Isadora
(narrando)Acordo com dificuldades para abrir os olhos, quando abro vejo que não estou mais no baile — meu Deus, onde estou? O que aconteceu? — noto que estou em uma casa estranha, da qual nunca vi antes, lembranças vagas começam a surgir na minha cabeça, nada faz sentido, a única coisa da qual consigo me lembrar com clareza, foi do copo de whisky que tomei, parece que as lembranças foram apagadas da minha mente. — que dor insuportável na cabeça — minha mente faz questão de lembrar. Olho ao redor e vejo a Mariana sentada em uma poltrona a minha frente com os olhos fechados, me acalmo mais ao perceber que não estou nessa casa estranha sozinha.
— Marianaa?
— chamo. Minha voz soa distante, e estranha até para mim.— Você acordou, graças a Deus.
— ela diz. Seu tom de voz é de alívio.— Onde estamos?
— pergunto, baixinho, me ajeitando para sentar no sofá.— Na casa do Rodolfo.
— ela responde.— Porque viemos parar aqui? O que aconteceu?
— pergunto, tentando entender tudo.— Calma uma coisa por vez, você desmaiou e tivemos que te tirar do barulho, então viemos para a casa mais próxima, que por coincidência é a dele.
— ela explica.— Por quanto tempo eu tô desmaiada?
— pergunto com medo da resposta.— Fazem umas duas horas, ou mais, madame.
— uma voz que já conheço bem, ecoa por trás de mim.— Ah.
— é tudo o que consigo dizer.Rodolfo e Maicon que surgiram do nada atrás de mim, vem em direção ao sofá onde estou, Maicon passa pelo o mesmo e fica de pé encostado em uma parede a minha frente e o Rodolfo se senta em uma cadeira, que tem ao lado da Mari. Me forço a lembrar do que aconteceu comigo, mas só aparecem várias lembranças destorcida que eu não consigo organizar o que é real do que é fictício em minha mente. Consigo me lembrar de ter visto o Rodolfo em um sofá com alguém sentado em seu colo — mas porque tenho que me lembrar justo disso? — indago a minha mente, ela só pode está brincando comigo.
— Você se lembra de algo?
— Maicon me pergunta, me tirando dos meus pensamentos.— Não, não muito, tá tudo muito confuso, não consigo juntas as peças, eu só lembro que tomei uma dose de whisky em uma barraca, e ... E mais nada.
— respondo, omitindo o fato de lembrar do Rodolfo com alguém sentado em seu colo.— Passou cerca de duas horas pra acordar, não lembra de quase nada, demorou um certo tempo para desmaiar, tá com cara de midazolan.
— Rodolfo diz após um bom tempo calado, obviamente pensando em tudo o que acabou de falar.— Mi... Midazolan, o que é isso?
— pergunto, temendo a resposta.— Um comprimido que é usado nas bebidas, para dopar as pessoas. Tipo uma droga.
— o Maicon explica.— Que ótimo.
— sorrio com a situação.— Isso vai causar algum mal a ela?
— Mariana pergunta, olhando para mim.— Ela só deve ter uma dor de cabeça, mas quando o efeito do remédio passar, ela vai ficar bem.
— Maicon responde.Meus olhos me traem e viram em direção aonde o Rodolfo está sentado, vejo que ele observa atentamente meu rosto, e parece está pensativo — daria tudo para saber o que ele está pensando agora — minha mente fala, me traindo assim como meus olhos fizeram.
— O que você está pensando em fazer?
— Maicon pergunta ao Rodolfo, creio que percebendo assim como eu que ele estava pensativo.— Passa o rádio lá para o Roger, diz que é para ele e os irmãos, revistar as barracas e fazer pressão até saber quem foi, quando descobri, leva esse filho da puta pra boca, que vou ensinar como se droga uma mulher.
— ele responde soltando um suspiro e levantando da cadeira, indo em direção a escada.— Cê que manda, irmão.
— Maicon diz, e em seguida pega o "rádio" do bolso e começa a falar com alguém, certamente o tal Roger de quem Rodolfo falou.Fico ali boquiaberta, em partes admirada com atitude do ogro, ele até que não era tão babaca como pareceu ser, e em partes assustada com tudo o que ouvi-lo dizer. — como será que ele vai ensinar a esse homem? — pergunta minha mente, e decido que não quero descobrir.
A Mariana tava querendo voltar para o baile, já que eu acabei estragando tudo, — maldita hora que tomei aquela dose de whisky — lembra minha mente. Minha cabeça ainda estava latejando, porém era meu aniversário e eu precisava aproveitar, já começou dando tudo errado, mas não poderia deixar que o medo me vencesse. Olhei a hora no meu celular e ainda era 1:30 da madrugada, — muitas aventuras em pouco tempo — diz minha mente, e eu concordo em silêncio.
Depois de alguns minutos o Rodolfo aparece na sala novamente, onde estamos, vai até a cozinha e noto que ele tem algo em suas mãos, mas não consigo saber o que é, em seguida ele sai da cozinha com um copo de água em sua mão vem em minha direção, fica em pé na minha frente e me entrega o copo d'água junto com uma aspirina, fico muito surpresa com a sua atitude, pego de sua mão timidamente, em seguida engulo o remédio e tomo a água.
— Obrigada… de verdade.
— agradeço e devolvo o copo.— Não precisa me agradecer.
— ele diz em um tom de voz suave.Segundos depois algo toca em seu bolso, quebrando o clima daquela cena única, ele puxa do bolso e sai dali indo em direção ao hall de entrada.
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Fire Of Life
RomanceIsadora é uma menina da classe alta, mas que não foi totalmente atingida pelo o meio onde vive. Seus pais acham que devem apenas se relacionar com pessoas do mesmo nível social, mas para Isadora isso são só bobagens de uma sociedade preconceituosa...