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Depois de uma longa conversa com Noah, me despeço dele e de Rosita. Ela parecia muito abatida.

Enquanto caminhava, vou me preparando para "insultar" Carl.

Abro a porta da casa e por azar o vejo sentado no sofá afiando uma faca.

-Oi.- me olha.
Eu o ignoro, apenas subo as escadas e vou para meu quarto.

Alguém bate na porta, em seguida a mesma é aberta aparecendo Carl.

-Aconteceu alguma coisa? Eu fiz algumas coisa?.- me olha.

-Pode sair daqui?.- o olho.

-Anne, o que houve?.- arqueia a sobrancelha.

-Não quero você nem ninguém atrapalhando meu relacionamento com Noah.- me levanto da cama.

-Anne, você sabe como ninguém que não sente nada por ele.- se aproxima.

-Sim... Eu sinto sim.- cruzo os braços.

-Anne... Eu...

-Carl, sai daqui agora.- mando em um tom mais alto.
Ele me olha da as costas suspira e sai.

Eu fecho a porta atrás de mim. Desculpa Carl...

Pego um short e uma blusa, vou ao banheiro e tomo um banho.
Visto a roupa e desco para comer algo,  estava morta de fome.

Coloco suco em um copo e como o resto de macarrão que tinha de alguns dias atrás.

Termino, lavo meu prato e copo.
Subo de volta ao meu quarto, antes que possa entrar Michonne me chama.

-Anne? Posso falar um minutinho com você?.- eu concordo e a olho.

-Claro...

-Sabe o que aconteceu com Carl? Do nada ele ficou mal... triste...

-Não sei não Mich...

-Ah, tabom.- ela sorri, e eu entro em meu quarto.

Agora percebo o quanto Daryl faz falta, certeza que agora eu e ele estaríamos conversando de coisas aleatórias, ou talvez ele estivesse me insultando.
Preciso tirar ele de lá o quanto antes.

Escuto alguém bater na porta, antes que eu possa abrir a porta, Carl estava a minha frente.

O mesmo abre eu fico atrás dele obsevando quem seria. Noah.

-O que você quer?.- pergunta Carl.

-Só ver Anne.- Carl murmura.
Ele se virá de costas e se assusta com minha presença, ja que antes não tinha me visto. Ele apenas me ignora e sobe de volta ao seu quarto. Óbvio.

-O que faz aqui?.- o encaro abrindo a porta para que ele poça entrar.

-Se você vai "invadir" o santuário é melhor eu ir junto, sei onde fica tudo.- da de ombros.

-Não.- nego.- Se esse for o problema, você pode fazer um mapa para mim.

-Pode ser também.- ri.

Eu pego uma caneta e uma folha qualquer.
Noah vai me explicando cada canto do lugar, enquanto desenhava no papel. Era tudo muito complexo, e o desenho de Noah não ajudava para intender muito bem.

-É basicamente isso.- da de ombros, por fim fechando a caneta.

-BASICAMENTE?.- dou ênfase, o mesmo ri.

-Não intendeu nada, né?.- me olha.

-Claro que entendi, está duvidando das minhas habilidades?.- cruzo os braços.

-Não... Claro que não.- ri. -Não está mais aqui quem falou...- eu riu Noah também.

-Obrigada.- o olho consequente fazendo o mesmo me olhar de volta.

-Nada.- sorri.

-Desculpa por estar te evitando ultimamente...

-Você estava me evitando?.- arqueia a sobrancelha.

-Ah, claro que não, Noah... Da onde você tirou isso?

-Ah, seila né...- ri. -Oh, eu conheci seu cachorrinho...

-Fofinho né?.- riu.

-De mais.- ri.

-Vou provocar Carl muito com isso...- ri me fazendo riu junto.

-Ele vai ficar puto comigo.

-Esse é o objetivo.- sorri.

-Você não presta.- riu.

-Da para parar com essas risadinhas, ai em baixo!?.- grita Carl bravo.

-Ui... acordamosna fera.- riu.

-É melhor eu indo.- ri, o mesmo ia me dar um selinho porém viro a cara discretamente o fazendo beijar apenas minja bochecha.

-Boa noite Anne...- se levanta.

-Boa noite Noah.- abro a porta para o mesmo que sai.

Antes de subir de volta ao meu quarto, vou beber água.
Pego um copo no armário, abro a geladeira e coloco água no copo.

Quando me viro, Carl estava atrás de mim, me olhando com os solhos vermelhos, respiração ofegante.
Eu quase derrubo água em cima dele.

Eu o ignoro, tento me desviar mas ele me segue com seu corpo. Carl... não faz isso...

-Licença.- peço educadamente.

-Não... Não antes de me falar o que está acontecendo.- se aproxima.

-Não está acontecendo nada... Foi apenas... Uma decisão minha.- abaixo a cabeça evitando contato visual.

-Você não sente nada por mim?.- diz com a voz fanha.
Eu nada respondo.
-Vamos Anne, me diga que não sente nada... Me diga que não me ama.

-Eu preciso ir.- me desvio dele o mesmo agarra meu braço.

-Anne por favor... Não se vá de novo.- pede em meio a lágrimas.

-Eu não posso.- suspiro. -Eu amo... Noah.- quando digo isso ele solta meu braço e começa a encarar o chão sem dizer nada.
Eu deixo o copo em cima do balcão e subo as escadas, não quero ficar mais nenhum minuto lá em baixo.

Fecho a porta do meu quarto, me encosto na mesma e escorrego até o chão, me abraçando com meus joelhos abafando o choro deixando as lágrimas molharem minha perna.
[...]

Survive | The Walking dead. [Pausada]Onde histórias criam vida. Descubra agora