Survive | The Walking dead. [Pausada]

12°

-Então comece porque está chorando...- me olha.
Eu concordo e começo a brincar com minha mão enquanto as encarava.

-Bom, tudo aconteceu a 2 anos e meio atrás.- começo.
-Estávamos sobrevindo eu e minha mãe, nós estávamos hospedadas em uma pequena casa longe de tudo.- suspiro. -Ela vai buscar suprimentos como um dia qualquer, horas depois escutei barulhos de motores, achei que fosse minha mãe... Mas não era, apareceram dois caras, e minha mãe estava meio machucada e amarrada.- lágrimas se ajuntam em meus olhos.

-Se quiser não precisa continuar.- diz Carl preocupado.

-Eu consigo...- retruco. -Eles me desmaiaram, quando eu acordei... Aqueles malditos estupraram minha mãe, minha própria mãe, na minha frente.- uma lágrima escorre. -Quando terminaram, atiraram em sua cabeça... nesse dia, vi tudo se desmoronar.
Não via mas motivo nenhum para sobreviver, para acordar todos os dias, porém coloquei um objetivo em minha mente, quando achar esses caras que fizeram isso, vou matar, será um morte sofrida e dolorosa.- suspiro.

-Eu não sei o que dizer.- confessa.

-Tudo bem.- dou um leve sorriso.

Não sei porque contei tudo isso ao Carl, só estava a vontade com ele ali, senti que poderia confiar nele, sentia uma certa ligação... inexplicável.

-Seria estranho se eu te pedisse um abraço?.- o olho.

-Seria estranho se eu aceitasse?.- me olha, eu nego.
Ele abre seus braços em seguida lhe dou um forte abraço.

-Obrigada...- digo no pé de sua orelha.

-Pelo o que?.- diz baixo.

-Por tudo... Sempre estar aqui...

-Eu sempre estarei.- confessa.

Nos soltamos, sem querer olho para seus lábios, ele olha os meus.
Fomos nos aproximando calmamente um do outro, sentia sua respiração tensa, como ele sentia a minha. Nossoa corações batinham a milhão.
Estávamos tão perto um do outro... sentia o calor do seu corpo.

Segundos depois a porta da sala é aberta nos fazendo afastar rapidamente um do outro.

Olho para a porta, avisto Noah.
Me levanto e vou em direção ao mesmo.

-Você acordou...- me abraça alisando meu cabelo. -Como você está?

-Bem...

-Boa noite Anne.- diz Carl em um tom grosso e sobe pisando duro.

-O que deu nele?.- ri Noah.

-Eu... não sei.- minto.

-Estou tão feliz que acordou.- me da um selinho.
[...]

Estava deitada na minha cama, sem sono algum.
Noah queria passar a noite comigo, porém eu não queria, dei algumas desculpas, acho que deu certo.

Queria um tempo comigo mesma, eram muitas coisas acontecendo muito rápido, que eu se quer tive a oportunidade de refletir.

Eu e Carl quase nos beijamos...
Se Noah não tivesse chegado, não quero pensar o que poderia ter acontecido.
Quando fico com Noah o sentimento não é o mesmo quando estou com Carl.

P.O.V Carl on

Estava deitado apenas obsevando o teto do meu quarto.

Anne me contou aquelas coisas, não pensei que era passou por tudo isso sozinha.
Ela parece tão frágil, mas ao mesmo tempo tão forte, sua maneira de lidar com as coisas, a forma em que ela me olha, a forma que ela sorri...

Quando ela me contou aquilo, senti que ela era mais do que uma garota que encontrei ao meio desse caos, mais do que a garota dos olhos verdes, ela era especial, única.

Sentia que ela, naquele momento estava totalmente vulnerável, por um momento, uma fração de segundo, voltou a ser a menina de 2 anos atrás.
Sentia que ela confiava em mim, ela se abriu para mim, não tenho certeza se ja falou isso para alguém, mas não importa, só queria ela aqui, comigo.

O babaca do Noah chegou na melhor hora, talvez poderia acontecer algo...

Escuto uma batida fraca na porta, uma única e suave batida.
Me levanto e caminho lentamente até a mesma.

Giro a massaneta, e abro a porta por inteiro, vejo Anne, parada ali meio apreensiva, seus cabelos estavam meio bagunçados, sua boca e bochecha rosados como de costume e seus olhos brilhantes me encaravam.

-Está tudo bem?.- a olho duvidoso.

-É melhor eu voltar para meu quarto.- vira as costas.

-Anne, espera.- a chamo fazendo a mesma se virar.

-Oi?.- volta a me encarar.

-Porque veio até aqui?.- a olho.

-Eu não deveria estar aqui.- ela se aproxima.

-Porque não?.- a olho.

-É um erro...- suspira abaixando a cabeça logo em seguida.

-Porque você veio até aqui?.- volto a perguntar.

-Eu não sei...- diz e ergue a cabeça.

-Quer entrar?.- pergunto Anne concorda e logo entra.

-Não estava conseguindo dormir.- confesso.

-Nem eu.- solta um leve riso.

-Você quer...- a mesma apenas concorda.

Se deitando de costas na cama deixando um grande espaço para que eu me deitasse.
Isso não seria novidade para mim ja que eu domir a maio parte de seu coma com ela.

A n n e

Eu não estava conseguindo dormir talvez seja porque estava acostumada com Carl dormindo comigo.

Eu me deito na cama logo o mesmo faz o mesmo.

-Cuidado para não cair.- ri eu concordo indo para mais perto dele.

-Você e Enid estão tendo algo?.- pergunto.

-Não quero mentir para você...
Sim... Mas não é nada serio.- confessa.
Eu queria levantar dali e sair correndo, chorar voar na cara daquela vagabunda, mas estava ao mesmo tempo feliz por ele me contar a verdade.

-E você e Noah?.- pergunta.

-Estamos desenrolando.- confesso, o mesmo se engasga com a própria saliva.

Eu estava começando a ficar com sono. Minhas pálpebras já estavam pesando.

-Posso te falar uma coisa?.- eu concordo, em seguida bocejo.
Me viro para ele colocando um de meus braços em sua barriga. Quando fiz isso, ele pareceu relaxar.

C a r l

-Bom...- começo. -Eu... Talvez você me ache um completo idiota... Mas... eu acho que... estou gostando de você.- falo tudo em desparada ainda não tirando o olhar do teto.
Entrei em pânico quando ela não disse nada.

-Anne... Não vai dizer nada?.- suspiro. -Quer saber, esquece...- a olho.
A mesma estava dormindo calmamente. Merda.
Fico a olhando por alguns segundos com um sorriso bobo na boca.

-Boa noite.- dou um beijo em sua testa. Me virando para a mesma.

Ela era tão linda...

"Anne, eu te amo"