Segundo livro da série: Hope. ( Completo)
É necessário ler o primeiro.
Com o nascimento de Dyllan, Hope tenta reerguer sua vida ao normal, tentando deixar os sentimentos do passado para trás, porém enfrenta problemas no processo.
Com sentimentos a f...
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A sua felicidade muitas vezes é o melhor troco para o ódio. Ou ele o aumenta, ou ele o destrói.
Malia correu daquele lugar ao ver meu sorriso de felicidade. Eu estava livre e não a culpava por tudo. Ela havia agido errado mas aquilo era algo que eu provoquei e foi como se tinha que acontecer.
Eu estava feliz com meu filho e meus amigos. Eram a minha família. O que mais eu poderia pedir?
É claro que ainda tinha que arranjar aquele dinheiro todo em dois meses e isso me assustava, mas eu havia chegado até ali, iria conseguir.
Esperança era algo que eu nunca esqueceria.
Até porque era o meu nome.
Eu era uma lutadora, uma guerreira.
Estava cercada de gente que me amavam e que retribuía esse sentimento na mesma intensidade enquanto riamos e conversávamos num almoço em família.
Não importava se fazíamos barulho, o que importava era a felicidade.
Varias vezes eu havia feito essa pergunta: qual seria o preço da felicidade?
Talvez eu conseguiria a resposta quando me senti livre sem nada me prendendo. Enquanto aquela divida existir eu estou correndo atrás.
O cansaço que tomava meu corpo era algo satisfatório.
Quando caí na cama com Kyle do lado e Dyllan no meio o sorriso não saiu de meu rosto e só aumentou ainda mais quando ele distribuiu beijos em meu corpo.
— você foi incrível.— ele falou— me surpreendeu!
— hummm,— gemi mordendo o lábio.— fui bem, mas você foi gostoso.
Kyle riu se afastando.
— é sério? Só isso que notou?
— não, meu amor, você é um ótimo advogado. Porém agora eu só consigo pensar que meu namorado me dá tesão.
— hum, namorado?
— namorado.— mordi seu lábio inferior.— só meu.
Me joguei sobre Kyle mexendo meu quadril sobre o seu. Enfiei meu rosto entre seu pescoço me enlouquecendo com seu perfume e soltando um gemido.
Kyle desceu suas mão da minha cintura para minha bunda e a apertou.
Dyllan resmungou alguma coisa do nosso lado me despertando de nossa presença.
— vamos para o outro quarto?.— falei o encarando. Estavamos na casa dele.
— vamos.— se sentou comigo no colo.
…
Não consegui dormir mesmo cansada. Não tinha nenhuma noção de quantas horas eram, mas sabia que era bem tarde da madrugada.
Minha mente simplesmente não parava de funcionar para me deixar descansar.
Fiquei na varanda do quarto pensando já que era a única coisa que fazia. O ar fresco da madrugada passeava pelo meu corpo coberto apenas pela camisa de Kyle. Eu adorava usá-las e ficar com seu cheiro em mim.
— hey.
Olhei para trás encontrando Kyle com uma carinha amassada de sono e cabelo bagunçado.
— não consegue dormir?
— não.— ele deitou a cabeça em meu ombro me abraçando pela cintura e abracei seu pescoço.— estava aqui pensando.
— em quê?— perguntou lentamente, sonolento.
— na vida, no futuro, em Dyllan, em você, em mim, na multa.— enumerei.— no meu aniversário.
— aniversário?
— dezasseis de abril. Hey vinte e um!— brinquei e ele me encarou.
— isso quer dizer que esqueceu disso ano passado?
— havia outras coisas em mente.
— bem, hoje já é dezasseis.— falou.
— é.
— então parabéns.— sorriu me beijando.— muitos parabéns meu amor.
Meu coração acelerou.
— que foi?
— você disse…
— ah! Eu disse.
— e é isso mesmo?
— está me perguntando se eu amo você? — perguntou.
— estou.— respondi com o coração na mão.
Kyle pensou por um tempo e depois sorriu me beijando.
— amo.
— Kyle…
— eu não vou pedir para você falar, Hope eu apenas amo e você devia saber que eu te amo.— falou como um adolescente apaixonado. Sorri beijando a pontinha de seu nariz.— me fala mais o que estava pensando. Sobre a multa.
— Olívia disse para que eu pedisse o dinheiro para meus pais.
— eu posso…
— não.— interrompi.— você não pode.
— Hope..
— Kyle, não! Eu não sei se vou pedir mesmo, mas ela me fez pensar que talvez eu devesse voltar mesmo.
— para ficar??— ele se afastou.
— não. Washington não é meu lugar. Talvez nunca foi.
Kyle suspirou e colou seu corpo no meu novamente.
Passei os braços por suas costas abraçando a pele nua.
— eu preciso ir mesmo, como se encerrasse uma parte da minha história, sabe?
— quando?
— logo. Muito logo.— o olhei. — confesso que estou com medo. E queria saber se iria comigo?
— iria.
— eu não sei o que iriei encontrar ali, Kyle. Eu não sei qual seria a reação de meus pais ao me verem, ao verem Dyllan..
— ao me verem.— completou.
— e eu não contei uma coisa para você.
— o quê?
— quando estava presa, Graig teve na prisão.— vi a sombra em sua face sabendo que ele franzia o cenho.— eu ex futuro noivo.
— aquele que eles te obrigaram a casar?
— ele.
— o que ele veio fazer aqui e como soube?
— eles podem tudo, Kyle. Você não tem noção como dinheiro move o mundo deles.— suspirei.— ele me disse que me tirava dali se eu fosse com ele deixando Dyllan e todos vocês para trás. Nós nos casaríamos, viveríamos nas revistas como o casal mais feliz do mundo, como se nada houvesse acontecido.
— e você disse não?— foi uma pergunta retórica, mas mesmo assim assenti com a cabeça.— eu vou com vocês, não se preocupe.
…
Da ultima conversa até nossa viagem se passaram cinco dias.
Kyle, como prometido viajou comigo e com Dyllan me deixando mais calma e segura.
O medo estava ali novamente junto com a ansiedade.
Quando pousamos em Washington minhas lembranças voltaram, boas e ruins.
A cada passo que nos aproximava da grande mansão Warn, eu me sentia menos estável no salto.
Confesso que escolhi minha roupa pensando também em minha mãe.
— Quem é?— a voz de Dante o chefe de seguranças soou atrás de Alicia que me olhava petrificada na porta com Kyle segurando Dyllan.