Nem sempre temos oque queremos, mas eu ainda acho que ela merecia morrer. Geralmente tenho pavio curto e tenho medo de mim mesma quando me tiram do sério, e dessa vez provei que precisa ter, eu não sou alguém ruim, eu geralmente sou gentil, alegre, pelo menos educada, mas não me estresse.Estou em casa olhando pro teto toda ensanguentada, deitada no chão pensando em por que eu não me importo de machucar os outros? Não ter dó de ninguém, e o principal como eu consigo fazer essas coisas, eu que nem sou tão forte? Mesmo não tendo resposta resolvo deixar para lá afinal foi insignificante e realmente não me arrependo do que fiz. Vou para o meu quarto e entro no banheiro, começo a tomar banho para ver se o sangue sai do meu corpo até que escuto a campainha tocar, deço as escadas correndo e abro a porta. Era a Giovanna e o Gabriel.
- O que você estava pensando em fazer isso? Você é louca? - Ela não parecia estar contente e aquilo que ela me disse me machucou.
- Você sabe que eu sempre estou do seu lado, mais dessa vez você passou dos limites. - Ele disse me desafiando, mas notei medo em sua voz também.
- Se vocês vieram só pra falar isso já podem ir embora. - Não dei abertura para me responderem e simplesmente fechei a porta na cara dele.
Fiquei em choque pela forma como me trataram, nunca falaram assim comigo, mas não em palavras e sim no tom, o tom de suas vozes tinha medo e raiva ao mesmo tempo.
Dia seguinte...
Acordo faço minhas necessidades e fui me trocar, optei por algo simples calça cargo bege e uma camiseta preta básica, não estou no pique para me arrumar com mil e uma coisas, sem contar que estou sentindo que algo ruim vai acontecer.
Peguei a chave de casa e da minha moto e fui para a escola, todo mundo tá olhando para mim e cochichando, não entendi o porque, mas estou com um pressentimento de que daqui a pouco vou saber, cheguei no meu armário e quando olha para a porta me deparo com uma foto comigo toda ensanguentada, mas quem olhasse poderia pensar que era só alguma brincadeira besta o que me deixou tranquila, mas ao lado tinha a foto do menino que matei ontem a noite e escrito em vermelho bem grande "Assassina", vejo um grupo se aproximando.
- Quem foi que fez isso?
- Nós! As pessoas tem que saber o você de verdade. - Era voz de uma menina, ela tinha se aproximado junto com o grupo e só de ouvir a voz reconheci na hora quem foi.
- Giovanna? Por que você fez isso? Você é louca?
- Eu que sou louca? Você que mata uma pessoa e eu que ainda sou louca?
- Eu? Assassina? Da onde você tirou isso, você está doida?
- Deixa de mentir, eu vi você matando ele e ainda quando fui a sua casa você não demonstrou um pingo de remorso e ainda bateu a porta na minha cara. Você será responsabilizada por isso, pode ter certeza sua Assassina. - A última parte ela gritou o que me deixou um pouco brava, mas tudo bem ela tem as razões dela que eu não entendo e mesmo assim se ela pensa que vai ficar por isso, está enganada.
- Você não tem o direito de falar assim comigo, você não tem provas que fui eu, ou tem? - Forcei meus olhos e ficarem marejados e disse em voz amargurada como se segurasse o choro. - Eu não fiz isso, eu não sou uma assassina! - E então comecei a chorar.
- Deixa de fingir, eu sei muito bem o que você fez e não vai escapar. - Ela saiu e foi em direção as quadras, eu corri em sentido para o banheiro chorando, mas só invés de entrar continue correndo dando a volta até achar ela.
Quando finalmente a alcancei puxei seu braço e a empurrei contra a parede a fazendo tomar um susto.
- Então quer dizer que resolveu ser boca aberta?
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Psicopata E O Dono Do Morro
Ficção AdolescenteJane é uma garota marrenta, ignorante, e não se importa com a opinião dos outros. Ela era do tipo que se importava muito com o que os outros achavam, até que resolveu parar de sofrer, ela é uma garota que chama muita atenção dos garotos, mas detest...