Fire Of Life

• Capitulo 18

Rodolfo
(narrando)

Estava sentado na cama pensando em como eu mentir em dizer que não queria nada com a morena, quando ela apareceu só de toalha no meu quarto, meus olhos se arregalam voluntariamente quando ver aquela cena diante deles, passeio com eles pelo seu corpo todo, observando como é linda. Ela nota minha reação, e começa a se explicar, dizendo que vai buscar suas coisas para poder trocar de roupa, quando lembro que ela vai sair só de toalha e que não estamos a sós na casa, a ideia de mais alguém ver ela daquela forma me faz grita um sonoro "não" para ela, que cessa seus passo e me olha com cara de quem não entendeu o que quis dizer, vou logo explicando o que queria dizer mas ela entende tudo errado e se alterada imaginando que eu poderia ter vergonha dela, — como ela pode imaginar isso? — pergunta minha mente.
Logo lhe explico melhor o que quis dizer, e ela entende e me da espaço para que eu vá buscar suas coisas.

Saio do quarto e desço as escadas encontrando o Roger sentado na sala.

— Iai, irmão, o que houve?
— pergunto me aproximando dele. Imagino por um instante se eu tivesse deixado a morena descer, ele a teria visto só de toalha.

— Só fui levar a mina até a porta, sou cavaleiro, irmão.
— ele diz com uma cara de safado.

— Depois de comer, é o mínimo né.
— comento e sorrimos.

— E você, o que faz acordado?
— ele pergunta me pegando de surpresa.

— É... eu vim, buscar uma coisa.
— digo sem muitos detalhes.

— Tá certo.
— ele diz

Vou em direção a área da piscina e procuro com os olhos as coisas da morena, vejo que estão perto da mesa onde estávamos, vou até lá pego a bolsa e suas roupas estão molhadas do lado da bolsa, não sei como isso aconteceu e vejo que o céu está nublado, olhando ao redor vejo poças de água, deduzo que choveu, pego suas coisas e volto para a sala de estar, o Roger olha para minha mão e em seguida para mim.

— Uma coisa, seii.
— diz sorrindo debochado.

— Ah, cala a boca.
— digo e mostro o dedo do meio para ele.

Ele começa a sorrir, ignorando-o eu subo as escadas e chego ao meu quarto, abro a porta e vejo a morena sentada na minha cama ainda de toalha e seus olhos percorrem todo meu quarto, analisando-o bem.

— Aqui estão, só tem um problema, choveu e suas roupas estão molhadas.
— digo entregando a ela suas coisas.

— Que merda, o que vou vestir agora?
— ela pergunta mais para ela do que para mim.

— Mas obrigada.
— completa.

— De nada, se você quiser pode usar uma roupa minha.
— digo com tom de voz suave.

— Acho que vou precisar, não quero pegar um resfriado.
— ela comenta e sorri.

— E você não ia deitar na minha cama com essas roupas.
— digo brincando.

Ela sorrir e eu vou até o guarda roupa, pego uma blusa e um short de malha lhe entregando em seguida.

— Vou para o banheiro me trocar, já volto. Obrigada mais uma vez.
— ela comenta.

— Não precisa agradecer.
— digo, enquanto ela caminha até o banheiro.

Após alguns minutos, a morena sai do banheiro usando apenas minha camisa, me surpreendendo mais uma vez com sua beleza.

— É... o short ficou me incomodando, então achei melhor usar só a camisa, espero que não seja um problema.
— ela se explica.

— Não, está tudo bem, aliás... a camisa fica melhor em você do que em mim.
— digo e ela solta um sorriso tímido.

— Acho que agora podemos dormir.
— ela diz em um tentativa de mudar de assunto.

— É, acho que podemos.
— digo.

Me deito em meu lado da cama deixando o outro com espaço suficiente para que ela deite, virando de costas me cubro, e sinto quando ela soube na cama fazendo-a da uma leve baixada pelo peso do seu corpo, em seguida sinto quando ela puxa o coberto para cobrir seu corpo semi nu.

— Boa noite.
— ela diz baixinho

— Boa noite.
— respondo no mesmo tom.

Um silêncio toma conta do ambiente, e a sensação dos nossos corpos tão próximos sem poderem se tocar é sufocante, mas me forço a não virar e ser egoísta a ponto de fazê-la se entregar a mim nesse momento, sabendo que se eu insistisse mais um pouco ela perderia o pouco de razão que se tem, me entrego ao sono repetindo mentalmente que não tem ninguém ao meu lado, porque pela primeira vez em muito tempo eu deixo alguém dormir no meu quarto e na mesma cama que a minha, o que torna essa missão tão impossível para mim.