15ª Capítulo.

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A noite sombria ainda não tinha chegado,Héctor e eu fomos até a farmácia,o clima do ambiente não me parecia nem um pouco seguro mas diferente da casa de Jessie não me trazia sensações boas. A pouca iluminação e a bagunça do local não colaboravam em nada. Procurei não puxar assunto pois não estava afim de conversar,me contento em apenas sentar no chão e não fazer nada.

— Bem,infelizmente eu não trouxe comida pois não sabia se iria encontrar com um sobrevivente. — Diz Héctor meio sem jeito.

— Não tem problema,estou até sem fome.

— Talvez essa pergunta seja absurda mas,como chegou aqui Kevin?.

— Não lembro. — Encaro o vazio — E você e sua esposa? como vieram para cá?.

— Em um típico acidente de trânsito...mas estamos bem agora.

— Isso é ótimo. — Forço um sorriso.

Logo a noite surge trazendo com ela as criaturas,tampo os ouvidos quando os gritos altos começam...

— O que aprendeu estando aqui?. — Héctor pergunta.

— A esconder meu rosto para as criaturas não me atacar. — Respondo indiferente — Eu usava um boné mas acabei esquecendo ele na casa de uma amiga.

— Não é muito de conversar,verdade?. Eu entendo,é uma loucura total,quando formos ao meu refúgio você...

— Senhor Héctor,eu agradeço pela ajuda mas daqui eu vou direto para minha casa.

— Mas você é um recém chegado.

— Talvez eu nem sobreviva...

— O que?...temos que fazer isso logo...quero dizer...te manda ao mundo real.

— Não obrigado. — Suspiro — Se não se importa vou dormir um pouco.

— Tudo bem então,de qualquer forma,até amanhã.

...

De repente acordo com um golpe forte no portão da farmácia,olho para Héctor e ele dormia tranquilamente do outro lado,enquanto isso os golpes continuavam.

— O que é isso?. — O homem se espanta.

— Parece que as criaturas sabem que estamos aqui.

— Não acredito que ele me seguiu,nós precisamos sair daqui Kevin.

— De quem está falando?. — Pergunto.

— Não há tempo para perguntas.

Rapidamente corremos até a saída de emergência da farmácia,uma porta que dava acesso a um beco escuro. A caminhonete de Héctor estava em frente,seria uma má ideia ir até lá com um monte de criaturas pelo meio da rua. Héctor e eu permanecermos escondidos

— Vamos até meu carro. — Ele segue em frente.

— Mas é perigoso sair assim,afinal,de que estamos fugindo?.

— De uma criatura,ele se alimenta dos recém chegados,eu fugia dele antes de encontrar você.

Criaturas de várias formas e tamanhos perambulavam pela rua soltado os mais horripilantes gritos,mesmo escondido eu me sentia exposto,Héctor vai agachado até a caminhonete.

— Vem... — Ele me chama.

— Mas eu preciso ir para casa. — Recuo.

Ao olhar para trás vejo uma criatura humanóide com a pele coberta por veias,ele não possuía rosto mas sim um bizarro sorriso. Segurando um bastão de madeira coberto por pregos a criatura vinha em minha direção.

— Kevin,vem aqui agora.

...não,chega de refúgio dessa vez...

Saio correndo para uma direção oposta,não iria mudar minha opinião tão rápido,eu sabia mais ou menos o caminho de volta para casa e não ia desistir facilmente. Eu já estive por aqui antes e se não me engano há um canteiro de obras onde poderei passar essa noite.

Alguns dos monstros me perseguiam inclusive o tal senhor sorriso,a frente mais criaturas,faço um desvio brusco. Eu poderia correr por mais um pouco,passo entre carros abandonados no meio da rua. Algo agarra meu pé e eu caio no chão,uma criatura rastejadora sem pernas segurava meu tornozelo.

Vejo a frente a criatura apelidada de senhor sorriso se aproximando,chuto com força o rosto daquele que me segurava e assim que ele solta meu tornozelo levanto do chão e corro.

De repente algo acerta minha cabeça,o impacto foi tão forte que novamente vou ao chão. Minha visão fica escura,eu não tinha forças para levantar...

Passos vão se aproximando e na mesma hora não vejo mais nada além de uma silhueta parada ali...

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(Continua No Próximo Capítulo)

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