[6] simultaneidade

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ALERTA: o capítulo contém cenas de violência sexual. 

LEMBRANDO QUE: NENHUMA VIOLÊNCIA É ROMANTIZADA! ⚠

Jimin

— Você chora de prazer? — A voz ofegante de Yifan, soou pelo meu ouvido em um sussurro. Seu corpo pesado e suado em cima do meu, me causava ânsia.

— Pare, dói muito! — Minha garganta não suportava gritar mais, ela se encontrava exausta de tanto que berrei nessa última semana. Eu estava acabado... — Não aguento, para...

— Estamos no finalmente, doce. Colabora um pouco.

Há uma semana, quando o efeito do líquido transparente cessou, acordei em um local integralmente desconhecido por mim e desde aquele fatídico dia, eu estava vivendo no precipício mais alto da dor, prestes a pular para me libertar.

Subestimei meu pai, pensei que ele não seria insensível a esse ponto extremo, de me enviar para a casa do meu mais cruel pesadelo. Entretanto, me equivoquei, visto que ele era capaz de agir com a mais dolorosa indiferença em relação a mim.

Todo sofrimento que me acometeu durante a semana com Yifan, me fez refletir se um dia isso acabaria, se um dia, eu poderia viver longe desse precipício maldito...

Poucos dias nesse inferno, foram o suficiente para me fazer aprender que não se recusa uma ordem de Yifan, a não ser que eu quisesse suas mãos pesadas golpeando meu corpo, o que definitivamente, eu não queria.

Olhei minha cintura consideravelmente marcada por hematomas, doía demais e as mãos de Yifan apertando ali, piorava. Eu não era capaz de imaginar como estavam outros lugares do meu corpo...

Mordi meus lábios até o momento em que ele terminou. A semana inteira fora assim, meu corpo já não suportava mais e tampouco minha mente. Consegui respirar normalmente quando notei ele se afastar, mas continuei deitado do mesmo modo.

— Cuidado quando levantar. Eu vou sair agora e a noite volto para te fazer companhia, bebê.

Fiquei inerte sobre a cama, sem ouvi-lo e vê-lo. Apenas suspirei quando o monstro saiu do quarto. Ergui um pouco a cabeça, analisando meu corpo inteiramente sujo de sangue, suor e... resquícios nojentos do Yifan. Eu quis vomitar, me sentindo imundo.

Com extrema dificuldade, consegui me levantar. Meus pés pisaram no chão e consequentemente minhas pernas tremeram, andei lentamente até a parede e usei-a de suporte, caminhando até o banheiro.

Cada passo era uma tortura. Abri a porta do quarto de banho, a fechando em seguida.

Parei em frente a pia e me apoiei na pedra de mármore dela, fitando meu reflexo no espelho, o estado devastado do meu corpo e rosto. Avaliei, horrorizado, os hematomas roxos e esverdeados que jaziam sobre a minha pele, assim como algumas escoriações, mas eu me enjoei realmente quando notei as marcas de dedos manchando a minha cintura.

Olhei para o meu rosto imaculado de violência, por Yifan nunca me ferir a face. Ele dizia que eu era belo demais e hematomas no meu lindo rosto não harmonizariam com a minha pureza.

Assisti às lágrimas escorrendo pelas minhas bochechas, minha exaustão e tristeza sendo expelidas por elas, logo sendo acompanhadas pelos soluços do meu choro baixinho. Eu não sabia mais o que fazer, já tentei fugir e todas às vezes, fui pego.

A única maneira de sair disso, parecia ser aguardar meu pai chegar de viagem. Ficar perto do Chin, era terrível, mas permanecer próximo ao Yifan, era infinitamente pior... eu sentia que não suportaria ficar nem mais um dia nesse lugar...

Abuso | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora