Quatro

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Era errado eu ter esperado mais dela?

Ela nada disse depois do que aconteceu na cozinha e o que ia acontecer na sala se não fossemos interrompidos.

Aquela falta de comunicação me incomodava e eu sabia que já não podia dizer mais nada. Estávamos conversados e eu já havia dito os meus sentimentos para ela.
Apenas ela que precisava me dar mais do que havia dito. Eu me sentia como se ainda houvesse hormonios da gravidez e eu era o motivo dela ficar louca para transar.
Era meio que se sentir usado...

Não consegui dormir logo na hora. Fiquei rolando na cama pensando nisso tudo e em outras coisas.
Talvez Dyllan havia me feito trocar o dia pela noite também. Na maioria das vezes era eu quem acordava para ele.

Bufei e pulei da cama indo para a varanda.
Eu provavelmente a veria de manhã desfilando com aqueles saltos e vestidos colados e nada estaria resolvido.
Talvez eu tivesse que mostrar queria uma resposta? Mesmo que tiver que colocá-la contra a parede?

O problema que eu havia dito que esperava e espero, mas preciso da resposta dela.

Acabei por nem mesmo dormir tão bem assim.
Acordei e corri para o tribunal querendo que aquilo acabasse para que eu volte mais cedo possível para o escritório o que não foi bem assim, pois acabou na hora do almoço e ela não estaria na empresa. Com certeza iria para a casa de minha mãe ver Dyllan.

— estou começando a achar que quem precisa de psicólogo sou eu.— falei sozinho naquela sala enorme cheio por trabalho para fazer.

Dei uma desculpa qualquer que me tirasse daquela cadeira para subir ao primeiro piso e encontrá-la.
Como de previsto, Hope estava saindo da sala de Éric com um vestido preto de mangas até os cotovelos e uma abertura nas costas.

— hey!— ela falou sorrindo para mim.

— boa tarde. — engoli em seco tentando não a encarar muito tempo.— como está Dyllan?

Ela bufou e sua expressão mudou para preocupação.

— o dentinho não o deixou dormir a noite toda, então nem eu mesma dormi.— falou.— tive que o colocar comigo na cama para não ficar levantando muitas vezes mas ele só dormiu quando apliquei o supositório que a medica mandou.

Eu sentia tanta falta deles naquela casa!

— o que acha de darmos um passeio?

— hoje?

— não sei, o que acha de hoje?

— acho que a primeira coisa que vou conseguir fazer é dormir.

Assenti soltando um risinho nasalado.
Quando ficamos em silencio, apontei para a porta de Éric algumas vezes e acabei por entrar sem bater.
Ele me encarou surpreso e depois confuso.

— desculpa.— suspirei.

— Hope te deixa tão nervoso assim?

Ele falou com a cara no computador enquanto sorria. 

— deixa!— disse.— o pior é que deixa! E ela fica com essa pose de quem não é afetada. — falei.— talvez não esteja.

— para de ser paranoico, Hope deve estar mais perdida de que você.

— você acha?

— não, eu vi. Ela estava meio atrapalhada hoje.— riu.

— porquê não conversa com ela?

— já fiz isso! Vai parecer que sou desesperado!

— vai parecer que você quer uma coisa e corre atrás.

Suspirei e assenti ainda da sala dele após mais um pedido de desculpa.

Hope não estava mais no corredor. Então desci sem mais nenhum ataque cardíaco mas quase tive um quando dei de cara com Malia.
Franzi o cenho e suspirei.

— esta fazendo o quê aqui?

— aqui não é um escritório de advocacia?— olhou a redor.— e eu achei que tivesse mais advogados aqui, não só você.

— para com isso, Malia!

Ela sorriu e passou a língua por entre os lábios vermelhos.

— vim procurar um advogado para me aconselhar com uma coisa que vou fazer. Não é você, não se preocupe.

Malia saiu desfilando e rolei os olhos indo para minha sala e querendo sair o mais cedo possível daquela empresa.

Hope || Segundo LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora