidade, chego na mesa me sento na cadeira que esta vazia ao lado da Agnes.

— Boa tarde, família.
— comprimento a todos com um sorriso.

— Boa tarde.
— respondem em uníssono, retribuindo o sorriso.

Meu pai faz os pedidos e enquanto aguardamos resolvo quebra o silêncio.

— Iai, como foi a viajem?
— pergunto.

— Foi tudo muito bem.
— diz minha mãe.

— Foi incrível.
— Agnes diz balançando os braços e sorrindo.

— Negócios são negócios.
— resmunga meu pai.

— E como foi a noite do pijama?
— pergunta minha mãe

— É... Foi boa, a gente passou a noite comendo e fazendo coisas de meninas.
— minto, fazendo esforço para minha voz não falhar.

— Que bom que você se divertiu.
— ela diz

Sou salva pelo garçom que chega trazendo nossa comida e encerrando o assunto tenso que estava se desenvolvendo, agradeço mentalmente quando ele começa a colocar a comida na mesa.

O restante do almoço é ocupado com conversas sobre negócios e silêncios agradáveis. Logo chegamos em casa e eu vou direto para o meu quarto, estou exausta, e minha mente não para de relembrar cenas sobre ontem, me fazendo lembrar do Rodolfo a todo momento, ignoro meus pensamentos e mando uma mensagem para a Mariana perguntando se ela está viva, porque desde agora não deu sinal de vida, a mensagem dela demora um pouco mais logo chega, dizendo que acabou de acordar, ficamos trocando algumas mensagens, depois de encerramos o papo resolvo tirar uma soneca e me entrego ao sono.

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