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~~~1 mês e meio depois~~~

Eu e minha mãe estávamos hospedadas em uma casa a muito tempo, ficamos quase 1 semana na entrada tentando achar algum lugar seguro, e acho que finalmente conseguimos.

Era uma casa bem afastada da cidade, reforçamos as cercas, tentamos plantar algumas coisas mas nunca dava certo.

Uma vez ou outra aparecia 1 ou 2 mortos ambulantes, mas nada a mais do que isso.

Agora eu tenho uma faca!! Foi duro convencer minha mãe de que eu precisava de uma, mas ela sempre negava falando que ainda era muito cedo, foi quando eu fiz 13 anos e finalmente deixou, mas ainda sim me fez prometer que só usaria em caso de emergência.

-Anne, vou procurar suprimentos.- diz minha mãe e pega sua arma.

-Posso ir com você?.- sorriu.

-Não Anne, aqui você está mais segura, e lembre-se, só abra a porta para mim.- abre a porta. -Mamãe te ama.- ela sai e fecha a porta.
[...]

Horas depois

Escuto barulho de motores se aproximando da casa. Suponho que seja minha mãe.

Abro a porta e vejo um carro totalmente diferenten do nosso, parando em frente a minha casa.
Nessa hora minhas pernas ficam bambas.

Sai um homem careca e gordo de dentro do carro, e outro mais alto e mais bombado.

Eles saem do carro e aprontam a arma para mim.

-Quem é você?.- o careca pergunta.

-Não interessa- penso em sair correndo mas vejo o homem mais bombando tirando minha mãe do carro com uma certa brutalidade.

-Anne corre, corre, e não olha para trás.- grita minha mãe.

Quando decido correr tropeço e caio no chão, isso foi tempo suficiente para o gordo me alcançar.

[...]

Eu acordo com a cabeça dolorida, tento me mexer mais estava amarrada, olho ao redor e vejo minha mãe amarrada também com hematomas pelo seu corpo.

Seus olhos estavam vermelhos e meio fundos, seus cabelos bagunçados e suas roupas meio rasgadas.

-Mãe...- resmungo.

-Ann.e- da um leve sorriso- Vai ficar tudo bem princesa... Só... Só não interfira em nada, e saiba que a mamãe te ama, e sempre estará com você, e não deixe que o mal desse mundo te contamine.- deixa algumas lágrimas escorrerem.

-Porque está falando isso?.- a olho confusa.

Ela não diz nada apenas a baixa a cabeça.

Logo os dois homens voltam.

-Olha só, a Anne acordou.- diz o homem mais forte.

-Solta a minha mãe, agora!!.- grito.

Ele se aproxima de mim e alisa me rosto.

-Você se parece tanto com sua mãe...Quantos anos você tem?

-Treze..

Logo aparece o homem careca e joga minha mãe no chão e começa a rasgar toda sua roupa.

Isso não poderia estar acontecendo, ele deixa minha mãe totalmente nua, e sim isso realmente estava acontecendo.

Eu estava paralisada, não conseguia ter nenhuma reação.
[...]

Por fim quando ele terminou só escorriam lágrimas pelo meu rosto, ele pega sua arma, mira na cabeça da minha mãe e atira.
Mira na minha em seguida.

-Deixa ela ai, é apenas uma criança.- diz o homem mais forte e sai da casa o careca me olha me desamarra e em seguida sai.

Isso não poderia ter acontecido, eu estava presa em meus próprios pensamentos, tentando raciocinar o que havia acontecido. Isso não pode ser real...
[...]

Noite

Eu ainda estava ali parada sem mexer qualquer músculo, isso realmente não pode ter acontecido...

Eu volto ao mundo real e agora sim caiu a ficha do que havia acontecido.

Me levanto da cadeira e caio de joelhos ao lado da minha mãe, coloco sua cabeça sobre minha perna e alisava seu rosto enquanto tinha um leve sorriso em meu rosto.

Sua face estava tão em paz, sem nenhuma dor.

[...]

Eu acordo abraçada com minha mãe, tinha que de uma vez por todas acabar com isso.

Arrasto seu corpo para fora da casa, pego uma pá e começo a cavar um buraco.

Depois de alguns minutos o buraco ja estava fundo o bastante.
Pego o corpo da minha mãe, e coloco cuidadosamente dentro da cova.

Deixo algumas lágrimas escorrerem mas respiro fundo.
Saio do buraco e começo a jogar a terra novamente.
Pego algumas flores e coloco sobre a cova.

Entro novamente na casa, pego a
minha mochila os suprimentos que minha mãe tinha saído para pegar.
Subo ao meu quarto, abro uma gaveta da cômoda, pego meu colar,o coloco em meu pescoço.

Desço novamente e saio da casa. Eu te amo mamãe.
Um dia mamãe, vou te vingar, nem que isso custe a minha vida.

Survive | The Walking dead. [Pausada]Onde histórias criam vida. Descubra agora