XXIV

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dizem a mim

tenha calma. entre conforme a porta lhe permite passar

encha-se de mudanças até encaixar-se nos moldes,

para então 

ser suficiente para alguém.

lamento dizer a estes que sinto-me perfeitamente

confortável em estar do lado de fora de suas caixas

já que em nada me apetece fazê-lo.

digo,

estou muito bem sendo farta desse emaranhado

de confusões em que vivo

e realmente não preciso que alguém venha

me mandar fazer uma faxina neles.

miseráveis aqueles que podam

miseráveis aqueles que tentam contra quem ama

de forma diferente,

com cores e tons diferentes

miseráveis aqueles que atiram o livro

na caçamba unicamente pelo fato de não lhe agradar a capa.

miseráveis, estes que descrevo no papel,

escravos da sociedade amargurada e cinzenta

que não se permitem ver o colorido da vida

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