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3- (6) Days Without Sun

Dias sem Sol, dia 10

  Harry acordou cedo naquela manhã de domingo e se sentou na cama encarando a parede por muito tempo, até que Niall abriu a porta.

  – Bom dia, flor do dia!- disse e viu Harry meio catatonico ali- Harry?

  Harry só pensava na carta de Louis. Só pensava em pegar o carro e ir atras das outras carta tudo de uma vez, mas por algum motivo não conseguia de mexer.

  Depois que achasse todas, o que faria?

  – Harry? O que aconteceu?- Niall se sentou ao seu lado e o balançou- fala comigo

  – Ele planejou o tempo todo- disse achando que aquilo explicava tudo

  – Quem? Louis? - e Harry assentiu- como você sabe?

  Harry se virou e pegou a cartinha que tinha deixado embaixo do travesseiro e estendeu para Niall, que leu na hora.

  Niall encarou a carta por mais um tempo e torceu a boca. Seus olhos estavam um pouco marejados e ele simplesmente abraçou Harry.

  Harry não queria mais chorar, estava cansado daquela sensação ruim no estômago, da dor de cabeça, dos olhos vermelhos, mas se derreteu novamente nos braços de Niall.

  – Quando isso vai parar de doer, Niall? Quando?- disse entre soluços

  – Eu não sei, Hazz, queria poder tirar isso de você- Harry já ia tentando se acalmar, respirando fundo- ele escreveu isso no dia em que foram lá?

  – Sim. Ele entregou para a recepcionista quando saímos.- estava um pouco mais calmo se lembrando da conversa com a senhora no dia anterior. Aquilo tinha feito bem a ele.- Lou vivia dizendo que não podíamos. Quando nos beijamos pela primeira vez na viajem ele relutou, não queria me machucar.

Niall assentiu, ainda com os braços em volta dele.

  – E eu achei que ele estava com medo de se machucar e disse que estava disposto a correr o risco, mas ele me avisou Niall, ele me avisou que acabaríamos arrasados- falou Harry, em desespero

  – Mas não valeu a pena?

  – O que?- Harry não entendia como algo poderia valer a pena ali

  – Ama-lo. Ser amado por ele. Não valeu a pena enquanto durou?- Niall disse o olhando nos olhos

  Harry deu de ombros, mas considerou.

  – Ou você preferia nunca te-lo conhecido?

  Ele não respondeu de imediato porque ainda que sua resposta fosse "jamais!", ele decidiu pensar sobre isso.

  Se nunca tivesse atendido aquele telefone no CVV, talvez Louis estivesse morto há dois meses. Mas isso não doeria para ele, não teria o conhecido.

  Mas valia a pena? Ter continuado vivendo como vivia antes? Harry podia estar se sentindo em pedaços agora, com um buraco no peito, mas não podia mentir que antes não era muito diferente. Harry vivia como um fantasma há anos.

  A senhora do hotel estava certa, Harry estava mudado. Louis o fez sentir, como não fazia a anos, e sim, agora doía, doía como o inferno mas talvez, depois de ler todas as cartas de Louis, isso passasse.

  Nada nunca iria preencher o buraco que Louis deixara, mas Harry continuaria, em agradecimento a ele, por faze-lo sentir.

  – Sabe Niall, por que você não vem comigo para pegar a próxima carta?- disse depois de ponderar por muito tempo