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Acordamos bem cedo, tínhamos que voltar ao Reino, ou os outros iriam ficar preocupados.
Comemos uma frutas que tinham na casa de Carol.

-Foi bom te ver.- a abraço.

-Foi bom te ver também.- sorri. -Se cuida, e principalmente, cuida do Daryl.- ri fazendo o mesmo revirar os olhos.

-Ja sou grandinho.- brinca.

Nos despedimos da mesma logo em seguida começamos a caminhar em  direção ao Reino.

-Porque mentiu para Carol?.- quebro o silêncio que se estalava no ambiente.

-Para a proteger, as vezes é necessário fazermos coisas que nem sempre são "boas".- eu concordo, a caminhada até o Reino foi silenciosa.
[...]

Chegamos lá, vou até a casa e dou os últimos reparos no meu arco.
Minutos depois ja tinha um arco, e poucas flechas.

A porta da casa e aberta com uma certa brutalidade, me assustando, de lá surgindo Daryl, com uma cara nada boa. Não que seja novidade.

-O que foi?.- o olho.

-Vamos para Hilltop, agora!.- manda.

-O que!? Porque?.- o olho.

-Se quiser ficar aqui, fique.- revira os olhos.

-Não... Eu vou com você.- digo duvidosa, pego meu arco junto com as flechas, minha faca e minha mochila que roubei de Benjamin.

Fomos andando até os portões, os caras abrem liberando a passagem.

Andes de sair me despeço de Benjamin e Morgan.

Daryl já estava um pouco mais a frente, tive que dar uma leve corridinha para o alcançar.

-E se os salvadores nos encontrarem?.- o olho quebrando o silêncio.
Daryl nada responde. Odeio quando ele faz isso, ou melhor, odeio ser ignorada.
-Daryl, eu te fiz uma pergunta...- entro em sua frente, consequentemente fazendo o mesmo parar de andar me encarando.
Novamente ele nada responde.
-Vai a merda.- dou as costas e volto a caminhar.

-Para onde você vai?.- pergunta Daryl.

-Seila, a qualquer lugar.- suspiro.

-Nós temos que ir para Hilltop.- Daryl me olha.

-Nós!?.- o olho. -Vai você, depois eu apareço lá.- reviro os olhos.

-Anne, o que está acontecendo?.- arqueia a sobrancelha.

-Nada Daryl, nada.- bufo caminhando mais rápido.

-Te encontro em Hilltop, se você não voltar, vou atrás de você.- me olha.

-Tabom, papai.- debocho fazendo o mesmo revirar os olhos em seguida riu.

-Se cuida.- me abraça beijando o topo da minha testa antes de caminhar rumo a hilltop.
Ele é pior que Carl, essa bipolaridade.

Não saberia o que iria fazer aqui fora, só sei que tenho que saber o que está acontecendo em Alexandria.
Inclusive, quero um tempo comigo mesma, a sós, eu e minha mente.
[...]

Depois de alguns minutos caminhando, entro em uma casa. Lá tinha apenas um zumbi que foi eliminado com minha faca.

Revisto a mesma, encontrando na cozinha apenas uma lata de feijão enlatado.
Subo as escadas, lá tinha 3 quantos.
Um deles era de casal, ja os outros dois eram de um menino e uma menina.
Em nenhum deles tinha coisas interessantes.

Revisto o guarda roupa da menina, minha blusa ja estava bem suja, pego uma cinza que tinha em uma gaveta a vestindo rapidamente.

Agora que me lembrei, Negan ainda está com meu colar. Mas também não quero o ver tão cedo.

Em cima da mesa da sala, tinha um facão, o coloco em meu coldre.
Como não tinha mais nada útil naquela casa, saio da mesma andando um pouco pela cidade.

Avisto uma casa, estava bem conservada. Tinha panos cobrindo as janelas. A porta estava trancada, a arrombo com minha faca, a mesma não estava totalmente organizada, porém tinha uma pistola na mesa de centro e um enlatado de milho que parecia estar sendo comido.

Vou até a mesa e pego a pistola, sorte que estava carregada.
Escuto ruidos do piso de madeira que ja estavam bem desgastada serem pisados.
Subo a mesma com a pistola em frente ao meu corpo.

Abro a primeira porta era apenas lavanderia, a segunda era o banheiro que também não tinha ninguém.
Abro a de um quarto, tinha uma grande sacada, o revisto também não havia ninguém. Aquilo já estava me irritando.

-Sai daqui!.- manda uma mulher.
Me viro devagar ainda com minha arma em mãos.

-Quem é você?.- a olho.

-Sai daqui! AGORA.- diz a mulher entre dentes.

-Tudo bem, não quero te machucar, mas nós temos uma comunidade... Se quiser vim comigo.

-Sai daqui!.- diz em um tom mais alto.

-Tabom.- reviro os olhos. -Vai na frente.- a olho.

Ela sai andando, quando chegamos em frente as escadas ela se vira rapidamente e despara sua arma, porém apenas passa de raspão.

-Você acabou de fazer uma grande burrada.- digo entre dentes.

-Você fez uma grande burrada em envadir minha casa.- sorri deixando a mostra seus dentes podres.

A mesma avance em mim me jogando no chão, em seguida da um soco em minha cara. Daria um tiro nela, porém ambas as armas estão em um canto desconhecido.

Consigo agarrar o pescoço da mesma, a tirando de cima de mim, ambas fomos rolando escada abaixo.

-Não quero te matar.- digo apertando seu pescoço.

-Temos objetivos diferentes.- me da uma joelhada na barriga, consequentemente a solto.
Ela sai me arrastando pelos cabelos, quebrando uma janela com minha cabeça, pude ver sangue escorrendo.
Consigo dar uma cotovelada em sua barriga, a mesma me solta. Pego minha faca e aponto para a mesma.

-Você tem duas opções, ou sai correndo daqui, ou fica aqui para morrer.- a olho.
A mesma sorri e vem para cima de mim.
-Escolha errada, moça.
Sinto uma faca ser cravada em meu braço. Cansei de dar mole.
Rasgo seu pescoço fazendo seu sangue   sujar meus braços, mãos inclusive minha blusa.

Jogo seu corpo para o lado, me levanto. Não sabia diferenciar qual era meu sangue, ou qual era o da mulher louca.

A faca não estava tão funda, a retiro, pego um pedaço de pano que tinha ali e enrolo no mesmo.
Pego as pistolas guardo tudo na mochila, acho uma M4A1 que estava em um quarto a coloco nas costas junto com meu arco.

Desco as escadas, observo o céu ainda estava de tarde, iria demorar para anoitecer. Ótimo.

Começo a andar pelas ruas daquela cidade abandonada, vejo um mercado.
Bato no vidro, aparentemente não tinha nenhum zumbi.
Chuto a porta logo a mesma abre, as prateleiras estavam vazias, nem ao menos chocolate derretido, tinham apenas pueira. Chuto uma caixa que estava a minha frente, logo saindo de lá em passos firmes.

Já estava de saco cheio, então saio da cidade.
[...]

Fico caminhando por algumas horas sem nenhuma novidade, apenas casas no meio da estrada sem nada dentro. Isso é mesmo o fim do mundo.

Eu perdi minha mãe, talvez meu pai, eu não tenho mais nada aqui. Não me restou mais nada.
Algumas lágrimas caem involuntáriamente, suspiro e adentro a mata.

Vejo um pequeno fluxo d'água,  por pura curiosidade o sigo.

Minutos depois caminhando sem encontrar nada, dou de cara com um pouco de areia, mais alguns metros avistei uma imensa cachoeira. Foi a coisa mais linda que já vi.
A água totalmente cristalina, a cachoeira batendo na água. Era realmente muito lindo.

Só não pulo pois estão ferida, e não quero que piore.
Me ajoelho próximo a água bebendo da mesma. Me levanto limpando minha boca com a parte de trás da mão.
Saio andando marcando o caminho para não esquecer onde ficava aquele paraíso.

Em poucas horas iria anoitecer, por isso apresso meus passos rumo a Alexandria.
[...]


Survive | The Walking dead. [Pausada]Onde histórias criam vida. Descubra agora