Dezasseis

229 20 0
                                    

Abri a porta os deixando passar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Abri a porta os deixando passar. Hope andou direto para o quarto de Dyllan rindo e falando com ele.

— seu porquinho!— falou rindo.

Dyllan mexeu sorrindo, nem parecia incomodado com a fralda suja.
Hope o despiu e tirou a fralda fazendo careta.
Limpei a criança inquieta deitada em minha frente e Hope foi ligar o aquecedor de água para preparar o banho dele.

— ele está soltando puns!— falei de dentro do quarto e ouvi sua gargalhada da cozinha.

Fiquei brincando com ele até que ela preparasse a banheira.
Atirei a fralda e o algodão sujo ao lixo e fui até ao banheiro com eles.

— meu ursinho adora água, não é meu amor?

Dyllan mexeu os braços molhando a mãe e pareceu gostar pois repetiu o gesto.

—Mamãe não quer se molhar. Eu não vou tomar banho com você hoje, meu amor.

Hope brincou com ele durante o banho e quando o tirou da água, o banheiro estava encharcado e ela também.
Ela o levou para o quarto e se sentou na caminha enquanto o secava.
Entreguei o talco para ela e fiz careta para Dyllan.

— agora ele está cheiroso! Meu bebezão. — beijou seu corpo fazendo a gargalhada de Dyllan preencher o quarto.

Quando ele estava pronto, levei Dyllan para a cozinha enquanto preparava o almoço e Hope limpava o banheiro molhado o deixando na cadeirinha.

— vou tomar banho, Kyle.

— ok!— gritei de volta vendo Dyllan mordendo o mordedor em forma de laranja.

— não queime minha casa!

Soltei uma risada ouvindo a água cair.
Fiquei conversando com Dyllan e apanhando e lavando o mordedor umas mil vezes porque ele o deixava cair.
Hope apareceu com uma camisa minha e franzi o cenho.

— eu sei que é sua!— ela me interrompeu e tirou a colher de pau de minha mão experimentando a comida.— hummm — gemeu e ergui a sobrancelha cruzando os braços a encarando.— não é que está bom mesmo.

Hope pegou o mordedor do chão novamente, voltando a lavá-lo e entregando á Dyllan quando ele começou fazendo beicinho.

Diminuí o fogo e me virei encontrando Hope inclinada de costas para mim brincando com Dyllan.

— humm, Hope.— chamei.

— eu!

Ela sorriu me olhando perto dela e passei a mão pela sua cintura a puxando para mim.

— isso foi proposital.

— talvez….— falou sorrindo como uma menininha apanhada a roubar doces.

Me aproximei dela sorrindo e colei nossos lábios sentindo seus braços passarem pelo meu pescoço.

— dorme aqui?— perguntou baixinho e assenti.

Após o almoço nós deitamos no chão da sala. Hope sobre meu peito e Dyllan sobre o seu já adormecendo enquanto ela o amamentava.
Eu tentava me concentrar no filme, mas aquela imagem me prendia, sem contar com a ansiedade que aquele moleque finalmente dormisse.

Hope me despertou dos pensamentos, quando se levantou com Dyllan indo até seu quarto fazendo a camisa balançar praticamente em minha cara. Soltei uma rizada e passei a mão na barba molhando os lábios.
Ela voltou sorrindo e se sentou em meu colo me beijando com vontade.
Nos virei fazendo com que ela deitasse contra o tapete felpudo e me deixasse entre suas pernas.
Apertei suas coxas e a cintura ouvindo seu suspiro em minha boca.
Ela de repente me apertou contra seu corpo praticamente me sufocando.

— desculpa, eu precisava te abraçar. — falou baixinho.— senti muito sua falta.

— eu também.— encarei sua boca.

— estou te apertando muito?— perguntou querendo rir em minha cara.

— não tenho problema com lugares apertados.— ela me deu um tapa rindo e me virou.— quer apertar outra coisa?

— quero.— falou sorrindo e sua língua voltou a buscar a minha.

Nós ficamos juntos transando pela casa tentando não acordar Dyllan no quarto. Quando nos jogamos na cama eram quase seis da tarde.
Hope me olhou suada e sem reação. Ambos estávamos nos recuperando das ultimas horas; E moles.
Ela rolou para cima de mim e enrolou suas pernas nas minhas como uma gata manhosa.
Olhei para ela e levei minha mão ao seu cabelo o tirando do rosto.

— obrigada, estava com preguiça.

Soltei um riso e ela me acompanhou.

— eu preciso pedir desculpas.— ela chamou minha atenção e voltei a fitar o seu rosto.— eu te devo isso e uma explicação por ter te deixado ir naquele dia.

Assenti e encarei o teto quando ela também desviou o olhar.

— eu não fui atras de você e nem te disse nada, não porque eu não sentia. Nem eu mesma sei dizer o que era, mas eu não me via nos braços de outro homem que não seja William, mesmo me apaixonando por você. É difícil deixar uma história para trás por obrigação, sabe. Era assim que eu me sentia.

— eu realmente quis esquecer tudo o que sentia.— falei.

— e eu fiquei mesmo mal por aquilo. Falei com Liv, sua mãe, Helen e todas me aconselharam a praticamente a mesma coisa; viver minha vida e deixar Will.— ela suspirou.— foi difícil. É difícil. — corrigiu.— mas eu te vi ir embora por minha culpa e logo depois pensei que você e Malia voltaram e depois aquela marca em seu pescoço…

—  ah! Aquilo… — fiz careta.

— aquilo.— ela falou e suspirou.

— nós não transamos.

Assentiu com a cabeça.
Hope se sentou embrulhando no lençol e me encarou.

— eu quis correr quando vi aquilo, sabe. Doeu muito e com você me ignorando eu senti que havia mesmo te perdido. Eu não menti quando disse que iria lutar por um nós, Kyle. Eu realmente quero e estou trabalhando nisso.

— é, porquê você está apaixonada.— falei debochado e ela levantou o olhar me batendo quando ri.

— eu estou apaixonada sim, e você também!

— quem te garante?

— bem, tento em conta a você não querer sair do meu pé, transar comigo nessa casa inteira como dois coelhos e que você realmente..

— Hope!— interrompi rindo da cara dela. Me levantei puxando seu rosto perto do meu sorrindo.— eu estou completamente apaixonado por você. Eu entendo você ou eu tento. Eu sou paciente, e você é uma boa aluna a fazer o trabalho de casa.

Ela riu voltando a me bater.

Hope || Segundo LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora