Nathan on...
A sexta feira estava corrida como todos os outros dias. Minha rotina agora tinha passado a ser trabalho-faculdade-trabalho, mas eu sabia que tudo iria valer a pena no final.
Eu tinha transferido minhas aulas para o turno da tarde, então eu acordava, ia para o restaurante, depois para a faculdade e então me enfiava em um escritório e tentava entender como administrar moda. Não era tão entediante como eu havia pensado mas ainda não era uma das melhores profissões, e muito a menos a que eu escolheria.
Eu havia acabado de sair da faculdade e ao entrar no carro meu celular começou a vibrar.
_ Oi pai!_ atendi a ligação.
_ Já saiu da faculdade Nathan?_ a voz do meu pai ecoou formalmente.
_ Sim. Eu já estou indo para casa terminar os formulários que tenho que preencher.
_ Filho... Você não acha que está se sobrecarregando demais? Você não descansa mais, não sai mais...
_ Eu tô legal pai.
_ De qualquer jeito eu e sua mãe decidimos que não dá mais pra ser assim_ esperei que ele continuasse_ você não precisa cuidar das coisas agora todos os dias. Eu dou conta sozinho e você pode me ajudar de vez em quando, mas não é justo isso.
_ Mas pai, foi eu quem decidi isso, vocês nunca me pediram nada.
_ Basta Nathan! Agora preciso desligar e está liberado por hoje_ respondeu rudemente.
Suspirei longamente e murmurei um "tudo bem" para ele. Encerramos a chamada e eu atirei meu telefone sobre a poltrona ao lado.
Eu não estava afim de ir embora, então liguei o carro e fui para um lugar onde eu me sentiria melhor. Ao estacionar em frente a casa da Isa, toquei a campainha e Lucas me atendeu.
_ Olá!_ ele me saudou com um sorriso caloroso e um abraço_ Como vai amigão?
_ Vou bem...
_ Bem cansado né. Olha só para essas olheiras suas_ ele riu baixo e eu sorri torto.
_ A Liz tá aí?
_ Tá sim, lá encima. Pode ir lá que eu vou terminar de preparar a janta.
Franzi a testa enquanto adentrava pela porta.
_ Janta?
_ Eu tô mais pra pai empregado agora_ rimos_ Dois não são um.
Ri um pouco mais e subi as escadas. Liz tinha quase se mudado para a casa do Lucas e da Isa, agora também dos gêmeos, para ajudá-la a cuidar deles já que Lucas tem que arcar com os compromissos do hospital, da família e ainda trocar fraudas.
Segui o corredor e vi uma Isa totalmente apagada em sua cama. Andei ao quarto ao lado que estava com a porta aberta e vi Liz andar pelo quarto com Mel no colo enquanto a mesma chorava.
_ Ei pequena! Não chora pra titia unicórnio não porque senão eu choro junto, ouviu?_ Mel olhava para Liz com os olhinhos verdes cheios de água_ A mamãe foi dormir um pouquinho igual seu irmãozinho e você devia fazer o mesmo.
Liz a balançou no colo levemente enquanto murmurava uma música baixinho. Fiquei ouvindo e apreciando a cena em que Mel transformava seu rostinho de lágrimas em uma expressão tranquila e sonolenta. A cada segundo ela ia fechando os olhinhos um pouco mais e logo logo já dormia profundamente no colo da minha linda noiva que nesse momento havia me deixado ainda mais apaixonado.
Cheguei mais perto delas e só então Liz me viu.
_ Oi_ sussurrei e beijei sua testa.
_ Oi. Fica quieto senão vai acorda-los_ ordenou em um sussurro e eu assenti.
Ela foi até o berço de Melinda e colocou-a ali. Puxou a manta até acima do seu pescocinho e fez um último carinho nela.
Olhou para mim e fez sinal com a cabeça para fora do quarto.
_ O que está fazendo aqui?_ perguntou-me enquanto encostava a porta do quarto.
_ Meu pai me liberou por hoje_ revirei os olhos.
_ Que bom! Ele fez muito bem.
_ Se acha isso.
_ E por que você não acha?_ ela ficou de frente para mim com uma das sombrancelhas erguidas
_ Porque eu sei que ele irá se sobrecarregar sozinho agora. Vai passar a noite no escritório e amanhã ainda vai dizer a minha mãe que ele está bem, o que eu sei que não é verdade_ houve um momento de silêncio.
Andamos até a sala principal lado a lado e eu me sentei no sofá e ela ao meu lado.
_ Alguém sempre vai sair sobrecarregado. Mas isso passa. Quando minha mãe morreu meu pai teve que administrar duas empresas mas ele conseguiu mantê-las até minha tia passar para uma. Mas isso se ajeita com o tempo e todos ficam bem, só precisa ter paciência!
_ Você tem razão. Só não gosto de ver meu pai assim_ puxei ela para o meu colo que deitou sua cabeça em minhas pernas enquanto eu acariciava seus cabelos, ela fungava baixinho.
_ Não me deixa dormir_ falou rouca de sono.
_ Tudo bem. Pode descansar.
Lucas entrou na sala e disse que estava subindo e que se quiséssemos jantar, era só ir para a cozinha. Então ele subiu e quando olhei para Liz, ela já estava cochilando.
Não quis acorda-la e sei que talvez ela me bateria se eu fizesse isso, mas mesmo assim a peguei no colo e subi com ela até seu quarto temporário aqui.
Ela se aconchegou na cama sem acordar e me aproximei do seu rosto. Beijei sua bochecha e apaguei a luz do quarto.
Desci e liguei meu carro indo diretamente para casa. Quando cheguei, tomei um banho, preparei minhas coisas pro outro dia e peguei no sono logo depois.
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Desculpem pelo capítulo curto... Sei que também não foi dos melhores. Eu estou como o Nathan, acabada de estudar e cada mês fica mais complicado. Mas estou tentando separar um tempo por semana para escrever.
Galera quem ainda não viu postei hoje um livro novo aqui no watts.
Quem ainda não viu e tem interesse de ler, pesquisem lá e boa leitura...❤
Até logo meus amores!
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O menino dos olhos azuis!
Ficção AdolescenteEliza Samudio é uma menina totalmente fechada para o amor depois do término com o último namorado, que só a usou para um plano de vingança da família, ela parte em mudança para Londres decidindo deixar toda sua família na Califórnia. Morando em um...