Capítulo 6

3.4K 141 8
                                    

Guilherme...

Finalmente vou conhecer essa tal garota misteriosa, não sei o que esperar, ele me disse que ela é diferente e isso é o que está fazendo ela vir para cá. Mas não vou me preocupar, tenho outras coisas para fazer como preparar o baile de sexta, quero aproveitar para um caralho e quem sabe ainda arruma alguém para aproveitar depois.

Comecei a arrumar algumas coisas junto com os moleques sobre carregamentos que estavam previstos para vir entre esse mês e o mês que vem, e também fui ver quem falta cobrar o pagamento das drogas, além de também pagar o salário dos pivetes, hoje vai ser corrido.

Já são 22 horas eu tô acabado, fumei um beck e voltei para casa.

Jane....

Hoje é quinta-feira e pelo que eu ouvi de rumores terá uma aluna nova, tomará que ela não seja da laia da Karoline, ficaria mais feliz se não for, pelo menos será uma a menos para me encher o saco. Mas como a vida não é um mar de rosas tenho que me levantar e me arrumar, dessa vez sem paciência para grandes produções coloquei uma cargo bege, camiseta preta da overcome, puma Suede no pé e uma corrente prata no pescoço.

Desço as escadas e meu pai estava tomando café da manhã assim que me viu abriu um sorriso bem grande e parece que está feliz.
- Bom dia minha filha! Está tão esbelta hoje.
- Parece que alguém acordou de bom humor! - Abri um sorriso ao ver que ele realmente está feliz.
- Pois é, ontem eu conheci uma pessoa muito interessante, ela...
- Então é uma mulher? - Bom fico mais tranquila em saber que ele não ficará sozinho quando eu me mudar.
- Sim, e uma das mais belas, inteligentes e graciosas moças que vi depois da sua mãe. - Bom dessa vez ele parece ter realmente superado a morte da minha mãe.
- Fico contente que esteja se abrindo novamente para essa parte da sua vida, sei que a perda da mamãe foi muito difícil para você.
- Foi mesmo, eu amo e amarei sua mãe como nenhuma outra, mas apesar disso acho que devo me permitir conhecer alguém de novo.
- Eu concordo com você.
- Aliás, não pense que não sei que anda se envolvendo em confusão ultimamente, chegou em meus ouvidos os recentes acontecimentos e você tinha prometido parar.
- Mas foi ele que começou, ele me assediou e eu apenas revidei, só que de forma mais agressiva.
- Só me prometa que vai tomar mais cuidado e parar com isso.
- Eu prometo pai. - Me levantei fui até ele e dei um beijo na sua bochecha e um abraço e fui para a escola.

Percebi os olhares em mim, não liguei e só ignorei, quando cheguei na porta da minha sala tinha algumas pessoas paradas na porta, logo pedi licença e abriram espaço para eu passar, havia uma menina que eu nunca tinha visto por aqui.
- Você deve ser a aluna nova?
- Sou sim.
- Sou, prazer Jane Clomeck. - Estendi a mão ela aperta minha mão e nos comprimentos.
- Jasmin Avilla. Prazer.
- Se eu fosse você eu andaria comigo e minhas amigas e não com essa daí. - Ela fez cara de nojo depois de se referir a mim como "essa daí".
- Pelo que vi ela é mimadinha, filinha de papai.
- Em cheio. Ela é a Karoline, a garota mais nojenta, piranha e puta da escola inteira.
- Eu escuto sabia?! Não caia na conversa dela não querida.
- Que bom, significa que ainda não é surda depois de tantos tapas que eu te dei nessa sua cabeça, apesar que eu estou achando você meio sequelada.- pisquei um olho para a garota na minha frente.
- E eu não me lembro de ter lhe dado intimidade, você lembra Jane? - Jasmin fez uma cara de sonsa enquanto olhava para mim.
- Eu nem lembro de ter chamado ela na conversa. Mas liga não ela é intrometida assim mesmo.
- Pelo visto você é da mesma laia que ela.
- Olha só você conhece ela por acaso? Até onde sei você puxou assunto com ela e se intrometeu onde nem foi chamada e você ainda tem o que falar? Meu Deus você perdeu de vez sua vontade de viver. A não ser que você queira acabar igual aquele garoto...
- Quem matou ele foi a Giovanna e não você, por que você acha que ela estava comigo naquele dia? Porque eu sabia que não faria nada comigo se eu estivesse com uma assassina.- Me aproximei o suficiente dela para cochichar no seu ouvido.
- E quem te falou que foi ela quem matou?
- Ela mesma.
- E por que você acha que ela faria alguma coisa? Ela estava falando a verdade, quem matou fui eu, mas eu coloquei ela presa no meu lugar porque eu queria provar a ela o que pessoas com poder podem fazer e ela vai aprender que não se deve mexer comigo de novo e tenho certeza que não irá. E se você tiver consciência fará o mesmo. - Me afasto dela e encaro bem fundo nos seus olhos.
- Isso ainda não acabou.
- Acho que sim. - Ela sai junto com suas amigas e foram sei lá para onde.
- Obrigada por me defender. Aquela hora.
-Não foi nada.

Psicopata E O Dono Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora