• Capítulo 17

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Rodolfo
(narrando)

Fico surpreso quando ela balança a cabeça e confirma que é virgem, —puta que pariu, não tem condições disso ser verdade — comenta minha mente, não sei como reagir, não posso fazer isso com ela, mas sei que já não consigo resistir, eu preciso ser o primeiro a ter essa morena por completo, ela tem que ser minha, meu lado egoísta entra em ação e eu tento afastá-lo, e minha mente se torna uma enorme confusão, enquanto ela me observa com atenção.

— Você acha mesmo que vou cair nessa. Você é patética.
— dou gargalhadas e vejo seu rosto ficar horrorizado com as palavras que ouviu sair da minha boca.

— Cair nessa? Você acha que mentiria sobre isso só pra ter você?
— ela pergunta.

— Acho que sim, não sei.
— estou realmente confuso, não consigo acreditar que ninguém nunca chegou tão longe com ela.

— Meu Deus, você é um babaca.
— ela diz claramente irritada.

— Um babaca ao qual você não resiste.
— digo mordendo o lábio inferior em uma tentativa de deixá-la mais irritada.

— O que você de verdade quer de mim?
— pergunta, ignorando o que falei antes.

— Nada.
— minto.

— Preciso achar a Mari.
— ela anuncia, levantando e saindo na direção da porta.

— Não vai embora.
— deixando meu egoísmo tomar conta de mim digo baixinho. Ela cessa os passos e se vira.

— Para quer, para você me dizer o quanto sou patética por ter ficado aqui com você depois de ter dito claramente que não acredita no que digo e não quer nada comigo?
— pergunta com tom de voz áspero, escondendo o que de verdade está sentindo.

— Não, é que... não consigo acreditar que você nunca transou com ninguém. Isso não pode ser verdade, Isadora.
— digo e vou caminhando em sua direção.

— Porque isso não pode ser verdade, só porque eu já sou velha demais para ser virgem?
— rebate

— Não, porque você é gostosa demais, para eu acreditar que ninguém nunca tentou.
— digo abrindo o jogo.

— Eu não falei que ninguém nunca tentou, Rodolfo.
— ela diz com um tom de voz mais suave, dando pra perceber que está deixando a armadura de lado.

— Então porque você nunca quis?
— meu sangue ferve só de ouvi-la dizer que alguém tentou, mas me acalmo em lembra que ninguém conseguiu.

— Sei lá, talvez por esperar demais o cara perfeito.
— ela diz sorrindo da suas próprias palavras.

— Ele não existe.
— digo chegando cada vez mais perto dela que continua parada de costas para a porta.

— É, eu sei.
— diz derrotada, soltando um suspiro.

— Acho que a galega deve estar dormindo com o Maicon, se você quiser pode dormir aqui... comigo, o Roger deve está ocupando o outro quarto então só resta aqui ou o sofá.
— comento em uma tentativa de trocar de assunto.

— Acho que vou acordar a Mariana, precisamos ir.
— ela diz e sair do quarto, me deixando ali sozinho pensando em tudo o que aconteceu alguns minutos atrás.

— É... poderia me dizer qual é o quarto que eles estão?
— ela abre a porta e pergunta dando para perceber a vergonha em seu tom de voz.

— A segunda porta do corredor é onde ele costuma dormir.
— explico para ela que sorrir em retribuição e sai me deixando novamente sozinho.

Isadora
(narrando)

Saio do quarto do Rodolfo e solto um suspiro que nem sabia que estava segurando, vou em direção ao quarto que ele me informou bato na porta mas ninguém aparece, tento abrir a porta mas está fechada, bato novamente com mais força e chamo mas ninguém sai, frustada com a tentativa de acordar a Mariana começo a pensar nas opções que tenho: dormir no sofá ou dividir a cama com o Rodolfo, mentalmente me pergunto o que devo fazer? e resolvo que dividir o quarto com Rodolfo só por uma noite não pode ser tão ruim assim, —ou pode né— comenta minha mente, ignoro-a e vou caminhando até a porta do seu quarto, que agora quando viro a maçaneta a porta não abre, está fechada, bato na porta e espero por uns minutos mas ninguém aparece então resolvo ir para o sofá, quando me viro escuto a porta sendo aberta.

— O que houve?
— a voz do Rodolfo soa atrás de mim.

— Huum... é, acho que a Mariana não quer ir embora.
— digo com um tom de voz tímido e me viro para olhar seu rosto.

— Tudo bem, você pode ficar aqui.
— seu tom de voz é tão suave que me pergunto se é mesmo o Rodolfo que conheço que está falando.

— Obrigada!
— digo passando por ele e entrando no quarto, que só sorrir em retribuição.

Rodolfo vai até a cama, se deita em um lado dela deixando o outro lado livre para mim, puxa um cobertor e se cobre, sem dizer absolutamente nada, o silêncio que se forma entre nós é desagradável.

— É... eu preciso tomar um banho, você se importaria se eu tomasse no seu banheiro?
— pergunto baixinho torcendo que ele tenha escutado.

— Não, pode usar.
— sua resposta é curta e direta.

Caminho até a suíte do seu quarto, entro e fecho a porta para não correr risco do Rodolfo entrar e eu perder a pouca razão que me resta hoje, vou até o box, tiro meu biquíni e vejo que acabei pegando um bronze, ligo o chuveiro e tomo um banho quente relaxante.
Após terminar meu banho, me enrolo em uma toalha branca que está pendurada e percebo que esqueci de trazer minha bolsa com as coisas que vou precisar, penso por algum minutos no que devo fazer e resolvo sair do banheiro enrolada na toalha é o único jeito que tem.
Quando saio do banheiro o Rodolfo está sentado na cama sem camisa mostrando todo seus músculos, escorado na cabeceira com os braços dobrados em cima da cabeça, noto que quando ele me ver arregala os olhos, passeando-os pelo meu corpo inteiro, engulo em seco e coro na mesma hora.

— É... desculpa, eu.. esqueci que deixei a bolsa com as minhas roupas lá em baixo, vou lá buscar.
— digo caminhando em direção a porta do quarto, sem esperar sua resposta.

— Não!
— ele grita e sinto como se estivesse pulado da cama.

Lhe olho sem reação, e ele caminha em minha direção, chega bem próximo da porta que é onde eu estou.

— Deixa que eu vou lá, buscar para você.
— ele completa, agora com um tom de voz mais suave.

— Não precisa se preocupar, pode deixar que eu vou.
— digo insistindo para que ele não precise ir busca.

— Não, quer dizer... você está de toalha, não pega bem sair assim do meu quarto.
— diz, e me pergunto mentalmente se ele está com vergonha de que alguém me veja saindo do seu quarto.

— Ah, você está com vergonha de mim, é isso?
— digo alterada.

— Não, Isadora. É que... não quero que ninguém lhe veja assim, só de toalha.
— ele diz e percebo um pouco de ciúmes em sua voz, —ou será que são coisas da minha cabeça?! me pergunto mentalmente.

— Aah, entendi.
— digo e resolvo não perguntar se ele está com ciúmes, talvez eu não queira saber a resposta.

— Tudo bem, você pode ir lá buscar.
— completo, saindo de perto da porta para que ele possa passar.

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