Isadora
(narrando)
Na segunda-feira de manhã, volto com a velha rotina de sempre, acordando cedo, fazendo alguns trabalhos da faculdade para não acumular e adiantando outros deveres para ter mais tempo livre, e a noite indo a faculdade, dessa forma a semana passou rápido, chegando o fim de semana. A Marina me mandou uma mensagem avisando que o Maicon tinha nos chamado para um churrasco no sábado na casa do Rodolfo, por um momento eu hesitei em ir, mas decidir que não tenho nada melhor para fazer, só preciso arruma uma boa desculpa para poder sair de casa, já que meus pais me tratam como criança.
Vou a procura da minha mãe, e a encontro na cozinha.
— Mãe?
— falo
— Oi
— ela responde
— Eu posso dormir lá na casa da Mariana hoje, temos umas atividades acumuladas para fazer, e juntas seria melhor de terminar.
— minto, parece que agora é a coisa que mais faço, em partes me sinto mal, mas se eu falasse a verdade, meus pais não deixariam.
— Não vejo problema, agora esteja amanhã em casa para o almoço.
— ela diz me surpreendendo, esperava mais relutância.
— Pode deixar, obrigada.
— saio dali quase correndo para que ela não mude de ideia.
Chego na casa da Mariana bem rápido, olho a hora no celular e vejo que já são 15:40h, lembro da Mari me dizendo que o churrasco ia começar de 16:00h e que queria chegar cedo, espero que ela não me mate pelo pequeno atraso que vou causar.
A Mariana já está arrumada, então só faço subir para seu quarto e troco de roupa, coloco um short jeans curto, e um body na cor preta, minha bolsa já está arrumada com as coisas que talvez precise se for tomar um banho de piscina.
Depois de alguns intermináveis minutos dentro do carro, finalmente chegamos ao morro, o Maicon estava nos esperando na sua moto, próximo a entrada da favela para nos guiar até a casa do Rodolfo, já que da última vez que viemos aqui eu estava desmaiada e a Mari não prestou atenção na estrada.
Quando chegamos a casa está lotada de pessoas, — essa é a sua última chance de ir embora — alerta minha mente, a ignoro e desço do carro, acompanhando o Maicon que sai puxando a Mari para dentro da casa, quando entro olho ao redor e meus olhos acham o Rodolfo de longe como uma imã, ele está com a piranha da Alice sentada em seu colo e outras meninas estão espalhadas ao seu redor. Viro o rosto antes que seja pega no flagra observando essa cena desagradável, e vou andando em direção aonde o Maicon está levando a Mariana, que param justamente ao lado do Rodolfo — inferno, tudo aqui parece gira em torno dele — minha mente ataca mais uma vez com seus comentários sinceros e verdadeiros.
O Maicon faz toque com o mesmo, e a Mariana com sua boa educação cumprimenta ele que responde gentilmente, eu nem me dou o trabalho de exercer minha educação, quero evitar o Rodolfo ao máximo hoje.
A Alice quando nota minha presença muda totalmente, sua feição é de deboche porque depois do que aconteceu é ela quem está sentada no colo dele, o que para ela aparenta ser um troféu já que todos acham que a briga foi por conta dele, o que teimo em dizer que não foi, ignoro todo o teatrinho, hoje tô afim de me divertir.
Pergunto ao Maicon onde fica o banheiro e onde encontro bebidas, ele me informa e eu saio dali seguindo suas informações, chego ao local informado e vejo uma única porta de madeira fechada e suponho que seja o banheiro, bato na porta mais ninguém diz nada, então entro, acendo a luz e vejo que acertei o local, tiro minha roupa e coloco o biquíni, me olho no espelho e vejo que caiu muito bem em mim, faz um bom tempo que não vou a uma piscina ou pego um bronze, quando saio do banheiro noto que tem muitos olhares em mim, sejam eles de homens que parecem que nunca viram uma mulher de biquíni em meio a tantas que estão ali semi nua, ou das mulheres que me olhão fulminantes da cabeça aos pés, ignoro e vou andando em direção ao balcão onde estão as bebidas, pego duas skol beats vemelha, abro uma e levo a outra para a Mari que não desgruda mais do Maicon — perdeu a soldada — comenta minha mente.
Saio dali e vou em direção a área da piscina, que agora quando entro pareço chamar mais atenção que antes, a maior parte das pessoas viram os pescoços para me verem entrar, não estou exagerando, chego a fica desconfiada — tem algo de errado com meu biquíni? Será que vesti ao avesso? Ou será que eu menstruei e não vi? — pergunto mentalmente me examinando saio dos meus pensamentos quando escuto uns fiu fiu, fazendo meu rosto corar na hora.
— A senhora arrasa.
— escuto alguém dizer quando estou passando.
— Eu?
— paro e pergunto olhando para os lados para ver se realmente aquilo foi comigo.
— Sim senhora, é com você mesmo.
— ele diz e estende a mão.
— Me chamo Felipe, mas pode me chamar de Lipe.
— acrescenta.
— Prazer Lipe. E eu me chamo Isadora, mas pode me chamar de Isa.
— digo, segurando sua mão em um aperto.
— Isa babado e confusão, tem queixos caídos por você.
— ele comenta e sorrir
— Não exagera, não são para mim.
— respondo de modo brincalhão
— Modesta, gostei! Precisamos nos encontrar mais vezes.
— ele diz de modo doce, com um sorriso tímido no rosto.
— Com certeza. Me passa seu número, que a gente marca algo.
— digo animada.
— Só se for agora.
— ele responde com a mesma animação em seu tom de voz.
O Lipe me passa seu número depois nos despedimos com a promessa de nos encontramos novamente outra vez, e eu volto para onde estava.
Quando chego sou recebida pela a minha amiga que me olha e abre a boca.
— Isso que é mulher Brasil.
— ela grita sendo nada discreta.
— Não exagera, Mariana, você não vai colocar o seu?
— pergunto, fugindo do elogio, nunca sei como reagir a eles.
— Vai não, quero zé ruela olhando pra tu não loirinha, tu tá ligada né.
— o Maicon é mais rápido que ela na resposta.
— Iiiih, já colocou coleira.
— provoco de modo brincalhão.
— Que coleira o que? É a real, morena. Se eu ver eu meto bala.
— diz retribuindo meu modo brincalhão.
— Acho melhor você não colocar o biquíni amiga, tô muito nova pra morrer hoje.
– digo e nós três sorrimos.
Dou uma olhada disfarçada no Rodolfo e noto que sua feição não está nada agradável, a Alice está me fulminando pelos olhos, sua feição de deboche de alguns minutos atrás foi substituída por uma feição de raiva, não entendo o motivo disso.
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Fire Of Life
Любовные романыIsadora é uma menina da classe alta, mas que não foi totalmente atingida pelo o meio onde vive. Seus pais acham que devem apenas se relacionar com pessoas do mesmo nível social, mas para Isadora isso são só bobagens de uma sociedade preconceituosa...
