WillianPossesso!
Muita raiva, revolta... Se eu pego a pessoa culpada por aquele olhar que ela tinha... Eu, sinceramente, não sei o que faria...
Esses dois dias foram de total descontrole, não consegui falar com ela ainda, percebi que aconteceu alguma coisa séria, mas que ela ainda não está pronta para falar sobre isso.
Agora entendo algumas das reações que ela tinha quando algum outro homem demostrava interesse. Não que eles se demorassem observando ela, eu sempre estava por perto. Mas eu já percebi seu incomodo. Até em situações que normalmente as mulheres não se incomodam, pelo contrário, se divertem ou acham tão absurdo que não dão atenção. As mulheres que eu estou acostumado a sair, gostam de atenção, mesmo já estando acompanhadas. Mas elas não são parâmetro. Nina é única.
Nunca me passou pela cabeça ser algo relacionado a algum trauma, pensei que ela era mais reservada, mais tímida. Mas depois que vi aquele olhar doído, não tenho mais certeza de nada.
Quando a gente saiu do elevador ela estava claramente corada, mas tinha também uma certa preocupação, um receio, diria até um pouco de medo em seu olhar. Pensei que fosse alguma dúvida sobre nossa condição, sobre nosso relacionamento. É isso mesmo, já assumi que o que a gente tem é tudo, menos casual.
Depois das lágrimas que eu vi ela derramar... Matar, quero matar o responsável por lembranças que a machucam tanto. Não pude controlar minha raiva, tentei ao máximo me fechar dentro de mim, pra não acabar forçando-a a ter uma conversa que ela ainda não estava pronta. Queria sair dali direto a caça, de quem quer que fosse o responsável por sua dor.
Faz dois dias que eu vi ela, ainda não consegui controlar minha raiva, meu ódio. Mandei uma mensagem de bom dia ontem, mas não consegui nem ligar pra ela esses dias. Não estou cem por cento certo da minha atitude se ela resolver falar a respeito. A falta que eu estou sentindo dela, e a reação que eu tive e ainda estou tendo, me assusta. Nunca me vi assim, nunca senti nada nem perto disso. O que essa mulher fez comigo?
A única certeza que eu tenho é que preciso garantir que ela esteja bem.
— Willian? — Meus pensamentos são interrompidos pela voz de Mary entrando em minha sala.
— Mas que porra! Não sabe bater na porta, Mary? — Despejo nela a ira que está acumulada em mim.
— Olha aqui, menino. Eu não sei o que está acontecendo com você esses dias, mas ninguém aqui é saco de pancadas seu, não. Trate de se controlar e tratar direito os seus funcionários. E só pra deixar claro, eu bati três vezes antes de entrar, não sou culpada se agora você vive no mundo da lua. — Respiro fundo e solto o ar pela boca, não posso continuar assim. Preciso vê-la.
— Você tem uma reunião em meia hora, vim trazer os documentos para conferência.
— Pode deixar aqui na mesa. Muito obrigada, Mary. – Ela ainda me olha por alguns minutos e sai da minha sala.
O pensamento de ir vê-la não sai da minha mente, não consigo me concentrar para conferir os documentos, então levanto de supetão da minha cadeira, pego meu paletó que foi parar em uma das poltronas da sala e me direciono a saída.
— Mary, estou de saída. Por favor, cancele todos os meus compromissos hoje.
— O que? Você está maluco? A reunião de hoje não pode ser cancelada.
— Ok. Passa os documentos para o Ross, e manda ele assumir no meu lugar. — Saio sem dá tempo pra ela retrucar, qualquer questão ela consegue resolver. Se não conseguisse não seria minha secretária.
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RomanceLivro 1 irmãos Laurentis. No total pretendo escrever três livros sobre essa maravilhosa família. Completo! Espero que gostem! -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Desco...