Capítulo Quatorze

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Talvez fosse por isso que Bryan conseguia fazer tanta coisa num dia só. Nada clareia mais a mente do que goza gritando o nome de um lindo homem, que não esperava que eu fosse lavar e passar suas roupas depois. No dia seguinte me senti energizada, pronta para uma excelente corrida mas como meu tornozelo me impedia apenas ajudei Ray com algumas coisas do seu noivado. Em algum momento dessa loucura toda ela concordou em noivar com Bruce o que foi bem engraçado.

Mas, no meio dessa festa toda — ida e vindas da cidade, os pais de Ray bem a Claire enlouquecendo sua filha e uma pausa o banheiro — eu me lembrei daquela tarde com Roberts, seu corpo malhado nu atrás de mim, minhas pernas pesadas em uma deliciosa exaustão e suas mãos agarrando meus cabelos.

"Não feche os olhos, não se atreva fechar os olhos. Estou quase lá"

Apesar da diversão daquela tarde, eu me sentia meio fora do ar, preocupada. Não exatamente arrependida, mas um pouco envergonhada por ter feito exatamente aquilo. Comecei a pensar que eu estava passando uma má impressão para Roberts. Cedendo as suas ordens, acontece que embaixo daquela fina camada de mortificação eu nunca tinha me sentindo tão vida. Ele fez com que eu me sentisse segura, por mais estranho que possa parecer, e como se eu pudesse pedir qualquer coisa.

Roberts era o tipo do homem que não se importava com que os outros poderiam pensar ou achar dele. Fechado os olhos a medidas que as lembrança da última vez que transei com Bryan.

Tentei apimentar as coisas, marcando uma viagem de última hora, aparecendo em seu escritório depois de 3 horas de voo, vestido apenas sobretudo salto alto. Mas seria melhor se eu estivesse usando uma fantasia de patinho, de tão constrangido que ele pareceu ao me ver.

— Não posso transar com você aqui — disse rispidamente, olhando por cima do meu ombro.

Talvez ele tenha dito aquilo por que só podia transar com outras mulheres em seu escritório . Eu me senti humilhada. Sem dizer nada me virei e fui embora.

Meus olhos se abriram quando a realidade pareceu me acertar nesse momento totalmente aleatório. Roberts fazia com que eu me sentisse tão bem, e Bryan apenas fazia com que eu me sentisse horrível. Estava na hora de amadurecer e parar de pedir desculpas por fazer as coisas que eu queria.

***

— Mais uma daquele idiota e eu corto as bolas dele fora — Jane entrou na biblioteca da casa dos Evans mais brava que um touro.

Ela jogou todas as almofadas do sofá no chão, ela se virou para mim e por um segundo me senti amedrontada por aquela baixinha de 1,59 de altura.

— O que houve?

— Henry! — ela rosnou seu nome — Aquele bastardo começou a fazer piadas do meu cabelo verde, disse que me pareço o Grinch, você acredita?

Coloco a mão sobre os lábios olhando sua cara vermelha, o nariz redondinho e os enormes olhos azuis a fazer realmente parecer um elfo daqueles jogos e filmes que ela tanto adora, Jane apontou o dedo para mim.

— Não ouse Hall!

— Há, um elfo tão fofa com esses olhos verdes e o nariz redondo.

Ela jogou os braços para cima saindo pisando duro da biblioteca, rindo voltei a trabalhar em meu computador, mesmo longe de Nova York precisava colocar algumas questões em dia e pelo visto longe da empresa tinha muita coisa a ser resolvida não era CEO então, não poderia me dar o luxo de tirar semanas de folga apenas para preparar um suposto casamento. O que mais me intrigava nesses dois era como Bruce aceitava tão bem a indecisão de Ray, e como estava estampado em seus olhos que ela o seguiria para onde for. Amor. O mais puro e verdadeiro amor existia entre eles, o que fazia meu coração bater cada vez mais forte.

Não considero que amei Bryan, ele foi uma paixão de anos uma paixão que me trouxe inúmeras tristezas e humilhação, mas como uma boa taurina, acredito no melhor das pessoas, acreditei que ele poderia mudar e ser alguém melhor, já que ouvi tantas e tantas vezes que tudo seria diferente, por que não dessa vez. Mas chega um certo tempo que as coisas só vão piorando é foi o que aconteceu, ele piorou, descobrir sua traição e então tudo acabou, me cansei e me mudei.

— Ray disse que poderia encontrá-la aqui — ouvi a voz de Roberts.

Quando me virei ele estava apoiado no batente da porta com os braços cruzados e a sua blusa preta realçava os músculos do seu peitoral e braços. Mordi o lábio e a lembrança da voz dele em meu ouvido durante a madrugada, sussurrando o quanto eu era linda e gostosa me fez arrepiar. Roberts fechou a porta e passou a chave, caminhou até mim se sentando ao meu lado.

— Você está bem? — perguntou baixo olhando para mim.

— Si-sim.

Ele pousou uma das suas mãos na minha perna, apertando levemente minha coxa seus lábios se aproximaram do meu pescoço e ele me beijou ali causando um arrepio. Meu coração batia em uma mistura de excitação e desespero, não entendia como ele causava essas reações tão controversas em mim. Ele subiu mais os dedos levantando a barra da minha saia, roçando a ponta dos longos dedos em minha calcinha já úmida, com um movimento ágil Robertis afastou minha calcinha para o lado e acariciou minha umidade com as pontas dos dedos, apertei os lábios para impedir um gemido enquanto um beijo ia descendo pelo meu pescoço, molhado, delicioso. Por fim ele penetrou um dedo mantendo o polegar em meu clitoris, fechei os olhos com força. Uma excitação foi subindo pelo corpo me causando calafrios. Meu telefone tocou e a imagem de George meu assistente apareceu na tela.

— Atenda.

— Sim? —Roberts aumentou os círculos agora movendo os dedos, soltei um suspiro mudo enquanto ouvia George tagarelar no telefone. — Preciso dos contratos George, e preciso para ont-ontem!

— Sim toda poderosa, mas como informei o setor jurídico agarrou...

—Oh merda!

— Kate?

— Te ligo depois.

Desliguei o telefone soltando um longo e baixo gemido deitei minha cabeça nos ombros dele respirando com dificuldade enquanto um orgasmo começava a explodir em sua mão.

— Você não sabe o quanto fica deliciosa assim.

Ele segurou meu queixo me dando um longo beijo, então separou nosso lábios sorrindo de leve.

— O almoço já está para ser servido, venha.

Deliver yourself of pleasure - Sequência de Ensina-MeOnde histórias criam vida. Descubra agora