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            — VOCÊ ACHA QUE VAMOS ENCONTRAR? — perguntou Kai, abaixando o tom de voz para que somente a irmã conseguisse ouvi-lo.

          Ele buscava no rosto de Tiana por algum sinal; um rastro de hesitação, vestígio de sinceridade ou mentira... qualquer coisa. A mulher ponderou silenciosamente e desviou sua atenção para o outro lado. O olhar não se concentrava em nada específico, ela apenas não queria encarar a feição inquisitória e ansiosa do irmão mais novo. O desespero gritante ali a incomodava.

          Kai passou os dedos pelo cabelo molhado e suspirou. O azul já começava a desbotar próximo da raiz, o preto se misturando ao tom quase esverdeado. Tiana sorriu e colocou a mão esquerda sobre o ombro dele, mas a resposta não veio. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, Lino apareceu no topo da escada, seguido por Sarah e Leila.

          Lino deu de ombros e continuou descendo os degraus. Os cabelos negros do elfo estavam soltos e penteados para trás como de costume, sem nunca ficarem exatamente no lugar onde deviam. Os fios voavam para a frente do rosto a cada passo. Ele vestia uma camisa preta de algodão e um colete resistente de mesma cor; uma calça camuflada, um coturno verde musgo. Por cima, usava a sua jaqueta branca com o tigre dourado bordado atrás.

          Sarah caminhava ao lado de Lino, a dois palmos de distância. Ela olhava cuidadosamente para os próprios pés, as botas novas eram mais altas do que estava acostumada a calçar. Seu cabelo fora amarrado no topo da cabeça em um rabo de cavalo alto e vestia seu mais novo uniforme diário: uma camisa branca de manga comprida, colete e calça de moletom cinza.

          A última da fila era Leila, que desfilava sozinha atrás dos outros dois com a postura ereta e olhar impiedoso. Os olhos azuis brilhantes estavam cinzentos naquela manhã. O cabelo balançava solto para os lados e ela vestia uma jaqueta preta sobre o vestido de tricô cor de creme.

          — Onde está Christine? — perguntou Tiana, os olhos vagando pelos rostos familiares com pouco interesse.

          — Estou aqui. — respondeu Cristine, saindo por detrás das estantes de madeira, caminhando até o onde o grupo havia se reunido. Ela estava com uma aparência cansada, com olheiras debaixo dos olhos e tensão nos músculos. Tudo resultado de ter passado o dia anterior e a madrugada inteira acordada, lendo sobre Aaragon, as safiras e tudo o que pôde encontrar sobre os tais guardiões.

          Dormir era uma tarefa que costumava ser fácil de executar, mesmo com os sonhos invadindo sua mente todas as noites, era um problema simples que agora beirava o impossível.

          Ela se sentou em uma das cadeiras enfileiradas à frente das mesas, retirou o celular velho do bolso e o jogou por cima da mesa.

          — Não está funcionando. — ela disse, a voz arrastada devido ao cansaço e insônia.

A ÚLTIMA GUARDIÃ  | AS SAFIRAS LUNARESOnde histórias criam vida. Descubra agora