Capítulo 28 - Apenas o fim.

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Por Jughead

Minha ideia inicial, era ir sozinho ao encontro de Betty, mas meus planos foram atrapalhados por uma mãe louca de preocupação e um homem louco pela louca (nem eu entendi), que resolveram me seguir.

- O que estão fazendo aqui? - Tirei meu capacete, logo que ouvi barulhos nas folhagens.

Estava chuviscando e deveria estar uns 2 graus, mas Alice estava só de camisola com meu pai ao seu lado.

- Você achou mesmo que ninguém iria perceber seu desespero ao sair de la? Sabia que você havia descoberto algo, então eu e seu pai resolvemos te seguir até aqui. Você é um garoto esperto, imaginei que era só questão de tempo até matar a charada para nós. - Alice possuía um sorriso de vitoria no rosto.

- Ei, não me coloca nessa não! Eu queria estar transando, você que quis perseguir o garoto. - O sorriso de Alice se desfez em segundos, sendo substituído por uma revirada de olhos e uma cotovelada nas partes de F.P (que doeram em mim).

Não pude conter o riso.

- Estas falando da minha filha, F.P. Não se intrometa. - Alce megera estava de volta, que saudades. - Chega de enrolação. Abra a porra da porta logo. Minha filha pode estar machucada.

Me aproximei da cabana e pude escutar vozes. Não conseguia entender que era dito, mas identifiquei que um das vozes era de Betty. Arrombei a porta com toda força que tinha e dei de cara com a pior cena que eu já virá em toda a minha vida. Polly... Morta de um jeito cruel e macabro. Alice que vinha logo atrás de mim, entrou em desespero e teve que ser amparada por meu pai.

Depois de alguns minutos me recuperando, localizei Elizabeth sentada em uma poltrona no canto da sala, ao lado do corpo da irmã. Sem expressão nenhuma, parecia até estar normal. Como se o fato de sua irmã estar morta logo a seu lado, não a incomodasse.

- Betty?? É você? - Corri em sua direção, mas ela se levantou e se desviou. Algo de muito estranho havia acontecido ali, naquela noite. O cheiro de podridão estava no ar.

- Eu estou ótima. Pena que não posso dizer o mesmo da sua outra loirinha preferida. - Ela tinha um ar de ódio e sarcasmo na voz. Confesso que estou mas perdido do que cego em tiroteio

Minha boca se abriu, mas antes que as palavras tivessem a chance de sair, Betty me interrompeu! Talvez percebendo a minha cara de espanto e confusão.

- Não adianta se fazer de desentendido, Jughead Jones... Se é que esse é o seu nome, apelido, sei lá. São tantas mentiras, que nem sei mas no que acreditar. - Suspirou. - Eu sei do seu caso com a minha Irma. Não perca seu tempo negando, porque não vou acreditar em nenhuma palavra que disser. De você eu nunca duvidei nada. E não estou surpresa! Alias, até que demorou para você me decepcionar. Estava bom demais para ser verdade. As pessoas me decepcionam diariamente. Pensei que voce seria diferente, mas foi pior do que qualquer outro. - Ela serrou os punhos e eu continuei imovel, com o queixo no chão. Uma lagrima escorreu por seu rosto, seguida de outras milhares. - Por que, Jug? Por que voce tinha que fazer isso comigo? O que eu fiz de errado? Eu sei que não sou o suficiente, mas... Poxa, você poderia ter me contado. Ou terminado comigo. Demoraria, mas eu iria entender. Juro que tentaria entender. - Sua mascara se desfez e ela caiu de joelhos no chão, aos prantos.

Tente me aproximar, mas ela se encolheu como um animal assustado, abraçando os joelhos.

- Betty, eu nã se d que vcê esta faland...

- PARE DE MENTIR. EU NÃO AGUENTO MAIS AS SUAS MENTIRAS... Eu não aguento mais as mentiras de todo mundo. Eu não posso confiar em ninguem. Sempre sairei machucada... SEMPRE, SEMPRE. EU NÃO AGUENTO MAIS, JUGHEAD... Eu só queria ser feliz. - Seu tom de voz agora era baixo. - Eu estou exausta. Exausta de tentar ser quem eu não sou. Sei que sou insuficiente, que sou pessima em tudo que eu faço, mas eu tento ser melhor. Juro que tentei ser uma boa amiga, uma boa... Namorada... Mesmo você não percebendo, eu me esforcei ao maximo. Jughead eu te dei tudo. Meu coração, minha alma, minha carne... Tudo de mim. Te deixei explorar cada pedaço do meu ser, me conhecer melhor do que eu mesma. E recebo uma grande e afiada facada nas costas. Mas Polly sempre foi mais bonita... Um corpo perfeito... Deixava claro o que queria, sem medos... Eu te entendo, não posso te julgar! Afinal homens são homens... Mas também não posso fingir que isso não me afetou. Eu estou destruída, acabada... - Tentei relar nela, mas ela se afastou ainda mais. - Se você sente pelo menos um terço do que dizia sentir por mim, por favor fique... Longe. Eu ja estou machucada demais. Só me deixe em paz... - Ela se levantou e começou a caminhar em direção a porta.

The light in the darkness (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora