*Capítulo 8*

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Só quero que você saiba que te agradeço

Eu nem sempre mostro isso, mas eu juro que é verdade
Disse que eu amo as coisas bonitas que eu sei que você faz
Só quero que você saiba que eu aprecio você
Eu reconheço sua força
Você é estilo confiante e graça
Oh, querida sem você perto
Eu estaria uma bagunça agora, está claro
Tão claro, tão claro.
[…]
(Sem Revisão)

  Já faz mais de um mês que Rafaela está imersa em um poço de auto flagelação, queria poder dizer a ela que sei exatamente como ela se sente, mas simplesmente não posso. 

  Eu não sei o que é gerar um bebê, não sei como ela se sente sobre a gravidez que deu errado, mas eu vejo a culpa nela e não sei o porque de se sentir culpada. 

  Ela não é a primeira nem a última mulher que vai passar por isso, muitas passaram pelo mesmo, é algo que pode ocorrer a qualquer uma, eu sabia que isso ia mexer com ela, mas não pensei que seria tanto assim. 

  Sempre soube que ela era frágil, mas não pensei que fosse a esse ponto, ela se entrega a dor sem pensar em mais nada, sei que só está resistindo por Beatrice, por achar que nossa filha precisa dela, senão já teria se entregado de vez.

  Não a toco desde aquele dia, não que eu seja um louco, compulsivo por sexo, mas sinto falta de abraçar minha esposa, de poder me aconchegar a ela durante a noite, de poder demonstrar meu amor atravéz de gestos simples, como acariciar seus cabelos e segurar suas mãos. 

  Saio do transe vendo que Beatrice acabou dormindo em meu colo, minha pequena já não é mais tão pequena assim, a coloco em seu berço que logo será substituído por uma cama, mais um mês e minha pequena fará 2 anos.

  Aproveito que a pequena está adormecida e vou até o nosso quarto, quero minha esposa de volta, e quero pra hoje!

     — Rafaela - chamei antes mesmo de chegar ao cômodo, fiquei paralisado assim que tive a visão de dentro do quarto, elas estava saindo do banho em um roupão rosa claro.

  Meu corpo traidor dispensou minha razão, trazendo todo o tesão guardado a tona, queria apenas ter minha mulher em meus braços.

  Não pensei em mais nada, dei um passo para ficar mais próximo a ela, no mesmo instante ela deu um passo pra trás, o que me fez parar.

    — Amor? - o que estava acontecendo,ela estava com receio de mim – Rafaela o que foi?

     — Eu... Eu... Não - ela gaguejou sem me olhar nos olhos, e o que veio depois foi como um tiro em meu peito – eu quero me divorciar de você.

  Fico olhando pra ela, a minha cabeça deu um nó, eu não posso ter ouvido direito, antes que o meu raciocínio voltasse junto com minha fala ela se trancou no banheiro.

  Fiquei olhando a porta branca por alguns segundos, isso só podia ser um pesadelo, daqueles que a gente não consegue acordar, fecho os olhos os apertando e abrindo logo em seguida, a porta continua a minha frente.

    — Rafaela - começo a esmurrar a porta, sei que não é o melhor a se fazer, mas em minha defesa eu não sei mais de merda alguma – Rafaela abre essa porta, vamos conversar.

Meu Refúgio (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora