Sete.

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Minha quinta feira foi agitada. Eu não via hora de sexta chegar para eu me enfurnar em casa com meu ursinho, doces e series.
Talvez eu devesse voltar a correr com Milles novamente. E isso me lembrava que Dyllan tinha consulta para ir.

Saí ao meio dia em meia com Liv, para almoçar com dona Grace que prometeu trazer meu ursinho com ela. Eu estava morrendo de saudades!

— e essa felicidade  é porque dormiu com ele?— me referi á Milles vendo seu sorriso enorme.

— bem, sim!— ela aumentou ainda mais o sorriso, mas logo fechou.— tem uma coisa…

— que coisa?

— eu vou te contar porque é minha amiga e.. Pronto,— susporou e me olhou.— Milles disse que ontem, quando teve em casa de Kyle, antes de ir para meu apartamento, ele encontrou Malia com ele.

— o quê?

— e ele disse que eles estavam tipo, sei la! Kyle não quis contar. Eu disse para Milles que iria falar para você. Nós meio que tivemos uma discussão por nisso, mas está tudo bem.

O ar saiu pesado pela minha boca e eu continuei a encarando incrédula.

— eles estavam juntos!?

— eu não sei! Milles disse que só a viu saindo com a blusa meio aberta e os sapatos na mão.

— não acredito! — passei as mãos nos cabelos as pousando sobre a mesa.— eu não posso. Não posso ficar assim, eu fui burra o suficiente para o deixar ir.

— isso é outra coisa que não entendi.— Liv apontou.— Grace.

Dona Grace se sentou conosco segurando Dyllan e sua expressão mudou quando viu minha cara. Eu queria chorar!

— que foi?

— eu preciso ir ao banheiro, já volto!

Falei e sumi pelo restaurante.

Aquela mesma coisa subiu por minha garganta, mas dessa vez havia culpa. Eu me culpava por ter sido burra.
O que me impedia?! Porque eu não conseguia dizer para ele o que sinto?!

As lagrimas começaram a cair e dali não quiseram mais parar.

— respira, Hope. Você provocou.— senti os cantos de meus lábios descerem ao ouvir o que eu mesma havia dito.

A porta do banheiro abriu e Helen apareceu como um anjo em minha frente. Ela franziu o cenho me encarando.

— Hope?— sua voz soou como se perguntava o que estava acontecendo.

— e..eu o deixei ir. Ele foi em minha casa e falou como sentia praticamente usado e um idiota. Ele me esperou por mais tempo e eu acabei com sua paciência. Kyle saiu de lá e eu não fiz nada. Ele desceu as escadas e entrou no carro dando partida e eu não fui atrás. Não o vejo desde então e agora parece que ele e Malia voltaram!

Falei de uma vez.

— porque não conseguiu falar? Ou ir?

— n-não sei!

— sabe sim! Porquê não conseguiu ir?— insistiu me colocando contra a parede.

— William! — falei mais alto.— eu ainda me sinto presa, ou sei la eu não sei como me sinto. Eu só não posso acreditar que vou me abrir para o amor se não for com ele!

— William está morto, Hope!— ela me olhou nos olhos. — William nunca mais vai voltar e você tem que viver a sua vida e o deixar ir. Você deve!

— como faço isso?

— isso é você que descobre. Apenas vive sua vida pensando com a cabeça e agindo com o coração. Se joga, chore se for necessário, façá-o entender ou então se faça entender. Você está o magoando. E se magoando também. Pare de viver no passado, de pensar no que ele faria, como o sorriso dele era lindo. Foque!

Limpei as lagrimas e sorri fraca.

— isso foi a psicóloga ou a amiga?

— com certeza a segunda opção.— sorriu.

— quer almoçar comigo? Assim conhece Dyllan.

— claro. Vamos conhecer o ursinho.

• Se pudessem aconselhar, o que diriam á Hope?

Hope || Segundo LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora