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- Para onde estamos indo?.- diz Carl confuso.

- Lembra quando eu sumi?.- Carl balança a cabeça positivamente.
- Então, fiquei em uma casa com Noah. Acho que chegamos antes do amanhecer. Se me lembro bem, lá tem algumas coisas para cuidar de sua perna.

- Ótimo.- sorri.

- Está doendo muito?.- me refiro a sua perna ferida.

- Eu aguento.- da de ombros.

- Se quiser dar uma descansada...- o olho.

- Não! Temos que continuar, mas porque simplesmente não vamos para Hilltop?.- Carl me encara.

- Porque é muito longe, não vai conseguir chegar com a perna assim.
E quero fazer um curativo nisso ai, para depois eu poder voltar a procurar Noah.- dou de ombros.

- Anne...- Carl encara o chão.

- Oi?.- o olho parando de caminhar.

- Eu...- suspira. - Eu... te amo.- o olho sem intender.

- Eu também te amo Carl.- digo como se não fosse óbvio, logo voltando a caminhar.
[...]

Horas depois caminhando já havíamos chegamos a pequena cidade.
Carl quanto mais tempo passa, pior ele fica, no meio do caminho ele desmaiou algumas vezes.

Abro a porta com um chute, lhe deito no sofá.

- Espere ai.- subo as escadas correndo, em cima da mesa como suspeitava estavam alguns esparadrapos e remédios.

Pego tudo e levo para o andar de baixo.

Retiro minha bolsa das costas, com minha faca rasgo a calça de Carl no lugar do tiro.

- A bala saiu? Ou está aqui dentro?.- o olho sem saber o que fazer.

- Eu acho que saiu...- diz fraco.

- Ótimo... Ah, não vou mentir. Vai doer pra caralho.- mordo o lábio inferior.

- Eu aguento.- ele aponta para seu olho e barriga, solto uma risada nazal.

Como o vidro de álcool, jogando em cima do local atingido, Carl solta um alto grito capaz de se ouvir a metros daqui. Ele agarra o canto de sua blusa em quanto mordia seu lábio inferior.
Me parte o coração vê-lo assim.

Enfaixo o local com os esparadrapos, o prendendo com uma fita.

- Você está bem?.- o olho.

- Nossa, estou ótima.- irozina.

Lhe dou um beijo no topo de sua testa.

Pego uma poltrona a colocando em frente a porta.

Pego minha arma deixando sobre meu colo e meu arco ao meu lado.

- Boa noite Carl.- o olho vendo que já estava dormindo.

Me deito na poltrona, me perco em meus próprios pensamentos, quando menos percebo estou adormecida.
[...]

Acordo com Carl me chamando, me levanto rapidamente e vou até o mesmo.

Ele não diz nada apenas aponta para perna que estava sangrando.

- Merda.- o olho desesperada.

- Pega uma flecha.- manda Carl.
Eu o olho sem entender mas faço.
Ele retira um isqueiro de seu bolso e me entrega.

- Você tem certeza disso?.- o olho quando percebi o que ele queria fazer.

- Não temos outra saida.- da de ombros logo fecha seus olhos.

Acendo o isqueiro, passando pela ponta da minha flecha.
Quando ja estava quente o suficiente coloco sobre o ferimento estancado todo o sangue que saia do local.
Carl a esse ponto deu um alto grito, duas vezes mais alto do que o de ontem.
Limpo novamente em seguida o enfaixo.

Lhe dou um remédio para não infeccionar.

Vou até a cozinha, abro os armários encontrando uma lata de feijão enlatado.
Vou a sala onde Carl estava lhe entregado a lata de feijão.

- Obrigada.- agradece pegando a mesma eu apenas dou um sorriso.

Retiro a poltrona de frente da porta, pego meu arco e minha faca e dou a arma a Carl.

- Onde você vai?- Carl pergunta confuso.

- Ver se acho alguma coisa útil.- dou de ombros.

- Cuidado.

- Você também, se aparecer alguém não pense só mate.- lhe lanço um último olhar antes de sair da casa.
[...]

P.O.V on Rick

- Carl escreveu cartas...- diz Michonne pegando alguns papéis do bolso de sua calça.
Eu não digo nada apenas contínuo prestando atenção na estrada.
- Você quer ler?- me encara.

- Não... Eu acho que ainda não estou pronto.- digo segurando as lágrimas que se formaram em meus olhos.

Carl morreu tentando nos ajudar, vi Anne entrando em Alexandria, porém não a vi saindo.

- Ele escreveu uma carta a Negan...- diz Michonne.
Eu suspiro demostrando que não queria tocar no assunto a mesma fica quieta.
[...]

Não muito tempo depois paro a carro, pego as cartas e o rádio comunicador.

- Negan? Eu quero falar com Negan.- digo autoritário.

- Ok... Irei o chamar.- diz um de seus capangas.

- Olha só quem me chamou.- solta uma rizada.- O que você quer Rick?

- Carl... Carl morreu.- suspiro.

- Mais que merda... Eu sinto muito... De verdade, eu sinto muito mesmo.- escuto-o soltar um suspiro.

- A culpa é toda sua!.- digo quase em um grito.

- Minha Rick!? Você têm certeza disso? Você quer mesmo discutir quem teve a culpa!?- ri irônico.
- Você falhou como líder, e principalmente como pai. Agora todo o seu pessoal está condenado, isso tudo. Graças a você, você quem começou isso tudo.

Eu ignoro tudo o que ele me disse.

- Ele queria que parecemos com tudo isso.- suspiro.- Mas acontece, é que não da mais para parar! Eu vou matar você Negan,  vou matar todo seu pessoal, um por vez, e você vai assistir sentado, sem poder fazer nada.- digo alterado.

- Rick, porque você tem que dificultar tudo? Porque simplesmente não para, e impede que mais pessoas morram? Se rendam, e podemos esquecer tudo. Você acha que já não chega de mortes!?

- À única pessoa que vai morrer aqui será você, seu desgraçado!.- grito.
Coloco o rádio no bolso da calça.
Volto para o carro, dando partida voltando a dirigir para Hilltop.
[...]

Chegamos lá, abriram o portão.
Eu entrei na frente e Michonne veio atrás.

O pessoal percebeu que Carl não estava conosco, percebi a tristeza de alguns principalmente de Enid que chorou ali mesmo.

- E o corpo?- Enid vêm até mim com os olhos marejados.

- Não encontramos...- suspiro.
[...]

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