Hoje A Noite Não Tem Luar

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Amoreeees, mil desculpas pela demora, é que difícil conciliar a escrita com uma bebê de seis meses (bom, pra quem não sabe, tenho uma linda neném de seis meses que ta tocando o terror) e ainda tava com um bloqueio, mas não fiquei nenhum pouco feliz com essa demora, perdoem a pessoa aqui :). 
Espero que gostem. Aproveitem ♥

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[... Nunca havia sentido algo assim
A vida me manteve sempre em paz...

Tua pele envenenou meu coração
Me deixando em completa escuridão
E assim no lugar de te esquecer
Eu estava querendo muito mais..."]

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Chico.

O quê?! Não acredito que minha mãe resolveu aparecer naquele exato momento, merda!

— Francisco! – Senti um tapa no meu pé. – Chico, acorda!

Era um sonho? Ah não, nada daquilo era verdade, tudo não passava de um sonho. Abri meus olhos e encontrei minha mãe parada me olhando, provavelmente eu estava com a decepção estampada na minha cara, por que ela tinha que aparecer e acabar com meu sonho?

— Que foi mãe? – Perguntei, com raiva, claro. – Qual o motivo desse escândalo todo?

— Escândalo? Que escândalo Chico? Eu tava indo beber água, e ouvi um barulho estranho, quando fui ver, era você dormindo.

Ela disse na maior inocência, e eu corei.

— Que barulho mãe? A senhora tá ficando caduca já. — Revirei os olhos.

— Não tô não! – Se defendeu. – Era um barulho meio assim "ai, ham..." – imitou – parecia um gemido, verdade.

Corei mais ainda.

— A senhora viu que não tem nada de errado, não é? Então já pode ir dormir. — Me cobri com o cobertor, e virei para o lado oposto ao dela.

— Tá bom, tô indo. – Ela veio até mim, e deixou um beijo no meu cabelo, seguido por sua benção. – Durma bem meu filho. – E se retirou.

— Eu dormiria muito bem se a senhora não estragasse meu sonho. — Resmunguei.

...

Depois da bendita interrupção da minha mãe, eu demorei a pegar no sono, mas ainda tinha a esperança de voltar a sonhar com a minha prima, porém aconteceu totalmente ao contrário, sonhei com mato, cavalos, e outros bichos, e a noite ainda demorou a passar, somente pra me deixar mais alegre.

Na manhã seguinte, estávamos minha tia, minha mãe e eu a mesa tomando café, conversando normalmente, minha tia preferiu que Diana ficasse no quarto de repouso. Eu já havia esquecido o ocorrido da noite anterior.

— Valquíria, esse bolo de fubá que você fez está estupendo! — Comentou minha tia com farelos do bolo no canto da boca.

— Ah, que isso Ana, está como todos os outros. — Disse ela com um sorriso simples.

— Deixa de coisa mãe, a senhora sabe que tá bom. — Falei acabando com a pose modesta dela.

Conversa ia e vinha, e instantes depois, Diana apareceu na cozinha, com a ajuda de um par de muletas, deixando minha tia de cabelo em pé, em contrapartida, sua face expressava a pureza dos anjos.

— Diana, você enlouqueceu? O que você tá fazendo aqui? Era pra estar fazendo repouso! — Ela foi até a filha, e a ajudou a sentar.

— Mãe, calma, eu tô bem!

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