A noite sombria ainda não tinha chegado,Héctor e eu fomos até a farmácia,o clima do ambiente não me parecia nem um pouco seguro mas diferente da casa de Jessie não me trazia sensações boas. A pouca iluminação e a bagunça do local não colaboravam em nada. Procurei não puxar assunto pois não estava afim de conversar,me contento em apenas sentar no chão e não fazer nada.
— Bem,infelizmente eu não trouxe comida pois não sabia se iria encontrar com um sobrevivente. — Diz Héctor meio sem jeito.
— Não tem problema,estou até sem fome.
— Talvez essa pergunta seja absurda mas,como chegou aqui Kevin?.
— Não lembro. — Encaro o vazio — E você e sua esposa? como vieram para cá?.
— Em um típico acidente de trânsito...mas estamos bem agora.
— Isso é ótimo. — Forço um sorriso.
Logo a noite surge trazendo com ela as criaturas,tampo os ouvidos quando os gritos altos começam...
— O que aprendeu estando aqui?. — Héctor pergunta.
— A esconder meu rosto para as criaturas não me atacar. — Respondo indiferente — Eu usava um boné mas acabei esquecendo ele na casa de uma amiga.
— Não é muito de conversar,verdade?. Eu entendo,é uma loucura total,quando formos ao meu refúgio você...
— Senhor Héctor,eu agradeço pela ajuda mas daqui eu vou direto para minha casa.
— Mas você é um recém chegado.
— Talvez eu nem sobreviva...
— O que?...temos que fazer isso logo...quero dizer...te manda ao mundo real.
— Não obrigado. — Suspiro — Se não se importa vou dormir um pouco.
— Tudo bem então,de qualquer forma,até amanhã.
...
De repente acordo com um golpe forte no portão da farmácia,olho para Héctor e ele dormia tranquilamente do outro lado,enquanto isso os golpes continuavam.
— O que é isso?. — O homem se espanta.
— Parece que as criaturas sabem que estamos aqui.
— Não acredito que ele me seguiu,nós precisamos sair daqui Kevin.
— De quem está falando?. — Pergunto.
— Não há tempo para perguntas.
Rapidamente corremos até a saída de emergência da farmácia,uma porta que dava acesso a um beco escuro. A caminhonete de Héctor estava em frente,seria uma má ideia ir até lá com um monte de criaturas pelo meio da rua. Héctor e eu permanecermos escondidos
— Vamos até meu carro. — Ele segue em frente.
— Mas é perigoso sair assim,afinal,de que estamos fugindo?.
— De uma criatura,ele se alimenta dos recém chegados,eu fugia dele antes de encontrar você.
Criaturas de várias formas e tamanhos perambulavam pela rua soltado os mais horripilantes gritos,mesmo escondido eu me sentia exposto,Héctor vai agachado até a caminhonete.
— Vem... — Ele me chama.
— Mas eu preciso ir para casa. — Recuo.
Ao olhar para trás vejo uma criatura humanóide com a pele coberta por veias,ele não possuía rosto mas sim um bizarro sorriso. Segurando um bastão de madeira coberto por pregos a criatura vinha em minha direção.
— Kevin,vem aqui agora.
...não,chega de refúgio dessa vez...
Saio correndo para uma direção oposta,não iria mudar minha opinião tão rápido,eu sabia mais ou menos o caminho de volta para casa e não ia desistir facilmente. Eu já estive por aqui antes e se não me engano há um canteiro de obras onde poderei passar essa noite.
Alguns dos monstros me perseguiam inclusive o tal senhor sorriso,a frente mais criaturas,faço um desvio brusco. Eu poderia correr por mais um pouco,passo entre carros abandonados no meio da rua. Algo agarra meu pé e eu caio no chão,uma criatura rastejadora sem pernas segurava meu tornozelo.
Vejo a frente a criatura apelidada de senhor sorriso se aproximando,chuto com força o rosto daquele que me segurava e assim que ele solta meu tornozelo levanto do chão e corro.
De repente algo acerta minha cabeça,o impacto foi tão forte que novamente vou ao chão. Minha visão fica escura,eu não tinha forças para levantar...
Passos vão se aproximando e na mesma hora não vejo mais nada além de uma silhueta parada ali...
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(Continua No Próximo Capítulo)
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A Terra Dos Esquecidos
HorreurUm lugar habitado por criaturas perigosas,onde o tempo não passa,o dia é mais triste que o triste e a noite é mais escura que a escuridão. Cada um dos humanos desse tal lugar tem uma história em comum,no fim todos acabam sendo esquecidos... O jovem...