Isadora
(narrando)Já são 00:05h, dou uma olhada na casa e vejo que já estão todos dormindo então resolvo sair, não vou no meu carro já que estou fugindo, como a Mariana não sabe dirigir vamos com seu motorista particular, ela me mandou uma mensagem avisando que estão me esperando na esquina. Eu já estou toda arrumado com um body rosa claro, todo aberto na frente com umas flores brancas espalhadas por ele e uma saia jeans branca, com uma make bem simples.
Desço as escadas de mansinho, até chegar na porta quando abro, lembro que na minha casa tem segurança — ferrou — alerta minha mente, penso por uns segundos o que devo fazer, e chego a conclusão de que não tem como sair escondida dele, vou ter que enfrenta-lo, continuo andando e o Carlos me para quando estou próxima ao portão.— Para onde vai, senhorita?
— ele pergunta mantendo sua seriedade.— Eu vou sair.
— respondo sendo direta— Uma hora dessas, seus pais sabem, senhora?
— Não e nem você vai falar, né?
– digo fazendo cara de cachorro abandonado.— Infelizmente eu não posso, vou ter que informar isso ao seu pai.
— ele diz fazendo meu coração acelerar.— Aah não Carlos, por favor, você sabe que vivo presa nessa casa, não fala para os meus pais, eu só vou dá uma voltinha com a minha amiga, por favor.
— imploro.— Mas senhora, isso é perigoso.
— seu tom de voz é suave e atencioso.— Não vai ser, longe de confusão prometo, por favor.
— suplico.— Tá bom, senhorita, só dessa vez tá claro?
— ele diz— Claríssimo, obrigada Carlos.
— digo sorrindo e dou um beijo no rosto dele, que fica parado apenas me observando sair.— Esses jovens!
— consigo ouvi-lo dizer.Quando passo do portão, olho ao redor e avisto o carro da Mariana, corro, abro a porta e entro.
— Aperta o acelerador, antes que o Carlos mude de ideia.
— digo assim que entro.Rodolfo
(narrando)Depois de passar tanto tempo na boca organizando tudo para o baile olho a hora no relógio que está no meu pulso e vejo que já são 23:50h, resolvo ir para casa tomar um banho, subo na moto e saio dali em direção a minha casa.
Chegando, entro em casa e vou direto para meu quarto tomar um banho, após terminar meu banho, pego uma camisa social preta visto e coloco uma calça jeans também preta, coloco o relógio no pulso, passo perfume, me olho no espelho e me agrado do que vejo. Saio do quarto, desço as escada indo em direção a porta, passo por ela indo em direção a minha moto, subo na mesma e sigo para o baile funk.
Chego no baile e vou direto para a galeria, faço toque com o Maicon e o Roger que já estão lá em cima quando chego.— Iai, irmão, manda a boa.
— digo— A boa é que estou aqui.
— diz se gabando— Isso lá é coisa boa
— digo de modo brincalhão e sorrimos.— A boa é que as drogas chegaram a tempo, é as armas tá chegando amanhã, tudo nos conformes, chefia.
— o Roger avisa, mandando a boa da noite.— Boa, irmão. Agora sim a noite pode começar.
— digo com tom de voz animado.Vou em direção ao bar que tem na galeria, pego meu velho e bom whisky e preparo aquela dose, fico só aproveitando o som e bebericando minha bebida, hoje eu só quero me divertir e esquece que aquela morena existe, penso mentalmente.
Isadora
(narrando)Chegamos no baile e o motorista nos deixa próximo a entrada e depois desce a procurar de uma vaga para estacionar, nós duas entramos e já chegamos chamando atenção de alguns olhares, a Mariana está linda, com um macaquinho preto de mangas curtas com uns detalhes na cor verde e dourado, com um decote que da destaque em seus peitos e um colar grande que vai até o meio de seu decote, fino e delicado dando um charme a mais na sua roupa, com uma make simples,
Entramos e já vamos em direção a galeria já que o Maicon não desgruda mais da Mariana e nem ela dele, — talvez eu esteja com um pouco de inveja branca — confesso mentalmente. Com ordem do Maicon conseguimos passe livre na entrada da galeria. Quando subimos meu olhos acham o Rodolfo que está com um copo na mão curtindo o som do baile, comprimento a todos que ali estão, até ele que retribui com um sorriso.
Depois disso fico dançando e vendo o movimento lá de baixo, quando escuto passos se aproximando, olho para escada e tem uma menina subindo, logo me lembro dela é a menina da foto com o Rodolfo do porta-retrato que tem em cima do seu criado mudo, seu cabelo é escuro e grande, branca dos olhos pretos, sobrancelhas bem feitas, uma make linda, vestida com um croped preto e um short branco, com duas argolas enormes nas orelhas, ela é realmente muito bonita. Fico perplexa lhe observando, ele disse que não era sua namorada, — então quem ela deve ser? Porque ele teria uma foto dela no seu quarto se não fosse alguém importante para ele? — fico fazendo várias perguntas que não tem respostas na minha cabeça, afasto meus pensamentos quando escuto-a falar.— Que saudades do caralho.
— ela diz correndo e abraça o Rodolfo, que está com uma feição de surpresa ao vê-la.Eu reviro os olhos voluntariamente para aquela cena e resolvo descer para o meio da multidão, aviso a Mariana que estou descendo lá para baixo, ela diz que vai ficar por causa do Maicon, — já era soldada — comenta minha mente, me fazendo sorrir.
Desço e tento esquecer o que acabei de ver no camarote, vou no bar e peço uma dose de vodka, pra ver se me ajuda a esquecer, quando o barman me entrega bebo tudo de uma só vez e vou para o meio da multidão rebolar a raba.Eu já estava muito bêbada, tomei toda as bebidas possíveis, ver o Rodolfo com aquele sorriso no rosto por causa daquela menina me deu muita raiva, não sei o porque disso, o que está acontecendo comigo? Porque que comigo ele sempre foi bruto, nunca demostrou se quer um afeto, sempre é me tratando como uma vagabunda, eu sou livre ele não vai me prender, não vai me colecionar em sua coleção de vagabundas. Decidir esquecer ele com álcool — o que foi uma péssima ideia — lembra minha mente.
Estou lá no meio da multidão dançando a um bom tempo, até que me sinto tonta e resolvo ir para fora receber um ar frio, vou saindo do baile em direção a saída quando sou puxada por alguém para dentro de um beco que tem próximo a saída, abro meus olhos já meio tonta e com a visão embaçada.— Me soltaa!
— peço.— Xiuu, fica caladinha ai gostosa.
— a pessoa fala colocando o dedo indicador entre meus lábios.— Quem é você?
— pergunto assustada— Sou alguém que está louco por você.
— ele fala me fazendo sentir um arrepio de medo percorrer todo meu corpo.— Por favor moço, me solta, me deixar ir.
— imploro com a voz trêmula.Ele me pressionou na parede, segurando meus braços pra cima e começa a beijar todo meu pescoço, isso estava me causando nojo, penso em maneiras de me livrar do seu contato mas não tenho nenhuma reação. Começo a chorar suplicando pra que ele me deixasse ir.
— Não precisa chora, eu não vou lhe machucar.
— ele diz em um tentativa de me acalmar.— Se você não me deixar sair eu vou gritar.
— ameaço.— Grita sua vagabunda, que te dou um tiro, tá pensando que estou brincando.
— ele me mostra o revólver que está em sua cintura.Nessa hora minhas pernas começam a tremer, sem saber o que fazer fecho meus olhos pedindo misericórdia, ele segura meu braço com uma mão e com a outra começa a passar pelo meu corpo, e eu só consigo sentir nojo daquele homem que não escutou meu não, minhas lágrimas caem molhando assim todo meu rosto, mas ele não desiste, quando suas mãos chegam em minhas pernas alguém grita.
— SOLTA ELA SEU FILHO DA PUTA!
— me fazendo agradecer mentalmente.••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
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Fire Of Life
RomanceIsadora é uma menina da classe alta, mas que não foi totalmente atingida pelo o meio onde vive. Seus pais acham que devem apenas se relacionar com pessoas do mesmo nível social, mas para Isadora isso são só bobagens de uma sociedade preconceituosa...