Quinze

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Fiquei em casa inquieta. Minha mente alternava em pensar sobre o julgamento, Dyllan e a visita de Graig que eu havia negado.
Minha resposta para sua proposta era obvia; não.
Eu nunca deixaria Dyllan, nem meus amigos que se tornaram minha verdadeira família, nem mesmo Kyle. Não mais.

Eu não queria deixar minha mente pensar no que poderia acontecer com os dois sobre o mesmo teto. Eu confiava em Kyle, mas não em Malia.

Tomei um segundo banho por ter sentido falta daquilo. Tentei dormir um pouco, pois sentia minha mente cansada assim como meu corpo.

Kiara havia ficado sozinha na cela. Eu não sabia quando ela sairia de lá. Na verdade nem ela. Foi bom nossa conversa e conhecer outra pessoa que passa por algo parecido.

A campainha tocou me despertando e quando abri a porta fui abraçada por duas malucas.

— que saudade!!!!— Olívia falou.

— como você está? Aquele lugar deve ser horrível!

— é.— sorri.— mas eu sou forte.

— é isso aí, minha magricela.

Milles me tirou do chão apertando seu corpo contra o meu. Sua barba me fez ir. Ele plantou beijinhos em meu rosto e só me soltou quando Grace o empurrou fazendo uma careta fingida.

Sorri para ela e abri os braços recebendo um abraço tão empolgado quanto.

— finalmente minha filha. Que saudade que estava de vocês dois.

Helen sorriu de leve ficando um pouco longe. Ela era um pouco quieta, ou talvez era por ser nova no grupo. Andei até ela e recebi um abraço de tirar, literalmente, o fôlego.

— acabei de notar que preciso de você ou como paciente ou como amiga.— ela riu falando no meu ouvido.

— eu também estava morrendo de saudade de vocês, gente. Obrigada por estarem aqui.— segurei a mão de Helen e Pamêla.

Milles me roubou para si falando que graças a saudade que ele sentiu de mim, iria para a cozinha fazer o jantar para nós.

Eu realmente havia sentido falta deles e das nossas noites entre conversa e risada. Eram naqueles momentos que eu me sentia realmente feliz. Mesmo com outras duas pessoas preciosas em falta, eu estava feliz.
Consegui fugir um pouco da minha realidade. Kyle fez uma vídeo chamada com Dyllan arrancando risadas de todos, mas se fazendo presente através da tecnologia.

Pam, Oli, Grace e Lena ficaram quando todos foram. Nós fizemos uma festa do pijama, coisa que eu nunca havia feito.

Do outro dia elas voltaram para o trabalho e eu passei no escritório com medo até de ser despedida. Meu lugar estava guardado. Aproveitei e fiquei trabalhando.

Os próximos dias foram piores. A saudade de Dyllan era muita e só de saber que Malia não me deixava vê-lo eu queria arrancar a pele dela com as unhas.
Kyle falou que o dentinho voltou a incomodá-lo já que dava as caras o fazendo voltar a ficar com o corpinho febril.
Sexta feira chegou arrastando. As seis da manhã eu estava de pé. Arrumei todas as coisas de Dyllan mil vezes e depois me arrumei para ir ao tribunal que seria o local marcado para devolverem Dyllan a mãe; Eu!

— eu estou sozinha. Liv está trabalhando.— falei escutando a voz de Kyle do outro lado.— já estou chegando.

Quando entrei na sala a primeira pessoa que notei foi Malia com Dyllan no colo. Minha cara fechou e apertei os dentes desejando que pelo menos ela fosse para o inferno com o sorriso idiota em seu rosto.

— vamos dar inicio, senhores.— nós sentamos e Malia entregou Dyllan para uma das mulheres na sala.— o resultado do teste dirá a real maternidade de Dyllan Warn Kayne, cujo nascimento foi no dia 26 de Outubro no Hospital Saint Annie McClay. Deixo claro que a criança será entregue á mãe e caso seja comprovado a falsificação de identidade por parte de Hope Crystal Warn, ela será julgada pelo crime.

Uma mulher entregou o envelope ao juiz e procurei a mão de Kyle por baixo da mesa. Ao apertá-lo ele me encarou sorrindo de leve apertando de volta.

O homem passou os olhos pelo papel de uma ponta a outra lendo o que estava escrito.
A sala ficou em silêncio esperando pela resposta final e eu não me aguentava.
Ele colocou o papel sobre a mesa e nos encarou.

— como resultado da analise confirma a maternidade de Dyllan Warn Kayne á Hope Crystal Warn.

O sorriso de Malia não caiu. Ela esperava por isso, pois era a verdade.
Naquele momento eu notei que ela apenas queria me ver sofrer. Era apenas pura maldade.

A mulher andou até mim, de passos tão lentos que chegaram a me incomodar, e isso aumentou quando Malia se "despediu" de meu filho, levantando do seu lugar em maior fingimento.

— acabou.— Kyle falou em meu ouvido quando meu filho me foi entregado.

— ainda tem o julgamento.— falei me virando para ele.— como advogado, o que acha que posso ser condenada?

Ele tirou os olhos de mim focando em outro lugar como se processava minha pergunta. Kyle voltou a focar em meus olhos e engoliu em seco.

— para falsa identidade, mas não do documento em si, você pode ser detida por seis meses á dois anos ou pode pagar fiança.— ele falou e arregalei os olhos apertando Dyllan contra mim.

— dois anos?!

— calma, Hope, você não vai ser presa.

— como tem tanta certeza?!

— eu não vou deixar.— ele falou.— há pessoas aqui fora que precisam de você.

— isso inclui você?

— definitivamente.


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