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⚠ ALERTA: o capítulo contém cenas de violência sexual, física e psicológica. ⚠
⚠ NÃO HÁ ROMANTIZAÇÃO DE NENHUMA VIOLÊNCIA! ⚠
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Aquela noite, talvez fosse só mais uma em que eu desejaria sumir da face da terra e não voltar nunca mais, o pretexto me parecia justificável. Meu pai organizou uma pequena social com seus amigos, recheada de bebidas e consequentemente, homens bêbados.
Retendo meu receio e desespero em três pesadelos:
Bebidas alcoólicas, amigos do meu último e mais violento temor, meu pai embriagado.
Ele era hediondo estando consciente e tornava-se uma escória alterado.
Aparentemente um homem normal, Sr. Chin trabalhava em um escritório de contabilidade e aos olhos de muitos, era visto como um homem gentil e forte, que criava o filho como pai solteiro depois que a esposa lhe abandonou com um recém-nascido nos braços. Mas eu, o conhecia verdadeiramente e sei que a imagem que ele tanto apresentava, era ilusória.
Nós nunca sabemos a real face de alguém, sem conhecê-la de fato.
Senhor Chin era o meu progenitor, porém para ele, eu não era nada além de um corpo que lhe fez perder dinheiro em sustância e um verdadeiro saco de pancadas. Meu pai nunca demonstrou afeto por mim, eu tentava me convencer de que ele somente não liberava suas emoções a mim, porém após um tempo, parei de me enganar.
Recordo-me superficialmente de quando virei alvo de seu descarrego destrutivo, mas lembro-me detalhadamente da primeira vez em que fui espancado.
Após a tortura, fiquei deveras ferido enquanto ele agia normalmente — o que não era considerado normal para um pai. Na época me deprimi, sobretudo agora, considero uma angustiante rotina.
Assim descobri suas emoções em relação a mim, o mais absolutamente nada. O mínimo que ele poderia sentir por mim, talvez fosse ódio.
Eu, visivelmente era o estereótipo de excluído. Não fazia relações de amizade, possuía adversidades em socializar e os outros não se aproximavam de mim.
Para um garoto de dezessete anos, eu era magro. Me alimentava o suficiente para sobreviver, pois o dinheiro que recebia para mantimentos era limitado, logo a remessa de comida era escassa. Talvez este fosse um dos porquês eu não era capaz de defender-me dos ataques do meu pai, ele parecia tão forte comparado a mim.
Aquela noite... na esperança de evitá-lo, me refugiei no meu quarto.
Fingi dormir, apenas fitando a fraca iluminação que provinha da janela.
Tentei confundir a minha ansiedade, repetindo o mantra de que nada aconteceria durante a noite, mas ela não era ludibriada facilmente.
Senti que a qualquer momento meu pai entraria pela porta.
E assim ele fez...
Escutei a maçaneta de metal chocar-se audivelmente contra a parede. Os passos pesados se aproximavam perigosamente de mim.
— Jimin? — disse ele, era possível identificar a embriaguez em seu tom carregado. — Caralho, te chamei três vezes e precisei subir até aqui só para te acordar, está surdo, é?
Sentei-me no colchão rapidamente, com o coração acelerado e mãos transpirando em nervosismo. A face cínica dele me assustava.
— Desculpa, eu estava dormindo — falei mantendo a voz baixa, igualmente a cabeça.
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Abuso | Jikook
RandomDesde pequeno, Jimin experimentou a solidão sob a sombra de um pai negligente, privado da ternura e do calor do carinho que achou que nunca poderia conhecer. A paz era um conceito distante quando sua única preocupação, era sobreviver em meio a um la...