• Capítulo 22

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Rodolfo
(narrando)

— Puta merda, é você mesmo, não acredito estou vendo miragem?
— digo surpreso

— Sou eu sim, em carne e osso, bunda e pescoço.
— ela diz sorrindo, a Mayara sempre foi muito animada, e isso contagiava a todos ao seu redor, inclusive eu.

— Tava com saudades de você, pirralha.
— confesso.

— Também BB, mas agora voltei pra ficar, vou colocar o terro nesse morro.
— comenta de modo brincalhão.

— Eii, baixa a bola, que isso aí eu já faço.
— digo batendo com a mão no peito.

— Iiih, sei não ein.
— ela provoca.

— Qual é Maya, me respeita ein.
— digo fazendo cara de ofendido.

— Tô brincando, seu otário.
— diz e sorrimos.

O Maicon e o Roger vem logo em seguida fala com ela, estava morrendo de saudades dessa maluca, ela cresceu junto comigo e o Maicon aqui no morro, é a minha melhor amiga, que sempre esteve comigo, lado a lado ai do otário que mexa nela, ela é como uma irmã para mim, mas infelizmente teve que se afastar do morro por um tempo por causa do seu pai, que não queria que sua filha crescesse em uma favela. Depois de tanto tempo ela está de volta espero que dessa vez seja para ficar, a Mayara não podia chegar em hora melhor.
A Mayara e eu ficamos conversando e aproveitando o baile, quando o Maicon cola ao meu lado.

— Rodolfo, a morena sumiu.
— ele diz fazendo meu coração errar uma batida.

— Como assim sumiu?
— pergunto levemente alterado.

— Sumiu, não atende o celular e não está entre a multidão, já mandei os moleques passar um pente fino nesse baile e não conseguiram achar ela.
— ele explica.

— Qual é MC, tais dizendo que uma patricinha sumiu no meu morro, porra. Geral na atividade.
— digo totalmente alterado e ao mesmo tempo preocupado com a morena.

Mando geral atrás da morena, me viro indo em direção a saída para fazer o mesmo quando a Mayara me puxa pelo braço.

— Pera, quem é a "morena", você não me falou dela.
— ela diz incapaz de esconder a curiosidade em sua voz.

— Longa história, Maya, conto quando a gente achar aquela patricinha.
— digo com um tom de voz mais suave do que segundos atrás.

— Certo, então me deixa ajudar, como ela é? E o nome né, não dá pra sair chamando de morena.
— comenta.

— Parece com você, cabelo preto médio e branca de olhos verdes acinzentado. O nome dela é Isadora.
— explico.

— Certo, vou indo.
— ela diz passando em minha frente.

— Eii, se cuida, qualquer coisa me avisa, que chego metendo bala.
— digo

— Tá bom, senhor terro.
— ela diz sorrindo.

Saímos dali a procura da morena. — onde ela se enfiou dessa vez? — pergunto mentalmente enquanto ajeito a minha arma na cintura.
Vou andando por todos os lado e nada de acha-la então resolvo ir lá fora pra dá uma olhada, quando chego perto da saída, escuto meio que um barulho de choro, resolvo dá uma olhada naquele beco que tem ao lado, quando chego lá me deparo com uma cena que não queria ter visto, meu sangue sobe e eu puxo minha arma da cintura aponto para a cabeça do infeliz.

— SOLTA ELA SEU FILHO DA PUTA!
— grito super alterado.

Ele se vira e seu olhos arregalam quando me ver, solta a morena que desliza na parede até chegar ao chão como se seu mundo tivesse desabado, é horrível ver ela naquele estado, minha vontade é de matar aquele cuzão ali mesmo, mas eu não posso fazer isso na frente dela, depois de tudo.

— Ela queria.
— ele diz em sua defesa.

— QUERIA É?!
— não aguento ouvi-lo dizer isso, vou para cima dele e lhe acerto um soco de direta, bem no meio do seu rosto.

— A MINA TÁ CHORANDO, SEU ESTUPRADOR DE MERDA, ESTUPRADOR AQUI NÃO TEM VEZ.
— digo com sangue nos olhos depositando um chute em seu abdômen.

Passo o raidinho para o Maicon que logo chega com geral, quando eles chegam mando os moleques subirem com o cuzão que eu já já brotava lá na boca, corri, segurei a morena e encostei sua cabeça em meu peito, ela levanta a cabeça olha bem nos meus olhos e naquele momento eu vi que eu tava completamente amarrado naquela morena, minha vontade era matar aquele idiota que fez ela sofrer.

— Você está bem?
— é só o que consigo dizer.

Ela não responde, apenas me olha com seus olhos sereno.

— Morena, fala comigo... Ele te machucou?
— insisto.

Lágrimas escorrem pelo seu rosto, causando uma sensação parecida com um pedaço do meu coração sendo arrancado, nunca tinha sentido isso antes.

— Ei ei, tudo bem, você está segura agora.
— digo secando as lágrimas dela com os dedos.

Pego a morena em meus braços e levanto, levando-a para a galeria, chegando lá coloco-a sentada no sofá e vou buscar um pouco de água para ver se ela se acalma, lhe entrego o copo e ela leva a boca tomando toda a água. Fico ali só a observando sem pronunciar se quer uma palavra, tão linda, mas agora tão machucada por causa daquele idiota, a vontade era pegar ela em meus braços e levá-la comigo para a minha casa e não deixá-la mais sair, com certeza eu estou com cara de viadinho apaixonado quando a Mayara e a Mariana chegam correndo, a galega vai logo abraçando-a e ela começa a chorar novamente e eu me afasto saindo para resolver as coisas com aquele estuprador de merda.

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⏰ Última atualização: Feb 13, 2022 ⏰

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