• Capítulo 20

38 1 0
                                    

Isadora
(narrando)

Chego, estaciono o carro na garagem, e entro em casa, vou para a cozinha, pego meu celular olho a hora pela primeira vez hoje e vejo que já são 13:00h em ponto, encontro apenas minha mãe na cozinha com uma feição furiosa.

— Onde você estava que não veio para almoçar, Isadora?
— ela pergunta com tom de voz áspero.

— Desculpa mãe, eu fui dormir tarde terminando os trabalhos ontem e acabei perdendo a hora de acordar.
— digo me esforçando para não deixa minha voz falhar ao contar essa mentira.

— Hum... tá certo, estou indo para o trabalho e tem almoço pronto, que a Maria fez.
— ela diz me surpreendendo, esperava um castigo.

— Juízo, Isadora.
— completa minha mãe, fazendo meu coração acelerar com suas palavras, — será que ela desconfia de algo? — pergunto mentalmente.

— Tá bom, pode deixar, mãe.
— digo com tom de voz suave apesar do coração está pulsando forte.

— Tchau, filha.
– diz se virando para sair da cozinha.

— Tchau, mãe.
– retribuiu 

Após minha mãe sair de casa, eu almoço o comer divino que a Maria preparou. Termino e vou para o quarto, o papai também estava no trabalho e a Agnes na escola fazendo com que a casa fique em uma paz.
Me deito na cama pego o celular e vejo que já são 14:00h, resolvo ligar para a Mariana e ver se ela já acordou, depois de algumas chamadas ela finalmente me atende.

📱
— Marii ?
— Oii Isa, iai sua mãe acreditou na desculpa?
— Acordou a bela adormecida, acreditou sim. Você já chegou em casa?
— Não, estou aqui na casa do Rodolfo ainda, acordei com café da manhã na cama. Ai amiga, acho que estou me apaixonando.
— Ai que lindo, miga não se apaixona, é cilada (RISOS).
— Tá difícil, falando em se apaixonar, onde você dormiu ontem?
— No quarto do Rodolfo. (falo baixinho torcendo que ela não escute)
— Aii meu Deus, conta tudo, quero detalhes. (seu grito histérico do outro lado da linha me confirma que ela escutou bem o que eu disse)
— Não, não aconteceu nada do que você está pensando. (me apresso em dizer)
— Como assim não? ... bem eu preciso desligar agora, o Maicon tá chegando para me levar embora.
— Tá certo, vem pra cá eu tô sozinha com a Maria, quando você chegar a gente coloca o papo em dia, pelo visto estamos precisando.
— Tá bom, já já chego, quero saber das novidades. Tchau sua vaca.
— Tchau piranha, beijos.
📱

Desligo a chamada e fico esperando a Mariana chegar, enquanto isso dou uma olhada nas minhas redes sociais já que faz dias que não entro nelas, vejo uma solicitação de amizade do Lipe, eu aceito e resolvo falar com ele no whatsapp. Mando uma mensagem, só para ele salvar meu número. Ouço quando a Maria avisa a Mariana que estou no quarto logo ela entra no meu quarto e pula em minha cama suspirando.

— Você está realmente apaixonada.
— comento.

— É... acho que estou.
— ela assume e sorrimos.

A Mari e eu passamos a tarde toda colocando os papos em dia, e foram muitas coisas pra atualizar, ela me contou do Maicon e pelo que notei a minha amiga está super apaixonada, espero que dê tudo certo e eu falei a ela sobre o Rodolfo deixando claro que não aconteceu nada além de alguns beijos. Ela me aconselhou a ir com calma, e ter certeza se eu quero realmente me entregar a ele, eu disse que meus pais me matariam se soubessem disso. Assim foi até chega a noite, hoje era sábado e sem dúvidas teria baile funk mas como eu sair ontem com a desculpa que ia dormir lá na Mariana, hoje eu não sabia que historia inventar para sair de casa.
Queria muito ir, então começamos a colocar a cabeça para funcionar, duas cabeças pensando em o que fazer.

— Que tal você fugir de casa?
— ela diz claramente animada com a ideia.

— Como eu faria isso sem que ninguém me veja?
— perguntei pensando na possibilidade.

— Você espera todos dormir e sai pela janela do seu quarto.
— ela explica como se fosse algo bem fácil de se fazer.

— Acho que você anda assistindo muitos filmes de ação, nunca que vou conseguir pular essa janela.
— digo sorrindo em imaginar a cena.

— Então sai pela porta mesmo, só esperar eles dormirem.
— ela sugere.

— Ótimo, é menos arriscado de quebrar um perna.
— debocho e sorrimos.

Rodolfo
(narrando)

Estava muito aéreo, a morena mexeu comigo de uma forma que nenhuma outra mulher fez, fiquei o dia todo pensando no que ela me perguntou — O que você quer de mim, Rodolfo? — lembra minha mente, eu não sei o que quero dela, ou melhor eu sei, quero apenas comê-la e dizer que ela é minha por ai como faço com as outras, quero que ela seja só mais uma que eu tenho na hora que quero e mais ninguém encosta, mas não posso ser egoísta a ponto de fazer isso, não com ela. Depois de muitas horas pensando, resolvo descer para a boca, tenho que resolver muitas coisas antes do baile, pego minha moto e saio dali em direção a boca.
Chego na boca após alguns minutos, entro na salinha e faço toque com os muleques, sento na poltrona e espero o Roger aparecer.

— Iai, o que tem para fazer hoje?
— pergunto assim que ele chega, fazendo toque com o mesmo.

— Tem que cobrar esse povo aqui, as drogas estão acabando e as armas tem que pedir um novo carregamento.
— ele diz me entregando uma lista de nomes.

— Pronto, manda os moleques fazer o pedido das drogas para HOJE, que tem baile, tlgd né. As armas faz o pedido lá no Joquinha, aquele vejo esquema, sempre de olho aberto e deixa que hoje eu vou lá receber essa grana.
— explico tudo para o Roger que balança a cabeça em sinal de que está entendendo.

— Tá certo, chefia.
— ele diz

— Quero ver essa favela na atividade, se não já sabe.
— digo com tom de voz ameaçador.

— Sim, senhor. Vou agora mandar os moleques lá na droga e eu vou falar com o Joquinha, flw.
— diz fazendo o toque.

— Flw, irmão.
— digo

Pego a folha com os nome de quem me deve, subo na moto e vou em direção a primeira casa.
Quando chego, todo mundo já sabe o motivo de eu está aquí, quem teme começa a entrar para dentro de casa, e quem não teme acena quando passo e eu retribuiu, bato na casa de quem me deve e começa a surgir dinheiro na minha mão.
Depois de ter recebido tudo certinho, volto para a boca, chegando lá vejo o Maicon sentado em uma das cadeiras.

— Fala, irmão.
— digo e faço toque com ele.

— Qual foi, nem me chamou hoje para descer, o que houve?
— ele pergunta.

— Nada, só quis deixar você mais tempo com a galega.
— digo sendo sincero.

— Esse é meu moleque.
— ele diz de modo brincalhão, e eu sorrio em resposta.

Ficamos ali só na atividade, colocando essa comunidade para funcionar.

Fire Of LifeOnde histórias criam vida. Descubra agora